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Fenelivro-Feira Nordestina do Livro 2015, terça-feira








Manhã
 





11:00 Cantinho da Trela – Contação de histórias com Ilana Ventura.






Tarde 
 

13:00 Coopergas – Workshop – Livros digitais interativos. Uma oportunidade. (José Fernando
Tavares).
16:00 Sala Déborah Brennand – “Literatura e Intimidade na Era da Superexposição.” José
Castello com apresentação de Lourival Holanda.
Coopergás – Workshop – “Como ler um livro digital. Dicas práticas. (José Fernando
Tavares.)
17:00 Sala Ariano Suassuna – Sílvia Gusmão + Professora de Ensino Médio. “A Escolha da
Profissão pelos Adolescentes.”
17:30 Sala Especial – “Cinema e Literatura – Um diálogo Fecundo.” Com José Geraldo Couto.

Noite 
 
18:00 Coopergás – Workshop – Produzir um eBook com InDesign. Desafios e oportunidade.
(José Fernando Tavares)
19:00 Sala Ariano Suassuna – Noites Nordestinas Sergipe. Jeová Santana + Ronaldo N. Sousa
+Marcos Moura – Vieira.
Sala Déborah Brennand – Pedro Américo e Thiago Corrêia. “A Literatura de Gilvan
Lemos.”
20:00 Café Alberto Cunha Melo – Chico Santa Rita – Lançamento – “De Como Aécio e Marina
ajudaram a eleger Dilma.”

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A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di...

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     A moeda corrente era o cruzeiro. A passagem de ônibus custava sessenta centavos. O ano era 1974.       Eu trabalhava no centro da cidade, em um banco que ficava na Rua Boa Vista. Morava longe, quase ao final da Avenida Interlagos, e usava diariamente o transporte coletivo. Meu trabalho, no departamento de estatística, resumia-se a somar os números datilografados em planilhas e mais planilhas fornecidas pelas agências do banco. Somas que deveriam ser checadas, e que eram efetuadas nas antigas calculadoras elétricas com suas infernais bobinas, conferidas e grampeadas nas respectivas planilhas. Não fosse o café para espantar o sono durante as diárias e rotineiras oito horas de trabalho, nenhuma soma teria sido confirmada.