Pular para o conteúdo principal

Saideira 2009 o mais solicitado.

Prata do Tempo - Leticia Wierzchowski -  foi o livro mais solicitado para leitura no  Saideira de 2009


Publicado originalmente em 1999, este romance tem como personagem principal uma casa construída à beiramar e à beira do delírio. Uma casa que, na sua falta de lógica, lembra um labirinto. Casa que, no excesso de paixão, lembra a corrente sanguínea. Ao circular por todos esses corredores, ao se perder nos muitos aposentos, o leitor visitará quase um século da história da família Serrat. E esta visita será feita com a melhor das anfitriãs: a contagiante narrativa de Letícia Wierzchowski.



" ... a família foi morar na casa de mil portas e janelas, onde tanta vezes me perdí por horas infindáveis quando era menina - até que engendrei o artifício de usar um fio de linha para marcar os meus caminhos, cada um com sua cor própria. Mesmo tendo sido concebida e gerada entre essas paredes, ainda sim levei muitos anos para compreender as voltas de cada corredor e o que se escondia atrás de tantas portas; fiz isso até desobrir dentro de minha alma os caminhos obscuros do louco labirinto de sonhos que meu pai tornou real, e então desvendei-os com clareza, pois eram delírios de amor." (trecho do livro, transcrito da contra-capa).

Este livro, oferecido por Suzie, começa vai  ser  postado amanhã da cidade de Porto Alegre junto  com  ele também  vão  ser postados livros do Recife(PE), Rio de Janeiro(RJ), São Paulo(SP), Araçoiaba da Serra(SP),São Gonçalo(RJ); Itaperuna(RJ);JoãoPessoa(PB);Nova Iguaçu (RJ) e estará começando o  grupo  que encerra o ano na comunidade LivroErrante.

Comentários

  1. Estou com boas expectativas pra leitura do livro.
    Beijos,
    Letícia

    ResponderExcluir
  2. Como pedi 7 logo de saída,vou deixar esse para o final. Mas vou ler sim.
    Aproveitando, parabéns garota!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

comentários ofensivos/ vocabulário de baixo calão/ propagandas não são aprovados.

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Aprenda a Chamar a Polícia, Luis Fernando Veríssimo

          Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.                   Como minha casa era muito segura, com  grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali,espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram- me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.            Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: - Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guard