Já me imagino lendo livro digital. Ops, livro digitalizado!! Como seria? Me sentiria o máximo, claro, mas concluiria que teria de viver no mundo do Kindle e no de papel.
São décadas de treinamento nos rituais dos viciados em livros. Aposto que continuaria entrando nas livrarias, perambulando por todos os setores, prestando atenção nas capas. Sim, elas são atraentes. Cheirando o(s) livro(s) escolhido e, se resistisse, compraria o produto digital.
Pensa que é fácil sair sem carregar uma sacola com pelo menos 1 exemplar? A sacola faz parte do ritual dos deuses das traças.
E presentear? Aliás, receber de presente um livro digitalizado? Cadê o pacote? E a sensação prévia de qual livro será? Ver a felicidade no rosto do doador, já não é um presente em si?
Estava em São Paulo no dia do meu aniversário e foi meu netinho fofo, o Theo, quem me entregou um pacote azul bem cuidado. Vó e neto iguais na mesma curiosidade e pressa em abrir o pacote. Essa expectativa, não existiria sem o livro de papel. O livro em quadrinhos encantou o Theo e eu tive de contar diversas vezes a mesma história. Sempre só até a página 52, o final feliz determinado por ele.
Sim!! Não posso esquecer !! E o autógrafo do autor? Onde o José Eduardo Agualusa iria autografar?
Botei meu netinho na história porque foi o exemplo mais contundente de que eu, por enquanto, vou ficar analógica.
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