Tecendo de renda branca,
Com meandros e meneios
De folha de mamoeiro;
Rastejos na areia solta,
Volteios de espuma branca.
Os bilros danam, tendo
Requebros de saia branca;
Pêndulos de sombra fina
Nas palmas de um dendezeiro:
Para o lá e para o aqui
Que leva e traz vela branca.
Os bilros cruzam, tecendo
Um voo de garça branca...
Tão leve! Um sonho? deixado
Na fronha de um travesseiro;
Um sonho. Linhas de sonho
Fiadas de uma nuvem branca.
Os bilros contam, tecendo,
Segredos de moça branca
Que em sal se chorou no mar
De tanto amar marinheiro;
Tanto sal, tanto chorou
Que se fez salina branca.
Os bilros param. Tecendo
Durezas de pedra branca.
Gravando em letras vazadas
O mesmo adeus derradeiro;
- Vazio amanhã: sem dia
- Futuro: saudade branca.
Imagem do google
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