Pular para o conteúdo principal

No tempo do Mestre Graça... 1925 a 1928


1925 -Graciliano Ramos começa a escrever Caetés, seu primeiro romance
*Começa a Coluna Prestes, que percorreu o Brasil até 1927.
*lançamento do Jornal “A Classe Operária” órgão do Partido Comunista do Brasil. Tiragem 5.000 exemplares.
*Instituída a lei que obriga à concessão de 15 dias de férias anuais.
Livros: A Escrava Que Não É Isaura de Mário de Andrade
Sucesso do carnaval: Sái, Cartola - de Raúl Silva que satiriza a moda do chapéu coco.
1926
*Washington Luis presidente empossado.
Livros: Primeiro Andar e Losango Cáqui de Mário de Andrade;
Vamos Caçar Papagaios de Cassiano Ricardo
Sucesso do carnaval:Café Com Leite, um maxixe de Freire Júnior e
Morro da Mangueira de Manuel Dias
1927
Graciliano Ramos é eleito prefeito de Palmeira dos Índios-AL
*Coluna Prestes interna-se na Bolívia.
*Fundação da CGT pelo Congresso Operário Sindical.
*Declarada a ilegalidade do Partido Comunista.
*Constituição do Rio Grande do Norte concede,num ato pioneiro no Brasil, direito de voto às mulheres.
*Construção da primeira “casa modernista”do Brasil, Em SP pelo arquiteto russo Gregori Warchavchik.
Livros:A Estrela de Absinto de O. de Andrade;
Brás,Bexiga e Barra Funda de Alcântara Machado e
Amar, Verbo Intransitivo de Mário de Andrade.
Cinema: Tesouro Perdido de Humberto Mauro
1928
Graciliano Ramos toma posse do cargo de prefeito em janeiro

Aos 35 anos de idade, Graciliano se casa em Palmeira dos Índios-AL com Heloísa Leite de Medeiros, então com 18 anos
Graciliano Ramos conclui Caetés, neste mesmo ano:
*Getúlio Vargas – gov. do RS
*João Pessoa – gov. da PB
*Fundação da CIESP(centro de indústrias do estado de SP)
Livros: Retrato do Brasil de Paulo Prado;
Macunaíma de Mário de Andrade;
Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade;
Martim Cererê de Cassiano Ricardo;
A Bagaceira de Américo de Almeida
*Começa a circular a revista Antropofagia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Os Dentes do Jacaré, Sérgio Capparelli. (poema infantil)

De manhã até a noite, jacaré escova os dentes, escova com muito zelo os do meio e os da frente. – E os dentes de trás, jacaré? De manhã escova os da frente e de tarde os dentes do meio, quando vai escovar os de trás, quase morre de receio. – E os dentes de trás, jacaré? Desejava visitar seu compadre crocodilo mas morria de preguiça: Que bocejos! Que cochilos! – Jacaré, e os dentes de trás? Foi a pergunta que ouviu num sonho que então sonhou, caiu da cama assustado e escovou, escovou, escovou. Sérgio Capparelli  CAPPARELLI, S. Boi da Cara Preta. LP&M, 1983. Leia também: Velho Poema Infantil , de Máximo de Moura Santos.