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Mostrando postagens de 2020

Resistiré, Duo Dinámico - Meu Desejo de Ano Novo A Todos

  Cuando pierda todas las partidas Cuando duerma con la soledad Cuando se me cierren las salidas Y la noche no me deje en paz Cuando sienta miedo del silencio Cuando cueste mantenerme en pie Cuando se rebelen los recuerdos Y me pongan contra la pared Resistiré , erguido frente a todo Me volveré de hierro para endurecer la piel Y aunque los vientos de la vida soplen fuerte Soy como el junco que se dobla, pero siempre sigue en pie Resistiré , para seguir viviendo Soportaré los golpes y jamás me rendiré Y aunque los sueños se me rompan en pedazos Resistiré, resistiré Cuando el mundo pierda toda magia Cuando mi enemigo sea yo Cuando me apuñale la nostalgia Y no reconozca ni mi voz Cuando me amenace la locura Cuando en mi moneda salga cruz Cuando el diablo pase la … Imagem: Regina Porto

Livro Errante Vai Estrear Como Clube de Leitura

     Nosso formidável grupinho  que troca leituras por empréstimo de livros  enviados e recebidos pelos Correios há mais de uma década,  vai acrescentar o formato clube.  Agora, além de ler livro  e passar o livro a outro leitor e mais  outro e mais outro o exemplar indo de cidade em cidade até voltar ao dono,  a gente vai  ler o mesmo livro e depois  discutir sobre ele em reunião virtual.        Para  mim vai ser um grande aprendizado.         Nosso primeira reunião, em março, vai ser para conversar sobre: Frankenstein  de Mary Shelley.   Talvez o livro possa mostrar mais que o só terror do filme, quem sabe o monstro precisasse de acolhimento?  Nunca li o livro e quero saber.

Postagens Mais Lidas em 2020

          Sempre me surpreendo quando, no final do ano, procuro ver quais postagens foram mais acessadas. Os textos mais simples, às vezes singelos mesmo, são os preferidos há, pelo menos, 5 anos.                     Em 2020 os três mais acessados foram postadas no blog em 2012!! A Formiga Boa, Monteiro Lobato  Olhos de Preá, Carlos Drummond de Andrade Era Uma Vez... Adivinha Advinhão , Luís da Câmara Cascudo

Meus Favoritos do Ano

 De tanto minha filha falar, e porque colocando minhas leituras de 2020 lá no Goodreads notei que tive sorte e lí muito bons livros. E até li não-ficção, coisa que quase nunca faço.  Bem, isso tudo pra dizer meus favoritos  de 2020. Ficção: O Pecado de Porto Negro - Norberto Morais Ed. Leya, 2015 - 416 páginas. Em Porto Negro, capital da ilha de São Cristóvão, todo mundo conhece Santiago Cardamomo, o bom malandro que trabalha na estiva, tem muitos amigos e adora mulheres, de preferência feias, raramente passando uma noite sozinho. O seu sucesso com o sexo oposto, aliás, provoca inveja naqueles a quem a sorte nunca bateu à porta, sobretudo o enfezado Rolindo Face, que há muito alimenta esperanças pelo amor de Ducélia Trajero – a filha que o patrão açougueiro guarda como um tesouro. Até que, no dia em que ensaiava pedir a mão da doce jovem, Rolindo assiste sem querer a um pecado impossível de perdoar, e que acabará por alterar a vida de incontáveis porto-negrinos, incluindo a da própria

O Que Estou Lendo: Nós Matamos o Cão Tinhoso, Luis Bernardo Honwana

  “Não sei se realmente sou escritor. Acho que apenas escrevo sobre coisas que, acontecendo à minha volta, se relacionem intimamente comigo ou traduzam factos que me parecem decentes. Este livro de histórias é o testemunho em que tento retratar uma série de situações e procedimentos que talvez interesse conhecer.” (HONWANA, 1964, p.9). Nós Matamos o Cão Tinhoso, O livro  publicado em 1964 quando o autor tinha apenas 22 anos, traz  7 contos distintos  embora todos carregados de Moçambique ou de qualquer outro país colonizado, por essa razão: violento, pobre, explorado, muitas vezes invisível.  O conto que nomeia e abre o livro é narrado por uma criança e são crianças todos os  mais importantes personagens além do cão.  Em análises, resenhas, críticas ou citações não encontrei nenhuma linha sobre a menina Isaura que está presente do começo ao fim do conto. Pessoalmente vejo nela uma metáfora da situação de menosprezo, exploração e invisibilidade das mulheres na África e por parte  de crí

O Que Estou Lendo? A Última Tragédia, Abdulai Sila

  Este é meu primeiro livro de autor da Guiné-Bissau. Por causa do romance procurei saber sobre o país africano. Gostei de fazer isso.  Bem, o romance é centrado em Ndani que sai de sua terra natal no interior e vai para a capital da Guiné-Bissau, por ser tida como portadora do azar, causadora natural de tragédias. Esse estigma faz Ndami ir viver só e sem recursos num território de pessoas brancas e que não falam a sua língua.  Ndami narra o que vê, passa e  entende da vida  sem curandeiros, e sem tribos, mas sob outra forma de domínio (religioso, político e branco) que lhe é totalmente desconhecido.   A visão que a personagem tem dos brancos ora surpreendendo ora assustando mas sempre obrigando à adaptação por sobrevivência é encantadora. Última Tragédia , foi uma grata surpresa e eu recomendo a leitura. Acrescento que a África tem excelentes escritores que valem muito ser lidos e com quem temos muito a aprender sobre nós mesmos.  O Mundo Colonial, Mundo Compartimentado Para submeter

Livro Errante: Melhores Leituras de 2020

Carta à Rainha Louca , Maria Valéria Rezende A Lebre Com Olhos de Âmbar , Edmund De Waal Homens Imprudentemente Poéticos , Valter Hugo Mãe O Pecado de Porto Negro , Norberto Morais A Sombra do Vento , Carlos Ruiz Zafón Em 2020  vários  livros circularam entre  18 leitores no grupo LivroErrante . No momento 41 exemplares estão sendo lidos e/ou em trânsito enviados de um leitor a outro pelos Correios.  Os livros acima ( em ordem alfabética) foram os que consideramos nossas melhores leituras.  À parte trago um livro excelente e recém lançado livro: À Meia Voz , de Ladyce West. Já li e recomendo. Vai circular no grupo LivroErrante no próximo ano.

Recomendo: À Meia Voz, Ladyce West

        É com o maior orgulho que apresento e recomendo o livro Ladyce West, nossa colega de grupo de leitura há mais de uma década.   Textos simples de grande beleza e sensibilidade, sua poesias encantam  e enternecem os leitores.   Recomendo.   Descrição Perfume de goiabas, o calor do verão, maritacas à janela são experiências tipicamente tropicais. Viver no Brasil está sempre ligado à abundante riqueza natural. Essas evocações preenchem a alma de quem esteve fora, e observou outra natureza, mais fria e ordenada. Destes sessenta poemas, um único é dedicado à realidade de clima ameno. Chama-se “Forsítia”, a primeira planta a florir em clima temperado, quando ainda há neve no solo. Fora isso, são meditações sobre a realidade tropical. (Site da editora) À Meia Voz, Ladyce West  está à venda diretamente na editora. Para comprar clique aqui

Tempestade,Alexis Valdés

E se amansem as estradas E sejamos sobreviventes de um naufrágio coletivo. Com o coração choroso e o destino abençoado Vamos nos sentir bem-aventurados Tão só por estar vivo. E nós lhe daremos um abraço ao primeiro desconhecido elogiaremos a sorte de manter um amigo. E aí nós lembraremos Tudo aquilo que perdemos e de uma vez aprenderemos tudo o que não aprendemos. Não teremos mais inveja pois todos sofreram. Não teremos mais desidia Seremos mais compassivos. Valerá mais o que é de todos Que eu nunca consegui Seremos mais generosos E muito mais comprometidos Nós entenderemos o frágil O que significa estar vivo? Vamos suar empatia por quem está e quem se foi. Sentiremos falta do velho que pedia peso no mercado, que nós não soubemos o nome dele e sempre esteve ao seu lado. E talvez o velho pobre Era Deus disfarçado. Você nunca perguntou o nome Porque você estava com pressa. E tudo será milagre E tudo será um legado E a vida será respeitada. A vida que vencemos. Quando a tempestade passar

A Porta 72, Renato Neves

Café Tal qual Salomé Faz perder a cabeça Tanta beleza; Por dentro Por fora Outro expresso Sem demora. Foto/poesia Renato Neves Capela do Col. Auxiliadora Recife PE

Prêmio Jabuti 2020 - Ganhadores

Categoria Contos : Urubus , Carla Bessa  Ed. Confraria do Vento (RJ) Carla Bessa é de Niterói RJ Categoria Crônicas : Uma Furtiva Lágrima , Nélida Piñon - ed. Record (Rio de Janeiro) Nélida Piñon é do Rio de Janeiro RJ Categoria Quadrinhos : Silvestre ,  Wagner Willian, Ed.Darkside Wagner Willian é de Natal RN Categoria Infantil : Da Minha Janela , Otávio Júnior e Vanina Starkoff, Ed. Cia das Letrinhas Otávio Júnior é do Rio de Janeiro RJ Vanina Starkoff é de Buenos Aires  Categoria Juvenil : Palmares de Zumb i , Leonardo Chalub, Nemo Editora Leonardo Chalub é de Belo Horizonte MG Categoria Poesia : Solo Para Vialejo , Cida Pedrosa, CEPE Este trabalho foi escolhido como o livro do ano de 2020. Cida Pedrosa é de Bodocó PE Categoria Romance de entretenimento : Uma Mulher no Escuro , Raphael Montes, Ed.Cia das Letras Raphael Montes é do Rio de Janeiro RJ Categoria Romance literário : Torto Arado , Itamar Vieira Júnior e Elisa V. Randow, Ed.Toadavia Itamar Vieira Júnior é de Salvador BA

Li e Recomendo: Os Novos Moradores, Francisco Azevedo

       História de duas famílias cujas enormes diferenças acabam por ser essenciais personagens da história  do muito bem escrito livro de Francisco Azevedo.  As famílias moram em casas geminadas de um charmoso bairro do Rio de Janeiro.  São iguais até quando chegam os novos moradores para a que estivera vazia por algum tempo. A cor cinza da primeira casa a amarela da recém habitada já esclarecem que uma das famílias é bem fechada e sem diálogos. A casa amarela abriga uma família, como a outra, nuclear, porém aberta para o mundo e dentro dela própria.   Toda a história se desenvolve em torno do amor dentro das famílias e seus desdobramentos necessários: silêncios, medos, traumas, fantasias adolescentes e adultas, traições. A cada acontecimento da casa cinza e ou da casa amarela, uma quase imediata mudança na vidas de alguns personagens, vai moldando ou exibindo o amadurecimento  de um dos jovens  que acaba por ser o amparo, o porto seguro das duas famílias.   Do mesmo autor: O Arroz de

A Porta 70, Renato Neves

Autênticos cânticos Ouvir Sentar e sentir Regozijar Amar a esperança Que a Tua Palavra Afiança Fé! Foto/texto Renato Neves Igreja Matriz do Espinheiro Recife-PE

Meias, Antonio Prata

       A gente sempre pensa que a mudança virá de grandes resoluções: parar de fumar, pedir demissão, declarar-se à Regininha do comercial. Às vezes, contudo, são as pequenas atitudes que alteram definitivamente o rumo de nossa vida. Ontem, por exemplo, pela primeira vez desde que me conheço por gente, saí pra comprar meias. Sou um novo homem.      O leitor pode achar que estou exagerando. É que não teve o desprazer de conhecer a minha gaveta de meias até vinte e quatro horas atrás. Mais parecia um saloon de Velho Oeste: poucos pares estropiados em meio a pés desconjuntados – tenazes sobreviventes de diferentes etapas de minha vida.      As três brancas, de algodão, haviam sido ganhas na compra de um tênis de corrida, lá por 98. A marca da loja, escrita no elástico esgarçado, já quase não se lia. Pior que as brancas   estavam as azuis, da Varig, do tempo em que a ponte aérea   era feita pelos Electras e as aeromoças davam brindes, não broncas.   Os pés da meia azul não tinham cur

Homem Atravessando Pontes, Ronaldo Correia de Brito

Caminha sempre aos domingos, com a devoção de um católico que frequenta a missa. Religiosamente. Bermuda jeans, camisa de malha meio gasta, sandálias de couro no lugar dos tênis e o boné ganho numa loja de construção. Anda dez quilômetros se a bebedeira do sábado não deixou ressaca.       Às cinco da manhã senta na frente do computador; dá os últimos retoques numa conferência ou na pesquisa para não sei qual ministério. Atividades que o mantêm ocupado e à beira do estresse, viajando pelo Brasil, pelo mundo, por universidades e embaixadas. Hospeda-se em hotéis de luxo; recebe diárias e cachês altos. Talvez ganhe bastante dinheiro, nunca se tem certeza. Ele mesmo cria uma atmosfera de mistério em torno desses afazeres alheios às caminhadas e aos encontros com os amigos. Dorme cedo e acorda cedo. Qualquer mudança nesse fuso horário provoca transtornos no humor depressivo.  ⠀ ⠀⠀⠀⠀Trabalha até às 7h50min, sem quebrar o jejum nem mesmo com uma fatia de pão dormido. Às 8 horas desce pelo elev

A Porta 47, Renato Neves

Semáforo escarlate Metade PARE Metade MILHO No sol que arde Minimalismo. Simplicidade Brilho! Foto/texto Renato Neves Olinda-PE Leia também: A Porta 65 A Porta 38

Uma Crônica de 126 anos

Quando eu cheguei à seção onde tinha de votar, achei três mesários e cinco eleitores. Os eleitores falavam do tempo. Contavam os maiores verões que temos tido; um deles opinava que o verão, em si mesmo não era mau, mas que as febres é que o tornavam detestável. A quanto não ia a amarela? Chegaram mais três eleitores, depois um, depois sete, que, pelo ar, pareciam da mesma casa. Os minutos iam com aquele vagar do costume quando a gente está com pressa. Mais três eleitores. Nove horas e meia. Os conhecidos faziam roda. Uns falavam mal dos gelados, outros tratavam do câmbio. Um velho, ainda maduro, aventou uma boceta de rapé. Foi uma alegria universal. Com que, ainda tomava rapé? No meu tempo, disse o velho sorrindo, era o melhor laço de sociabilidade; agora todos fumam, e o charuto é egoísta.      Nove e três quartos. Trinta e cinco eleitores. Alguns almoçados. Os almoçados interpretavam o regulamento eleitoral diferentemente dos que o não eram. Daí algumas conversações particulares à