Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2008

Cristóvão Tezza é o vencedor

     O escritor brasileiro Cristovão Tezza é o vencedor do Prêmio Portugal Telecom com o livro: O Filho Eterno .      " Antônio ", da brasileira Beatriz Bracher e " Eu hei de amar uma pedra ", do português António Lobo Antunes dividiram o segundo lugar e o terceiro lugar ficou "O sol se põe em São Paulo", de Bernardo Carvalho.      Cristóvão Tezza é da cidade de Lages, Santa Catarina, foi projetado no cenário da literatura nacional com o livro Trapo publicado em 1988.     Em O Filho Eterno, Tezza traduz as dificuldades e alegrias das pequenas vitórias na criação de um filho com síndrome de Down, ao mesmo tempo em que apresenta um painel dos últimos 30 anos de história do Brasil.      Só Tezza e Beatriz compareceram para receber o prêmio no palco da Casa Fazano, em São Paulo. A escritora disse que era a primeira vez que ganhava um prêmio com sua literatura e que "empatar com Lobo Antunes é mais que ganhar um primeiro lugar".      Após rec

Prêmio Portugal Telecom 2008

Logo mais às 21h( de Brasília) na Sala Fasano em São Paulo serão escolhidos os vencedores da edição 2008 do Prêmio Portugal Telecom . O troféu entregue aos 3 primeiros colocados é uma criação do artista plástico Paulo Von Poser. Finalistas: Marília García ( 20 poemas para seu walkman) Beatriz Bracher (Antonio); António Lobo Antunes (Eu hei-de amar uma pedra); Julián Fuks (Histórias de literatura e cegueira); Nicolas Behr (Laranja seleta); Cristóvão tezza ( O filho eterno);Bernardo Carvalho (O sol se põe em São Paulo); Ondjaki (Os da minha rua); Paulo Henrique Britto (Tarde) Raimundo Carrero (O amor não tem bons sentimentos). O angolano Ondjaki tem a torcida da comunidade LivroErrante no Orkut. Seu livro " Os Da Minha Rua"( imagem à direita) ainda está circulando entre os integrantes do grupo "Mama África" - literatura da África lusa. O vencedor da edição de 2007 do Prêmio Portugal Telecom foi o português Gonçalo M. Tavares, com o livro Jerusalém(ima

Livros Infantis em Braile

A Escola Municipal Flávio Ribeiro Coutinho , precisa de livros de literatura infantil em braile ; se você possui novo ou usado e quer doar em qualquer quantidade, faça contato com este blog. O envio será feito diretamente do doador para e em nome da escola na cidade de Umbuzeiro - PB;
ABERTURA DIA 06 (quinta-feira) 17h - Palavra do curador geral Antonio Campos * Apresentação grupo Mestre Salustiano * Aula Espetáculo de Ariano Suassuna * Recital Negras Vozes * Recital de Marcelino Santos (Moçambique), Quincy Troupe( EUA) , Rei Berroa (Rep.Dom.) e Thiago de Mello (Brasil) * Lançamento dos livros Legado : Fliporto 2007, Daguerreótipos de Marcus Accioly, O Amor Não Tem Bons Sentimentos , de Raimundo Carrero e Solano Trindade, poeta do povo Coquetel de confraternização

Incentivo à leitura em Goiania - GO

A Secretaria Municipal de Educação (SME), em parceria com a Editora Paulus que doou 12 mil livros , está participando da entrega de livros de literatura infantil às crianças da cidade de Goiânia. O objetivo desse projeto, proposto pela editora, é dar oportunidade a elas de terem contato com livros e desenvolver o hábito de leitura. Leitura e Participação Com o apoio do Centro Livre de Artes, Museu de Artes de Goiânia, Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal da Cultura, a Editora Paulus realiza, por três anos consecutivos, a doação de livros a crianças que já estão alfabetizadas . Por meio de ações como essas, espera-se que se possa disseminar o gosto pela leitura. O gerente administrativo da Editora Paulus, Joel Rosa Braga, explica que as crianças têm se mostrado interesse pelo Kit que estão recebendo, composto de 6 livros de literatura infantil tais como: A água da vida (dos Irmãos Grimm), O urubu e o sapo e O velho e o tesouro do rei (de Silvio Romero), Conto de

70 anos de Vidas Secas

VIDAS SECAS o mais conhecido livro de Graciliano Ramos completa 70 anos . 106 edições em português ratificam o sucesso. Graciliano escreveu contos que foram inicialmente editados na Argentina, depois no Brasil e posteriormente é que reuniu todos fazendo, digamos assim, um livro desmontável. Sem de modo algum ser panfletário, Vidas Secas escancara a exploração, a miséria, o atraso social mais fortemente encontrados no Nordeste mas presente no Brasil inteiro. Infelizmente até hoje,70 anos depois. Somente o brilhantismo com que foi escrito explica o sucesso de um livro triste, sem qualquer gota de açúcar ou poesia. Inconfundível, Graciliano está, ainda hoje, acima da média dos escritores brasileiros. E Vidas Secas, magro como ele, pesando muito mais que a maioria dos best selleres divulgados em nossos jornais. O país continua em débito com um de seus mais fascinantes escritores.

O Que Pensa Rosikássia?, Joca Souza Leão

      O candidato a vereador tinha prometido ao vigia do seu comitê, Karlisson, e à "bandeirista" de sua campanha, Rosikássia, que, se eleito, arrumaria emprego fixo pros dois. Karlisson sonhava comprar uma moto pra fazer de táxi em Carpina. Sua irmã, Rosikássia, não disse com que sonhava. Mas se sonhava, o sonho acabou. O candidato não se elegeu, nem suplência pegou. Praga? Yo no las creo.       Rosikássia, moça simples do interior, não tem o primário completo. Não sei com que sonha nem o que pensa. Mas que ela pensa, pensa, todo mundo pensa. Por certo, não um pensamento muito elaborado. Mas nem tudo na vida é tão elaborado e complicado. Algumas coisas são óbvias, tão na cara, escancaradas.       Pus-me a pensar no que pensaria ela agora, passada a eleição, de novo sem trabalho, de volta à casa dos pais, morando com seis irmãos, tirando Karlisson, todos mais novos que ela. "De que me valeram esses dois meses, trabalhando dez horas por dia pra ganhar dez mil réis, mais

Um lugar de Amor, Heloisa Seixas

          Certa vez, ao final de um show no bistrô que fica dentro da loja Modern Sound, em Copacabana, fiquei escutando enquanto uma repórter entrevistava a grande cantora da Bossa Nova, Leny Andrade. A repórter fez uma daquelas perguntas de praxe sobre se a cantora sentia algum nervosismo em dia de estréia, e Leny nem esperou que ela terminasse. Foi logo dizendo: “No instante em que piso no palco, estou segura. É como chegar em casa.”      Ao escutar isso, lembrei de uma frase parecida que ouvi do escritor Ruy Castro, ao falar sobre como se sente dentro de uma livraria: “Tenho a sensação de que, ali dentro, nada de mal pode me acontecer. Eu me sinto cercado de amor.”  Segundo ele, há uma explicação para isso: é que as pessoas que se envolvem com livros – escritores, editores, livreiros, compradores – são, em 90% dos casos, apaixonadas por leitura. Donde, os livros transpiram esse amor.      É uma teoria interessante. E talvez isso explique por que as livrarias são lugares tão

Feira de Frankfurt

Um provável mal-entendido na alfândega de Madri resultou em prateleiras vazias, Gilberto Gil faltou. Em compensação, brasileiro Murilo Antonio de Carvalho recebe Prêmio Leya, de literatura lusófona. O Brasil chegou pronto para fazer bonito na Feira de Livro de Frankfurt, com estande mais central e planos para ampliar a exportação de títulos brasileiros. Mas o principal ingrediente da festa foi barrado na alfândega: em vez de livros, o estande brasileiro ostenta apenas prateleiras vazias. Chegando ao corredor E do galpão 5.1 na Feira de Frankfurt, já se vê de longe o verde-e-amarelo do estande brasileiro. Ao se chegar mais perto, porém, um susto: debaixo das amplas placas anunciando "Brasil", apenas prateleiras vazias, seu tom prateado refletindo os holofotes. Ou quase vazias: em diversas delas foram espalhados catálogos, folhetos ou os poucos livros que vieram, na mala dos editores que resolveram se garantir. Faltosos no estande brasileiro estão os 6.400 livros que ficaram

Ofereço aos novatos.

O Perfume - Patrick Süskind O livro conta a história de um homem que possui um olfato muito apurado mas não possui cheiro próprio. A história situa-se no século XVIII, em Paris, depois em Auvergne, em Montpellier, em Grasse e finalmente retorna a Paris. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe. Grenouille possui duas características excepcionais: Ele não tem cheiro nenhum, o que assusta sua ama e as crianças com quem ele vivem no orfanato, mas que permite que ele passe totalmente despercebido. Durante a história, essa ausência de odor, de que ele se dá conta somente bem mais tarde, será compensada pela criação de perfumes mais ou menos atraentes, que Grenouille utiliza de acordo com as circunstâncias a fim de ser notado pelos outros. Ele tem um olfato extremamente desenvolvido, o que lhe permite reconhecer os odores mais imperceptíveis. Cons

Fliporto - 2008 (Feira Literária Internacional de Porto de Galinhas)

A Feira Literária Internacional de Porto de Galinhas (Fliporto) do mesmo modo como fez na edição do ano passado,prepara o balneário para homenagear, de 6 a 9 de novembro, o continente africano que, ao lado da América Central, é tema deste quarto ano do evento. "Trilhas da Diáspora. Literatura em África e América Latina ". Leva a lembrar que Porto de Galinhas tem este nome porque no passado foi porto de tráfico de escravos. Site da feira: www.fliporto.net .

A Quarentena - J.M.G Le Clézio

O livro A Quarentena de Le Clézio, ganhador do Prêmio Nobel desta ano, vai circular na Comunidade Livro errante      Este é um livro sobre o mar . Um romance de aventuras, uma meditação sobre a natureza, uma fábula sobre a potência do amor.    Terminada a leitura, estamos esvaziados, como se tivessem nos submetido a uma misteriosa provação física - privilégio das grandes obras, que nos dão a verdadeira medida de uma experiência literária. A quarentena é o período que um grupo de europeus é obrigado a passar numa ilha, onde estarão entregues a si mesmos, à doença, ao medo, à incompreensão e ao ódio. A ilha, lugar fechado e aberto ao mesmo tempo, figura clássica da utopia política, será para eles a antecipação do inferno. Mas será também o berço da intimidade em êxtase e do delírio amoroso. J. M.G. Le Clézio nasceu em Nice, em 1940. Estudou no Collège Littéraire Universitaire de Nice e é doutor em letras. Em 1963 publicou seu primeiro romance, Le procès-verbal. Sua obra alcança hoj

Com que sonha Rosikássia?

Com que sonha Rosikássia? Joca Souza Leão Alguém já lhe rogou praga? Pois me rogaram. Não sei quem. Mas que rogaram, rogaram. E praga braba: um comitê de candidato a vereador perto da minha casa. Sabe o que são dois meses com a mesma música de propaganda eleitoral a todo volume no pé-do-ouvido, a lhe atazanar o juízo? Decorei o número do cara, claro. É de rombo, como se diz em bingo. Quando sair a relação dos eleitos, antes de ver com quantos votos se elegeu a minha candidata, vou conferir em qual suplência ficou o sacripanta. Praga por praga também sei rogar. Nunca pegou. Mas dessa vez vai pegar. Pode crer. Na quinta passada, último dia em que a lei(?) permitiu a zorra (alto-falantes berrando, carros estacionados em locais proibidos e atrapalhando o trânsito), fui conhecer o território do inimigo. Puxei conversa com os irmãos Rosikássia e Karlisson, escritos assim, com k, eles soletraram pra mim. Até amanhã, dia da eleição, os dois estão, por assim dizer, empregados no comitê. Se

Le Clézio: Nobel de Literatura 2008

     Jean-Marie Gustave Le Clézio ,(França) é o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2008. A Academia considerou Le Clézio "um escritor da ruptura, da aventura poética e do êxtase sensual, explorador de uma humanidade além e acima da civilização reinante".      J.M.G Le Clézio tem cerca de 50 livros publicados, segundo o Le Monde. O prêmio Nobel de literatura consiste em 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,3 milhão ou R$ 2,63 milhões), uma medalha de ouro e um diploma.      Le Clézio , de 68 anos, vive entre Albuquerque, no Novo México, a ilha Maurício e Nice, cidade francesa onde nasceu em 13 de abril de 1940. Formado em Letras, é autor de romances, contos, ensaios, novelas, literatura infanto-juvenil, e ainda jovem, aos 23 anos, ganhou o prêmio literário Renaudot pelo seu livro Le Procès-verbal, chamando a atenção para sua literatura. Livros publicados no Brasil: À Procura do Ouro (Brasiliense, 1985) O Deserto (Brasiliense, 1986); Diego e Frida (Escrita,

Realidade Virtual - Fred Matos

     Olegário emudecia e se sentia marginalizado quando no escritório os colegas comentavam os bate-papos virtuais na Internet. Era como se conversassem em uma língua estrangeira sobre um universo que ele não conhecia. Nestes momentos preferia se afastar a deixar que soubessem que ainda ignorava a high-tech. Foi por isso que comprou um microcomputador e ingressou na nova confraria. Não podia prever que aquilo iria mudar sua vida.      Instalado o aparelho, contratado um provedor de acesso ao ciberespaço, inscreveu-se nas dezenas de listas de discussões indicadas pelos colegas e não demorou a ter participação ativa e cotidiana em encontros on-line para conversar sobre literatura, política,filosofia,e uma infinidade de outros assuntos pelos quais tinha interesse.Quando chegava em casa engolia o jantar com urgência de condenado e corria para o micro. Nos fins de semana recusava-se a sair, apesar dos queixumes dos filhos e de Lívia, sua esposa.      Um dia se assustou quando percebe

Cidade do Livro - São Paulo

Cidade do Livro, parque temático da zona norte da capital paulista, abre para visitas em outubro O espaço, está aberto ao público nos dias 4, 11, 18 e 25 de outubro Os passeios têm duas horas e meia de duração e são monitorados. As crianças são divididas em dois grupos: kids, entre três e oito anos, e teens, entre nove e 12 anos. Criada há 11 anos, a Cidade do Livro é um espaço cenográfico tematizado, com vários ambientes específicos distribuídos em uma área de 2.000 m2. foi criado em 1997 "O Futuro do Planeta" é tema deste ano. A cidade cenográfica tem:Livraria, Prefeitura, Vila do Saber, Bicholândia, Lava Rápido, Castelo das Delícias e Praça do Papel. Endereço: Alameda Afonso Schimidt, 877 Santa Terezinha - Zona Norte - (11) 6959-6179 http://www.cidadedolivro.com.br/ (da Folha de São Paulo/site da cidade do livro)

Rua Santa Gata - Tereza Halliday

     Dava gosto morar na rua Santa Gata. No tempo em que a palavra “bucólico” ainda estava em uso, aplicava-se perfeitamente àquele trecho da cidade: três quarteirões arborizados, casas cheirando a jasmim e sossego. O gato Ismael, “propriedade” coletiva dos moradores, orgulhava-se por ter uma irmã em pelo e gaticidade elevada ao panteão das almas sem mácula. Gata milagreira, a quem os humanos atolados “neste vale de lágrimas” encaminhavam súplicas.      Contritos, os residentes pronunciavam a jaculatória: “Santa Gata, rogai por nós”. Ismael fazia o mesmo, em miaus fervorosos, antes das escapadas por becos, muros e telhados, no período da noite avançada que os ingleses chamam “ungodly hours” – horas sem reverência a Deus. Sua devoção o protegia de atropelamentos, quedas, chutes, balas perdidas, comida envenenada. Salve, Santa Gata, irmã de misericórdia e esperança nossa. Salve!      Um espírito de porco – pois espírito de gato jamais diria uma coisa assim – jurava que nunca existiu