Deixei-a solitária, por uns dias, Enquanto melhorava do ciúme, E saí pra evitar muitas porfias Que entre nós já se davam — de costume. Nesse tempo eu andava arrumado! As brigas entre nós, frequentemente, Transformaram a abelha do passado Numa aranha de dor — sempre presente! Então o inseto que fazia, outrora, Mel de carícias na feliz colmeia, Vinha fazendo entre nós dois, agora, O fel da vida — numa horrível teia! Corri mundos... andei por terra estranha Procurando renúncia, esquecimento... Mas dia-a-dia se infiltrava a aranha Na teia enorme do meu pensamento! Mandava-lhe presentes de onde estava, Escrevia-lhe cartas carinhosas Pedindo que esperasse que eu voltava E novamente nasceriam rosas... Mas, uma noite, (Triste noite, amigo!) Eu entrei num Cassino.. . (Que amargura!) Ai! Não chores de ouvir o que te digo Nem te rias da minha desventura! A sala estava cheia do cinismo Dos que, no vício, vão matar a sede. .. Era um antro de fumo e de alcoolismo, Com visões sensuais p