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Crônicas da M.P.B: Três Apitos, Noel Rosa



Três Apitos
 Noel Rosa

Quando o apito da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de você

Mas você anda
Sem dúvida bem zangada
E está interessada
Em fingir que não me vê
Você que atende ao apito
De uma chaminé de barro
Por que não atende ao grito tão aflito
Da buzina do meu carro?

Você no inverno
Sem meias vai pro trabalho
Não faz fé com agasalho
Nem no frio você crê

Mas você é mesmo
Artigo que não se imita
Quando a fábrica apita
Faz reclame de você
Sou do sereno
Poeta muito soturno
Vou virar guarda noturno
E você sabe porque
Mas você não sabe

Que enquanto você faz pano
Faço junto do piano
Estes versos prá você

Nos meus olhos você vê
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente impertinente
Que dá ordens a você

Comentários

  1. REGINA,
    ADORO QUANDO, NO SÁBADO, EU OUÇO E
    LEIO AS CRÔNICAS DA M.P.B.
    ACABEI DE CANTAR JUNTO COM A MARIA
    RITA - TRÊS APITOS DE NOEL ROSA.
    JÁ ESTOU PENSANDO NO PRÓXIMO SÁBADO.RSRSRS
    BOM!!! MUITO BOM!!!
    BJS
    CRISTINA SÁ DO BLOG:
    HTTP://CRISTINASALITERATURAINFANTILEJUVENIL.BLOGSPOT.COM

    ResponderExcluir
  2. Que bom que vc gosta, Cris. eu também já estou pensando no próximo sábado.Se quiser dar alguma sugestão, vou aceitar.
    beijo
    Regina

    ResponderExcluir
  3. Regina,
    Você pediu uma sugestão, então aí vai: ZECA BALEIRO.
    Bj
    Cristina Sá do blog:
    http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.blogspot.com

    ResponderExcluir

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