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Mostrando postagens de janeiro, 2010

O Começo - (Depoimento de Douglas, comunidade Livro Errante)

L.E: Como conheceu a comunidade? Douglas: Foi algo bem legal! há um tempo atrás, meu amigão Fagner já tinha me falado que fazia parte de uma comunidade de leitura, achei legal, mas não dei muita ideia... Fomos então passar o reveillon em Copacabana e lá ele falava repetidamente que queria ir num orkontro pra conhecer duas amigas da comunidade, foi onde me apaixonei pela ideia e pelas amigas dele... rsrsr (relembrei do meu tempo em que lia) L.E:Como se iniciou na leitura? Douglas: Católico fervoroso sempre lia a bíblia, mas fui ficando adolescente e minha curiosidade religiosa foi aumentando e eu ficando insatisfeito com a minha religião... Como moro no interior, tudo que tenho é a internet e livros pra saciar meu desejo de conhecer o novo, foi então que lia sem parar, era uma média de três a quatro livros por semana... e isso virou uma paixão! L.E: O que você lia? Douglas: Bem, na infância eu me dedicava as receitas que vinham nas caixas de condimentos e nos rótulos de shamp

Clarice Lispector em documentário (final)

CADERNO DE TELEFONES Nicole lembra que o pequeno volume com as entrevistas a acompanhou, como se indicasse a possibilidade de se tornar algo importante em sua vida. “O livro sempre esteve por perto. Lembro que o peguei por causa do Tarcísio Meira: queria ler a entrevista que ele tinha dado para minha tia. Eu era muito fã dele por causa das novelas”, conta. Anos mais tarde, depois da morte da tia Elisa Lispector, “que era a arquivista da família”, a caderneta de telefones de Clarice passou para as mãos de Nicole. “Esse caderno de telefones foi a minha inspiração, porque lá estavam os nomes e telefones de muitos amigos da Clarice. Tinha o telefone do Ziembinski, da Bethânia, da Maria Bonomi, da Tônia Carrero e de muitos outros. Ele me acompanhou durante toda a produção do filme”, relata a diretora. Nicole Algranti destaca que sua empresa, a Taboca Filmes, não faz só cinema. Trabalha desde 1994 com populações indígenas do Acre, gravando discos de povos da floresta. A diretora ministra

Clarice Lispector em documentário (1)

“ José Carlos de Oliveira, vamos fazer uma entrevista ótima, no sentido de sincera? Hoje não é meu melhor dia, porque estou muito gripada e triste.” É dessa forma pouco comum que Clarice Lispector começa a conversa com o cronista Carlinhos de Oliveira. O papo segue caminhos inusitados. O entrevistado manda a entrevistadora “deixar de frescura”; Clarice implora por um fecho de ouro para salvar seu trabalho (“minha tentativa de sobrevivência financeira”); confessa que gosta muito de seu entrevistado e, no meio de tudo isso, solta uma questão metafísica: “Carlinhos, o que vem depois da morte?”. A grande romancista, autora de A paixão segundo G.H., um dos momentos mais altos da literatura brasileira do século 20, fez jornalismo para viver e criar os filhos. Mas, como tudo que tocava se tornava Clarice, acabou por criar um jeito pessoal de entrevistar que revelava aspectos profundos de seu interlocutor, ao mesmo tempo em que denunciava o que ia em seu coração. Parte desse material foi publi

Meu sebo

Montando um  sebo  em casa.  Enquanto faço a organização posso  ser encontrada na estante virtual: virtual:http://www.estantevirtual.com.br/acervo/reggyna .  Diretamente comigo, pode pegar o acervo  completo. O melhor do  Mau humor, Ruy Castro O Amor de Mau Humor, Ruy Castro Minha Razão de Viver-memórias de um  repórter, Samuel Wainer A Casa Demolida, Sérgio Porto A Comédia Humana, William Saroyan Lolita, Vladimir Nabokov Para Viver Um Grande Amor, Vinicius de Moarais A Boa terra, Pearl S.Buck A Afeto  Que Se Encerra, Paulo Francis Platão (col. Os Pensadores) Satiricon, Petrônio Meu Tio Atahualpa, Paulo de Carvalho Neto Fizemos Bem Em Resistir, Affonso Romano de Sant'Anna O Jornalista, O Escritor e O Aviador, Aluizio Falcão Filho Os Olhos Azuis da Sombra, Paulo Fernando Craveiro O Pesadelo de Svetevena, Hugo Vaz (em construção)

A Espermatolândia, Matheus Carvalho Brandão Cavalcanti

       Livro de educação  sexual para crianças  seria mais um nas estantes do país mesmo  que bem  escrito por qualquer  dos autores infantis  brasileiros. Porém A Espermatolândia , lançado no ano passado pelo Instituto Natural de Desenvolvimento Infantil  (INDI),  foi escrito e ilustrado por um garoto  de 11 anos.      Residente em Brasília porém nascido no Recife, Matheus Carvalho Brandão Cavalcanti escreveu o livro como  trabalho  escolar a partir de um  filme sobre educação  sexual exibido em  sua escola.        Apresentou o livro na feira anual e foi sucesso.      Matheus  explica que escreveu e desenhou sozinho porque queria, palavras dele, um  livro que não parecesse com nenhum. Conseguiu. O livro  foi impresso no  formato original de um  espermatozóide. Onde comprar? www.thesaurus.com.br Thesaurus Editora de Brasília - Fone: (61) 3344-3738 - Fax: (61) 3344-2353 - E-mail: sac@thesaurus.com.br Preço: R$25,00

Sem Comida e Pede Livros

Phapichue, o haitiano da foto acima, tem 18 anos, um par de óculos e nada para fazer. Ele mora em Cité Soleil, o favelão de Porto Príncipe, num barraco erguido sobre os escombros do terremoto. Como a maioria das pessoas por lá, acostumou-se à sede e à fome. No entanto, quando conheci Phapichue, ao entardecer da última sexta- feira, ele não me pediu água, comida ou dinheiro. Pediu-me livros. “Eu estudava português”, ele me disse, ao descobrir que falava com um brasileiro. Estudava, no passado mesmo. A escola dele desabou. Tentamos conversar em português. Phapichue sabia poucas palavras: “sim”, “não”, “obrigado”. Compreendia bem, mas se enrolava na hora de falar. Ele insistiu - queria livros. “É a primeira vez que vejo um estrangeiro aqui, que não seja militar. Cité Soleil é longe. A ajuda não chega”, argumentou. Reparei que ele portava um tocador de MP3. Estranhei: “Se você tem dinheiro para comprar um desses, deve ter para comprar um livro”. Phapichue riu-se todo e d

Dia do Carteiro - 25 de Janeiro

Da carta de Caminha até a criação do primeiro correio brasileiro passaram-se 173 anos. Em 1673, era criado o "Correio-mor das cartas do mar", que não resolveu o problema de ligação postal entre Brasil e Portugal já existente e preocupante. Os dois países não mantinham um serviço organizado e eficiente, tendo que recorrer às nações vizinhas. Em 25 de janeiro de 1663, foi criado o Correio-Mor no Brasil, nome dado à função de carteiro naqueles tempos. Luiz Gomes da Matta Neto, que já atuava como Correio-Mor em Portugal, assumiu o posto no Brasil e se tornou o responsável pela troca de correspondências da Corte. As outras pessoas que quisessem enviar correspondências, tinham de utilizar os serviços de mensageiros, viajantes (como tropeiros ou bandeirantes), ou de escravos. Só a partir do ano de 1835, a Empresa de Correios deu início à entrega de correspondências em domicílios. E em 1852, o telégrafo foi introduzido no Brasil. A primeira agência postal é criada no

O Olho da Rua, Eliane Brum

     Terminei ontem um dos mais belos livros que já pude ler:  Olho da Rua, uma repórter em  busca da literatura da vida real.      Não  conhecia a autora, posto  que desde há algum tempo não leio a revista Época onde Eliane Brum publicou as matérias que pôs no livro. Agora que li admito  que minha ignorância sobre ela é imperdoável. O Olho da Rua , traz matérias feitas do cotidiano mais esquecido, diverso em  assunto  e localização, mais pungentemente brasileiro.  A autora diz que  não  sai a mesma de nenhum daqueles momentos e talvez não saiba que o leitor também não fica imune a seu livro.  O Olho da Rua conta histórias, como  a de Hustene, migrante nordestino em  São Paulo cuja dignidade entristece por ser minoritária mas, ao mesmo tempo, dá esperança a quem, como  eu, supunha já não haver mais quem  tivesse vergonha de não produzir.  Hustene envergonha-se de não poder pagar dívidas num país onde essa atitude já é considerada bobagem. Hustene também se recusa a rece

Furto em Livrarias

Lendo os jornais na internet me deparo com uma notícia que me chamou a atenção: "Furto em livraria representa..."   Não  foi o furto que me surpreendeu, porque isso  já não surpreende mais ninguém. Meu espanto  foi o local. Nunca tinha ouvido  falar em  furto  à livrarias. Inocência essa minha! A Associação Nacional do Livro (ANL) informa que as perdas com furto de livros chegam a 4% ao ano. Uma grande cadeia de livrarias está melhorando  seu  sistema de segurança por causa dos furtos em  todas as suas unidades. Como os furtos em outros estabelecimentos, nas livrarias existem também os alvos prediletos. Atualmente os livros mais  procurados pelos ladrões são: A História da Feira - Humberto Eco, R$162,90 Se Abrindo Para a Vida, Zilda Gaspareto, R$36,00 Lua Nova,Stephenie Meyer, R$39,90 Atlas da Anatomia Humana,Johannes Sobota, R$695,00 Além do Bem e do Mal, Nietzsche, R$15,00 a 30,00 O Símbolo Perdido, Dan Brown,R$31,90 O Pequeno Príncipe, Exupèry,R$3

Coleção Taba, quem tem?

Quem, no Recife  tem a coleção ou alguns fascículos da Coleção TABA , lançada nos anos 80 pela Abril Cultural?   Existe noutro formato?

Magrelinha, Lêda Porto Valença

No começo ela achou muito bom, porque, finalmente, tinha saído daquele lugar , pois não gostava de lá. É certo que ali tinha umas amigas bem parecidas com ela, parecidas não, quase iguais só havendo diferença mesmo na cor das roupas e nos tamanhos , porque eram umas maiores que as outras. Porém, nenhuma tinha o cabelo azul igual ao dela. Nenhuma! Mas mesmo assim ela não se sentia feliz morando naquela casa. Lá havia muitos papéis, caixas, bichinhos de pelúcia, lápis de cores, tintas, pincéis, cartões... e todos os dias muitas pessoas passavam por ali, mas eram todas estranhas. De vez em quando, alguém que chegava olhava para elas, que ficavam sempre juntas,pegava uma delas, punha na palma das mãos , revirava, balançava, tornava a olhar,depois pegava uma outra, mais outra,deixava pra lá e ia embora. Ela ficava com uma raiva daquilo! Por que tinham de pegá-las? Quando ia ficando de noite ou nos dias de domingo, ia todo mundo para casa e aí era bem legal: elas ficavam à von

Libertação - Sándor Márai

Companhia das Letras,  lança agora o pequeno volume intitulado Libertação , escrito durante o mês de agosto de 1945, ainda sob o calor da guerra, porém só publicado após a morte do autor. Em meio a uma Budapeste cercada pelas tropas soviéticas e devastada por incessantes bombardeios, Erzsébet, a protagonista, procura um abrigo para proteger o pai, famoso astrônomo e matemático conhecido por suas posições antifascistas. O desmoronamento do totalitarismo nazista intensifica o clima de perseguição e eliminação de inimigos de todas as matizes, de judeus a simples liberais. Com a cidade ocupada pelos alemães, tanto a Gestapo quanto os fascistas húngaros ansiavam por colocar as mãos sobre o renomado cientista. Erzsébet, movida pelo desespero, recorre a uma personagem denominada apenas como o adventista a fim de ocultar o pai. Depois de 10 meses de fuga, o cientista fica emparedado em um recinto semelhante a um túmulo.(do Jornal  do Brasil)

Dia Mundial da Paz, esse é o dia.

Meu  feriado predileto é hoje, o  Dia Mundial da Paz . Volto, então, para desejar que a paz não  se resuma a um  dia  de descanso obrigatório pré determinado no  calendário. Desejo que  cada um  de nós seja capaz de tê-la e, mais que tudo, transformá-la num  bem necessário, urgente, intransferível.  Pessoal agora, para ser real e coletivo amanhã. Imagine John Lennon Imagine there's no heaven It's easy if you try No hell below us Above us only sky Imagine all the people Living for today Imagine there's no countries It isn't hard to do Nothing to kill or die for And no religion too Imagine all the people Living life in peace You may say, I'm a dreamer But I'm not the only one I hope some day You'll join us And the world will be as one Imagine no possessions I wonder if you can No need for greed or hunger A brotherhood of man Imagine all the people Sharing all the world You may say, I'm a drea