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Fim e Começo, Mariane Fredriksson e José Eduardo Agualusa

Acabei de ler Hanna e Suas Filhas

              O  livro me prendeu logo nas primeiras páginas. Contada com franqueza, e lirismo a saga de três gerações que viveu no século XIX na Noruega e Suécia deixa o leitor encantado. As protagonistas, pela ordem cronológica Hanna (avó) Johana (a mãe) e Anna (filha) veem, participam e acompanham as mudanças de suas vidas e do mundo com as mudanças de estação, a guerra de Hittler, a chegada do automóvel na zona rural etc.
A força feminina é quem sustenta a história num livro que não é feminista. Qualquer um de nós, pode identificar-se com qualquer personagem ou situação independente de gênero ou idade mesmo estando num país e época tão diferentes como no Brasil de agora.  Recomendo a leitura.


 Hanna e Suas Filhas
Marianne Fredriksson

Últimos parágrafos:
"-Tenho  uma chave extra para o estojo. Portanto, agora vou dar uma chave para cada uma de minhas filhas. 
  Elas aceitaram a chave, completamente incapazes de agradecer.
- Acho que vocês perderam a voz - disse Anna, ainda rindo. 
Finalmente Rikard disse que não estava surpreso. Sempre soubera que havia entrado para uma família cheia de segredos.

     Ao amanhecer do dia seguinte, eles tomaram o carro e foram embora da casa. Ingeborg disse que sempre seriam bem-vindos para visitá-los, e Anna agradeceu. No entanto pensou, exatamente como Hanna no passado ao deixar a casa do moinho: 'Nunca mais voltarei a este lugar'."
E vou começar As Mulheres do Meu Pai.

                                              
As Mulheres do Meu Pai
José Eduardo Agualusa
 Primeiro parágrafo:

     Acordei suspenso numa luz oblíqua. Sonhava com Laurentina. Ela conversava com o pai, o qual, vá-se lá saber porquê , tinha a cara de Nelson Mandela. Era o Nelson Mandela, e era o pai dela, e no meu sonho tudo isso parecia absolutamente natural. Estavam sentados  ao redor  duma mesa de madeira escura, numa cozinha idêntica em tudo à do meu apartamento na Lapa, em Lisboa. Sonhei  também com uma frase. Acontece-me frequentemente. Eis a frase:  - De quantas verdades se faz uma mentira?



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