Às vezes um ser estranho habita em mim
- serei eu desconhecida de mim? -
aguilhoando-me a razão enlouquecendo-me de ciúme
em gaiola querendo te cercar.
Às vezes um ser entranha-se em mim
- serás tu possuindo-se de mim? -
enlouquecendo-me de desejo
aprisionando-me em fantasias
em dosséis querendo te levitar.
Às vezes um ser estranho habita em mim
- serei eu na descoberta de mim? -
libertando-me de tenebrosas clausuras
voando-me em nuvens de paraíso
em amarras querendo te eternizar.
Às vezes um ser entranha-se em mim
- será tua alma gêmea de mim? -
navegando-me em ondas de paixão
erguendo-me além do frívolo chão
em amor querendo ad infinitum te amar.
Ednice Peixoto
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