A menina procurou uma peça bem pequena do quebra-cabeça, que acabara de ganhar de presente.
- Não acho, mãe! - começou a chorar.
- Quem manda, não ter cuidado com suas coisas.- disse a mãe.
Ela continuou a chorar por algum tempo, depois, esqueceu-se da pecinha perdida. Foi brincar com uma coleguinha da rua, onde morava. Aprendeu, que se perde algo ou alguém.
No fim da tarde caiu uma tempestade, típica chuva de verão.
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Uma peça se separa do quebra-cabeça. Almeja conhecer outras paisagens. Um grito intenso surge em sua consciência: "Quero ser só".
O vento a sopra para baixo da mesa. A vassoura a varre para fora da casa. A água do rio transborda, carregando-a para longe.
Ela nunca voltou para casa, nem sabe mais o caminho de volta. Esqueceu-se de seu passado. Vive intensamente o presente:
"Eu sou o meu próprio quebra-cabeça".
(www.bestiario.com.br)
É a teoria do quebra cabeça: Somos um quebra-cabeça onde cada pessoa, situações, sonhos, realizações são as peças que montam nosso quebra-cabeça. Na verdade, se analisarmos bem todo nós somos um quebra-cabeças. Quando nascemos encontramos as peças que dão início à nossa montagem, nossos pais são as nossas primeiras peças, estes são aqueles pontos chaves do quebra-cabeça local por onde começamos a montar. Depois vem nossos irmãos, os que não têm irmãos tem peças de reposição.
ResponderExcluirAbraços e boa semana.
Há quem nunca acerte a montar um quebra-cabeça. Há peças que se perdem para sempre...
ResponderExcluirObrigada pela visita, tenha também boa semana.
Abraço
Regina