Raul de Leoni (Petrópolis, 30 de outubro de 1895 — Itaipava, distrito de Petrópolis, 21 de novembro de 1926) foi um poeta brasileiro.
Concluiu os cursos primário e secundário no Rio de Janeiro, viajando ainda adolescente pela Europa. Tornou-se diplomata em 1917. Com Ode a um poeta morto, 1919, conquistou fama nos meios literários. Pouco depois de eleito deputado fluminense, retirou-se para Itaipava, onde pretendia curar-se da tuberculose que o vitimou. Antes, publicou Luz Mediterrânea, 1922. Após a sua morte em Itaipava seu corpo foi conduzido para Petrópolis, que lhe prestou suas últimas homenagens, sepultando-o à sombra do Cruzeiro das Almas, erigindo-lhe um mausoléu e dando o seu nome a um trecho da Rua Sete de Setembro.
Mais de oitenta anos da sua morte, Raul de Leôni é venerado por seus inúmeros leitores, mas ainda não chegou às carteiras universitárias dos cursos de Letras do nosso pais, onde por mérito poético, e para o bem dos estudantes da poesia brasileira, já deveria estar presente.
Escola Literária: (Pré-Modernismo,Simbolismo)
Velha Natureza
de Raul de Leoni
Tudo que a velha Natureza gera
Vai sempre rumo do melhor futuro;
Ela fecunda com o ânimo seguro
De quem muito medita e delibera…
O seu gênio de artista mais se esmera
Na teoria sutil do claro-escuro,
Com que exalta a verdade mais austera,
Frisando em tudo o símbolo mais puro…
Só faz o Mau e o Hediondo para efeito
De projetar mais longe e sem nuance
A alma cheia de luz do que é perfeito,
Como cavou o Abismo nas entranhas,
Para dar mais relevo e mais alcance
À soberba estatura das montanhas…
Imagem: Natureza, do artista plástico Luiz Fernando de Aquino
Vai sempre rumo do melhor futuro;
Ela fecunda com o ânimo seguro
De quem muito medita e delibera…
O seu gênio de artista mais se esmera
Na teoria sutil do claro-escuro,
Com que exalta a verdade mais austera,
Frisando em tudo o símbolo mais puro…
Só faz o Mau e o Hediondo para efeito
De projetar mais longe e sem nuance
A alma cheia de luz do que é perfeito,
Como cavou o Abismo nas entranhas,
Para dar mais relevo e mais alcance
À soberba estatura das montanhas…
Imagem: Natureza, do artista plástico Luiz Fernando de Aquino
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