Creio em vós, ó mocidade,
Em vossos gestos de sonho,
Em vossos rumos audazes,
Em vossos céus de esperança,
No brilho de vossos olhos,
No calor de vosso sangue,
Na altura de vosso ideal,
Na certeza que ilumina
A glória de vossos passos,
Na bondade que palpita
Em todos os corações,
Na poesia que é protesto
Em vossos lábios inquietos,
Na terra que se faz alma
Clamando por vossos passos,
Na bondade que palpita
em todos os corações,
Na poesia que é protesto
Em vossos lábios inquietos,
Na terra que se faz alma
Clamando por vossos passos!
No instante de tantas dúvidas
Vós sois a nossa certeza
No momento de descrença
A crença revive em vós,
Na hora da grande angústia,
Nossos clarins de alegria!
Neste solo, nesta casa
Povoada de evocações,
Algo de vós permanece
Ao lado de vossos mestres,
Presença de vossa ausência,
Saudade que o tempo encanta
Ao longo dos corredores,
Nas classes cor do silêncio,
Na euforia dos recreios,
No milagre da amizade,
Nas alegrias do esporte
Nas grandes meditações.
Pela prece e pelo bem
Que trazeis em vossas almas,
Pela força e pelo amor
Que surgem de vossas vidas,
Pela bandeira de ardor
Que plantareis nas montanhas,
Pelo futuro menino
Que trazeis em vossas mãos,
Pela pátria que depende
Do dom de vossos destinos,
Por hoje, amanhã, por sempre,
Entre o efêmero dos dias
E a glória da eternidade,
Creio em vós - ó mocidade!
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Este foi o pronunciamento de Paulo Bomfim (Academia Paulista de Letras) no Col.Arquidiocesano de São Paulo, como paraninfo de turma.
Conheci essa poesia em 1968. Nunca a esqueci. Decerto por ser um profundo libelo de fé na capacidade transformadora da juventude
ResponderExcluirSempre atual, portanto, não é Hercílio. Que os jovens de agora confiem e saibam usar sua natural capacidade de inovar. Boa tarde.
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