Os zoológicos nunca me convenceram, nem quando eu era pequenininha. Uma excrescência nos dias atuais, depósitos de animais ali colocados para servir exclusivamente ao prazer que o ser humano encontra em observar o exótico, o diferente, sem com ele se misturar, defendido, protegido e separado por cercas e fossos. Minha última experiência do naipe remonta alguns anos, quando, por insistência de filhos e sobrinhos, durante uma estada em São Paulo, rendi-me aos apelos de visitar o exemplar daquela cidade, supostamente o melhor que havia no País. Pode até ser, mas, ainda assim, tinha um defeito grave: era zoológico e, como tal, um museu de seres que sentem e se mexem. Jurei nunca mais, e nunca mais mesmo.Era verão e, só para reforçar, verão paulista, que em nada se compara ao nosso em termos de brisa. E aqui fazendo um adendo, acho uma graça danada quando os sulistas e sudestinos ameaçam achar um absurdo que nós, nordestinos, ousemos abrir a boca para dizer: “Ai q