Pela insistência no nome, todos já devem ter notado minha paixão por Graciliano. Fazer o quê se cada releitura, cada entrevista sobre ele ou qualquer obra me traz algo de novo e surpreendente? Desta vez, é o conselheiro do tribunal de contas do estado de Pernambuco, Valdecir Pascoal quem, enaltecendo Graciliano Ramos quando de sua gestão na Prefeitura da cidade de Palmeira dos Índios, faz coro ao que falei neste blog em 4 de setembro de 2008:
"Seus relatórios administrativos não seriam cartilhas de leitura obrigatória a nossos governantes?"
Eis a matéria publicada no Jornal do Commércio (Recife)
» CONTAS PÚBLICAS
Exemplo de Graciliano é destacado no TCE
Publicado em 01.02.2009
Prefeito de Palmeira dos Índios (AL) no final da década de 20, escritor dava lições de austeridade e de transparência nos gastos, muito antes de restrições como as da Lei de Responsabilidade Fiscal» Continuação da página 3
“Dos funcionários que encontrei em janeiro do ano passado restam poucos. Saíram os que faziam política e os que não faziam coisa nenhuma. Os atuais não se metem onde não são necessários, cumprem as suas obrigações e, sobretudo, não se enganam em contas...”. As palavras são do escritor modernista Graciliano Ramos. Ex-prefeito de Palmeira dos Índios (AL), Graciliano não deixou herança restrita aos estudiosos da literatura.
Em sua gestão, no final da década de 20 do século passado, o prefeito da cidade alagoana, por meio de relatórios destinados ao governador do Estado, mostrou-se, de fato, vanguardista. Décadas antes do estabelecimento de restrições como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – que impôs maior controle aos gastos públicos – e dos disciplinamentos orçamentários, o então gestor de Palmeira dos Índios dava lições de austeridade e de transparência no uso dos recursos públicos.
A leitura dos modernos textos do literato certamente deverá constar no ”dever de casa” dos participantes do seminário que será promovido, a partir de amanhã, pelo Tribunal de Contas (TCE), destinado aos novos prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais.
Para o conselheiro Valdecir Pascoal, um dos coordenadores do seminário e que fará a palestra de abertura do encontro, o conjunto de textos de Graciliano - disponível nas livrarias - é relevante por destacar a transparência nos gestos públicos. “Naquela época, não tinha essa coisa de TCE e ele já prestava contas. É fantástico, nada mais atual e moderno”, resume.
Apesar dos acertos, o ilustre ex-prefeito da cidade alagoana renunciou ao mandato dois anos após tomar posse. Sobre sua passagem na prefeitura, deixou mais uma lição aos novos administradores: “Para que semear promessas que não sei se gerarão frutos”, questionou na época.
P.S: os relatórios administrativos citados estão no livro: Vivente das alagoas - Além do exemplo de correção administrativa, lamentavelmente inédito até hoje, os relatórios, por seu brilhantismo literátio, levaram Graciliano Ramos a seu editor. Devemos, portanto, a esses relatórios, o grande escritor brasileiro.
"Seus relatórios administrativos não seriam cartilhas de leitura obrigatória a nossos governantes?"
Eis a matéria publicada no Jornal do Commércio (Recife)
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Exemplo de Graciliano é destacado no TCE
Publicado em 01.02.2009
Prefeito de Palmeira dos Índios (AL) no final da década de 20, escritor dava lições de austeridade e de transparência nos gastos, muito antes de restrições como as da Lei de Responsabilidade Fiscal» Continuação da página 3
“Dos funcionários que encontrei em janeiro do ano passado restam poucos. Saíram os que faziam política e os que não faziam coisa nenhuma. Os atuais não se metem onde não são necessários, cumprem as suas obrigações e, sobretudo, não se enganam em contas...”. As palavras são do escritor modernista Graciliano Ramos. Ex-prefeito de Palmeira dos Índios (AL), Graciliano não deixou herança restrita aos estudiosos da literatura.
Em sua gestão, no final da década de 20 do século passado, o prefeito da cidade alagoana, por meio de relatórios destinados ao governador do Estado, mostrou-se, de fato, vanguardista. Décadas antes do estabelecimento de restrições como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – que impôs maior controle aos gastos públicos – e dos disciplinamentos orçamentários, o então gestor de Palmeira dos Índios dava lições de austeridade e de transparência no uso dos recursos públicos.
A leitura dos modernos textos do literato certamente deverá constar no ”dever de casa” dos participantes do seminário que será promovido, a partir de amanhã, pelo Tribunal de Contas (TCE), destinado aos novos prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais.
Para o conselheiro Valdecir Pascoal, um dos coordenadores do seminário e que fará a palestra de abertura do encontro, o conjunto de textos de Graciliano - disponível nas livrarias - é relevante por destacar a transparência nos gestos públicos. “Naquela época, não tinha essa coisa de TCE e ele já prestava contas. É fantástico, nada mais atual e moderno”, resume.
Apesar dos acertos, o ilustre ex-prefeito da cidade alagoana renunciou ao mandato dois anos após tomar posse. Sobre sua passagem na prefeitura, deixou mais uma lição aos novos administradores: “Para que semear promessas que não sei se gerarão frutos”, questionou na época.
P.S: os relatórios administrativos citados estão no livro: Vivente das alagoas - Além do exemplo de correção administrativa, lamentavelmente inédito até hoje, os relatórios, por seu brilhantismo literátio, levaram Graciliano Ramos a seu editor. Devemos, portanto, a esses relatórios, o grande escritor brasileiro.
Que lastima, que
ResponderExcluiriguais a ele so na nossa vontade de acreditar em alguem de carne e osso, normal.,fica apenas no no desejo.
ne?
Pois é Fátima. G.R era especial também como pessoa. Talvez por isso tão pouca gente saiba dar-lhe o devido valor.
ResponderExcluirele tinha uma figura fisica muito
ResponderExcluirimponente.