Pular para o conteúdo principal

Livro Errante onde menos se espera


Onde você estava no dia 19/03 - quarta feira? No Museu da República no Rio de Janeiro? Eu também.

Sei que não me viu, mas
se você esteve mesmo no Museu da República, RJ pode ter encontrado "Estorvo" de Chico Buarque. Quem sabe, você que saía da sala de aula não encontrou "Lolita" de V.Nobokov esperando por sua curiosidade ... eu deixei lá. E se você deu sorte pode ter encontrado o livro "A Estrada da Noite" de Joe Hell .
Eu também deixei "Melancia" de Marian Keys. Se você encontrou algum desses livros ou então A Filha do Canibal de escritora Rosa Montero, faça contato com este blog.

Não viu? Fique atento. Existe um livro errante onde menos se espera.
C.R

Comentários

  1. Deixamos livros nos bancos do jardim público e chegamos a ver, de longe, uma das pessoas que apanhou um dos livros: era um senhor idoso.

    Foi uma grande emoção participar do "evento" pela primeira vez.

    No momento em que estávamos deixando os livros nos bancos, encontramos também com um grupo de alunos da Faculdade de Arquitetura, que estava tendo aula de desenho artístico no local... alguns deles se interessaram... acho que deixamos a "semente" da idéia nas cabecinhas de alguns dos estudantes...

    Que a idéia se multiplique de fato pelo Brasil todo!
    Desejo boa leitur àqueles que encontraram os nossos livros!

    Cristiane Rose Duarte

    ResponderExcluir
  2. C.R.: Seria um grande presente para mim, se tivesse encontrado um errante. E, que bom gosto o local, hein? Parabéns ... Eliana _ Elianinha - Mogi Guaçu -SP.

    ResponderExcluir
  3. Poxa, que bacana mesmo! Vou começar a fazer isso na minha cidade! Daí venho contar como foi!

    Parabéns!!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

comentários ofensivos/ vocabulário de baixo calão/ propagandas não são aprovados.

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Aprenda a Chamar a Polícia, Luis Fernando Veríssimo

          Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.                   Como minha casa era muito segura, com  grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali,espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram- me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.            Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: - Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guard