Chutar o Balde
Não há confirmação, mas origens possíveis. Vamos a elas: 1) No tempo em que não existia bala perdida, o costume era o da forca. O condenado já com a corda no pescoço ficava sobre uma placa que era retirada com um chute. Nem sempre houve placa, claro. Existiam mecanismos mais sofisticados, escadas, alçapões. Coisas que tirassem do chão o condenado. Supostamente, até um balde poderia ser usado e, como a placa, chutado para causar o enforcamento. 2) A expressão também pode ter origem no movimento muito comum que as vacas fazem quando por alguma razão ficam desconfortáveis quando estão sendo ordenhadas manualmente. A vaca chuta literalmente o balde e derrama o leite. Chutar o balde é desistir, encerrar, acabar ...
Outros Quinhentos
Hoje utilizada para se referir a algo que se pretende tirar de alguma discussão, a expressão, como tantas outras do nosso idioma, vem de Portugal. A origem foi na Península Ibérica, no século XIII.
Quando qualquer fidalgo da época se sentia lesado por alguma injúria tinha o direito de pedir a condenação do agressor. Se fosse constatada de fato a agressão, o responsável teria de pagar 500 soldos (moedas de ouro na Roma antiga) para ser absolvido.
Se o condenado voltasse a cometer um delito semelhante, deveria pagar outros 500 soldos. “Compreende-se que outra qualquer vilta, vitupério sem razão, posterior à multa cobrada, não seria incluída na primeira. Matéria para novo julgamento. Outra culpa. Outro dever. Seriam, evidentemente, outros quinhentos”, escreveu Luís Câmara Cascudo em seu livro “Locuções Tradicionais no Brasil”.
Vem daí a expressão: se cometer um delito, vão embora quinhentos soldos. Mas e se cometer uma nova injúria? Bom, aí são outros quinhentos…
Fonte: Revista Super Interessante e Guia dos Curiosos
Imagens:
Chutar o Balde: GoHome.com
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