Por entre os véus de Abril, o mês cruelE lava o ar de anil, alegra a rua
Alumbra os astros e aproxima o céu.
Até a lua, a casta e branca lua
Esquecido o pudor, baixa o dossel
E em seu leito de plumas fica nua
A destilar seu luminoso mel.
Raia a aurora tão tímida e tão frágil
Que através do seu corpo transparente
Dir-se-ia poder-se ver o rosto
Carregado de inveja e de presságio
Dos irmãos Junho e Julho, friamente
Preparando as catástrofes de Agosto...
Ouro Preto, maio de 1967
Imagem: Pixabay
Muito interessante.
ResponderExcluirAh Vinicius!!! se soubesse como fere o ego dos leoninos que amam agosto se sentem... Hahaha... Vaidade maledeta!!! 🙂 Gratidão Regina.
ResponderExcluirEle fez um poema pra nós leoninas, Juh. Veja: https://livroerrante.blogspot.com/2010/07/horoscopo-poetico-leao-22-de-julho-21.html
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