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Mostrando postagens de abril, 2013

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades, Camões

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança: Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto. E afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía. in "Sonetos"

Blogueira temporariamente afastastada

Amigos, Estou afastada do blog porque a operadora GVT, que uso para internet e telefone, não fez, até o momento, instalação no meu novo endereço.  Amanhã viajo para São Paulo, onde vou aguardar a chegada de meu primeiro netinho. Momento de festa em minha vida. As postagen só voltarão a ser feitas regularmente no final do mês de maio. Enquanto isso, fiquem descobrindo postagens antigas que é para o acesso não cair. Abraço a todos.

Segunda-feira dos autores aniversariantes de Abril

Em abril aniversariam Monteiro Lobato,Manuel Bandeira e Augusto dos Anjos Dia 18 de abril, é o dia nacional do Livro infantil, numa homenagem justíssima a Monteiro Lobato o aniversariante da data. Sobre o assunto, o blog já tem matéria postada. Ah. Lobato faria 131 anos. Manuel Bandeira, de tão conhecido, a gente nem lembra que ele nasceu há 127 anos!! É o autor de um dos poemas mais conhecidos, Pasárgada. Falar nisso,  Onde fica Pasárgada? Imagem do Google Por fim chego em     Augusto os Anjos , o dono do dia 20. O paraibano, conhecido por explorar os temas morte e termos científicos, pode ser pesquisado aqui. Abaixo um poema do livro Eu,  com a grafia usada por Augusto dos Anjos em 1912. Psicologia de um Vencido Eu, filho do carbono e do ammoniaco Soffro, desde a epigénesis da infancia A influencia má dos signos do zodiaco. Profundissimamente hypocondríaco Sobe-me á bocca uma ancia análoga á ancia Que se escapa da bocca de um cardíaco. Já o verm

Crônica cantada: Roupa Nova

  Sábado Zé Alexandre e Tavico         Sábado eu vou à festa vou levar meu violão Vou cantando uma canção que'u decorei Sábado eu vou à festa numa nuvem de algodão E entre estrelas vou abrir meu coração E vou encher de vagalumes teus cabelos e respirar o ar do céu vou Eu quero o céu e vou com guizos nos sapatos Minha roupa em farrapos coloridos Vou rasgar E vou dançar entre os cristais azuis do tempo E esquecer a terra longe, longe, longe a se perder Sábado eu vou Sábado eu vou Sábado eu vou ... Nota: Se houver incorreção na autoria, por favor informe.Obrigada          

Capa de livro: ache uma mais bonita!

Cangaço, cangaceiros, Lampião. Não tenho o menor interesse por nada disso, confesso até uma certa antipatia pelo assunto. Porém há algum tempo entrei numa livraria e, de cara, encontrei Estrela de Couro, A Estética do Cangaço . Uma capa belíssima me obrigou  a folhear o livro sentada numa salinha. Continuo não gostando do assunto tanto quanto continuo extasiada com a beleza da capa. Aliás, todo o trabalho gráfico é primoroso.   Vejam: Autor: Frederico Pernambucano de Mello Capa e projeto gráfico:Lena Beauty e Raimundo Gadelha Qual é a sua bela capa de livro?

História bonita: Lúcia, formada pedagoga aos 74 anos

D.Lúcia Santina Dresch - imagem: Gazeta do Povo Minhas mãos estavam trêmulas. Olhava para aquele lugar e não conseguia encontrar um canto para acalmar minha ansiedade. Estava sozinha. A mulher que me recebeu na secretaria da faculdade não imaginava que estava ali para falar de mim, do meu maior sonho. Aos 71 anos, fiz minha inscrição para o vestibular de pedagogia. E passei. Nasci em 1931, em Arroio do Meio, interior do Rio Grande do Sul. Sou a filha do meio de cinco mulheres de uma família simples. Logo cedo pedia para estudar, como alguns vizinhos faziam. Não existia ensino público. Era preciso pagar. Minha mãe não via valor nos estudos, só na enxada. Meu pai queria realizar nossos sonhos. Com o apoio dele, aos 8 anos entrei na escola. Para não me atrasar, acordava quando nem havia sinal de sol. Trocava de roupa na penumbra. O trajeto para a escola resumia-se a uma trilha, no meio do mato. Quando chovia, ia a pé com outras crianças. Quando não, a cavalo. Não perdia

O Estranho Caso da Repórter Que Perguntava, Luis Fernando Veríssimo

Imagem: Google      Meu nome é Mort. Ed Mort.detetive particular. É o que está no diploma.Fiz o curso por correspondência.Foi difícil.Tive que subornar o carteiro para passar. Meu escri fica numa galeria, entre uma loja de carimbos e uma pastelaria, É difícil distinguir os pastéis dos carimbos, os pastéis são os que deixam a mão preta. Eu tinha o escritório também, mas subaluguei. Essa galeria é tão mal frequentada que os assaltantes não dizem mais: "É um assalto." Dizem: 'É outro". Divido o escri com cento e dezessete baratas e um ratão albino. O ratão às vezes desaparece, mas sempre volta. Por isso eu o chamo de Votaire. Sou duro. Meus credores sabem disso. Mesmo assim insistem em cobrar. Sorrio para um lado. Às vezes para o outro. Tenho o bigode que Thuran Bey usou pela última vez em O Califa de Bagdá .  Era tão falso que depois de uma cena de  beijo ele passou para a Maria Montez. Mort. Ed Mort.      Eu estava no meu escritório, pensando no que iria al

Segunda-feira poética: Ode Sobre a Desigualdade.

  Com a mãe, dia do resultado do vestibuar                               Alcides no laboratório de biomedicina “Este poema é uma homenagem a um Alcides muito pobre  porém muito inteligente que decidiu buscar um espaço nessa sociedade excludente quando um tiro dado por outro “Alcides” qualquer obstou o seu caminho em busca da felicidade e de algum lugar ao sol”.    De: Antonio Francisco dos Santos Filho Nome: Alcides dos Morros Favelado da Silva. Como tantos outros moradores pobres dessa urbe ferida Que o destino, aleatoriamente, parece, decidiu jogar nos cafundós dessa vida, Para, sem berço e sem sorte, Irem lutando diuturnamente contra os assaltos da morte. Êta azar da gota nascer desse jeito! Preto, pobre, sem manta e sem leito, Num casebre qualquer, de taipa ou madeira, Muitas vezes de parto difícil, De qualquer ajuda sempre carece, Em cima de uma rede rota ou de uma esteira Ou numa maternidade qualquer do INSS Mas sempre

Hoje é dia de Volpi

       Volpi não era escritor, todos nós sabemos. Está aqui hoje porque através de Ana Maria Machado e de Nereide S. Santa Rosa / Ângelo Bonito  as crianças poderão conhecer o grande pintor ítalo-brasileiro que hoje faria 117 anos. Theozinho: quando você passar da fase de ler com os dentinhos, nós vamos ver esses dois livrinhos, palavra de Regivó,combinado?  Crianças Famosas - Volpi Autor:   Nereide Schilaro Santa Rosa Autor: Ângelo Bonito Coleção: Crianças Famosas Editora: CALLIS Era Uma Vez Três Autor: Ana Maria Machado Autor: Alfredo Volpi Coleção: Arte para criança Editora: Berlendis & Vertecch 6 Perguntas Sobre Volpi Autor: Rodrigo Naves Autor: Lorenzo Mammi Autor: Sonia Salzstein Editora: IMS Assunto: Artes - Teoria e história  (Adulto)

Crônica cantada: Lenine

Raposa e as Uvas , ficou muito melhor com Lenine. É a crônica cantada de hoje... O autor canta uma temática jovem dos anos 50 e 60 Lembro com muita saudade Daquele bailinho Onde a gente dançava Bem agarradinho Onde a gente ía mesmo É prá se abraçar... Você com laquê no cabelo E um vestido rodado E aquelas anáguas Com tantos babados E você se sentava Só prá me mostrar... E tudo que a gente transava Eram três quatro cubas Eu era a raposa Você era as uvas Eu sempre querendo Teu beijo roubar... E por mais que você Se esquivasse Eu tinha certeza Que no fim do baile Na minha lambreta Aquele broto bonito Ia me abraçar... Quando a orquestra Tocava "Besame Mucho" Eu lhe apertava E olhava seu busto Dentro do corpete Querendo pular... Eu todo cheiroso À "lancaster" E você à "chanel" Eu era um menino Mas fazia o papel Do homem terrível Só prá lhe guardar... E tudo que a gente transa

Li e recomendo : Atado de Ervas,

Por intermédio de Suzie Cafruni, conheci Atado de Ervas de Ana Mariano.  A autora gaucha,em seu romance de estreia, contou a saga de umas familias que viviam  no Rio Grande do Sul, alí na fronteira com o Paraguai.  A autora romanceia a realidade dos estancieiros que dependem da natureza por que dela dependem as safras, as criações, os casamentos.  Getúlio Vargas  entra na narração, como assunto de discussão entre os moradores de São Borja, alguns criticando o povo por aceitar um ditador, outros indiferentes por acharem que não haveria mudança em suas vidas com a vitória ou derrota de Vargas. As vidas narradas pela autora não apresentam nada de especial. O rádio era o único veículo de comunicação e logicamente, quem dava os assuntos das conversas. São nascimentos com suas expectativas naturais, casamentos desejados e não acontecidos outros acontecidos por solidão, outros bem sucedidos, amor homossexual num tempo em que nem se cogitava sobre o assunto, jovens iniciando-se em tudo,

Redação Escolar, Fernando Farias

          Quando a lua acorda vira um sol que fica deslizando por cima das nuvens.       As nuvens são os sonhos acumulados das crianças que o vento segura no céu. Quando juntam muitos sonhos ficam escuras, surgem os pesadelos com raios e trovões e começa a cair em gotinhas de água. O substantivo coletivo das gotinhas chama-se chuva. Quando a chuva cai fere a terra que geme e solta um cheiro gostoso de terra molhada.       É esse cheiro que sobe e formam os arco-íris com sete cores. O amarelo vem do sol e as outras cores vêm das estrelas distantes. Não se pode tocar nele, pois é reflexo como um espelho que nossos olhos pensam que está ali como um arco colorido.       Dizem que se uma pessoa passar por baixo do arco-íris muda de sexo. Minha tia deve ter passado por baixo. Luta boxe, só come saladas e acredita em reencarnação. Eu não acredito em vida após a morte. Fui ao cemitério visitar meu avô e ele continua sem sair de baixo de terra. Enterrado ao lado de uma mangueira. O c

Você Conhece Outras Estátuas?

                 No dia internacional do livro infantil, disse  que A Pequena Sereia , personagem de Hans Andersen, tem estátua em Copenhague e perguntei no Facebook quais outros personagens de livros também tinham sido imortalizados dessa forma.  Aqui no Brasil, sei apenas de Iracema, personagem de José de Alencar.   Vamos ver o que tenho até agora. Aguardo mais informações.   A Pequena Sereia (Hans Andersen) Local: Copenhague, Dinamarca Escultor:Edvard Eriksen Data da inauguração: 1913 Conto adaptado para crianças da autoria de Hans Christian Andersen,sobre uma jovem  sereia  disposta a dar a sua vida nos mares e a sua identidade como  sereia , a fim de conseguir uma alma e o amor de um príncipe humano. A escultura passa por polêmica no país. Veja aqui Iracema (1) Jose de Alencar Local: Enseada do Mucuripe* - Fortaleza- CE Escultor: Corbiniano Lins Data da inauguração: 1965 * Local onde a personagem esperava por Martim Soraes Moreno que aparece sentado .