Será que o jovem Marty McFlay ( Michael J Fox) existiria se o pai de Lorraine não tivesse atropelado George?
Será que o Brasil não teria sido colônia portuguesa se Cabral tivesse acertado o caminho para as índias?
E se Hitler fosse um pacato padre?
Perguntas assim já foram feitas e continuarão a povoar nossas mentes sempre que a gente quiser "corrigir" algo do presente. É meio infantil, é verdade, mas é humano, também, imaginar que basta mexer no passado, como no filme De Volta Para o Futuro, para o Brasil ter outro colonizador ou evitar o holocausto.
O Livro Secreto, de Grégory Samak traz de forma romanceada um assassinato que aconteceu na Alemanha e que seria a redenção de boa parte da Europa do passado... Uma leitura imperdível.
Mas se você não tem o livro, o mesmo assunto pode ser visto no filme recém lançado no Brasil:
Direção: Oliver Hirschkiegel
Elenco: Christian Friedel (Georg Elser)
Katharine Schüttler (Elsa)
Burghart Klaussner (Nebe)
Georg Elser passou para a posteridade como o homem que poderia ter mudado o curso da História caso tivesse sido bem-sucedido. Dia 18 de novembro de 1939 estourou uma bomba poderosa no púlpito onde Hitler deveria estar discursando para seus correligionários, num bar em Munique. Elser a havia colocado lá. Acabou preso e torturado para confessar. Sua história está contada no filme 13 minutos, de Oliver Hirchbiegel, que estreia hoje. Da prisão, Elser (Christian Friedel) relembra sua trajetória, de jovem operário até tornar-se o ativista que preparou a bomba que poderia ter matado Hitler e, talvez, poupado cerca de 55 milhões de vidas perdidas na 2ª Guerra Mundial. Em flashback traçado do fundo das masmorras da Gestapo, Elser lembra-se de como foi um jovem artesão, como apaixonou-se por uma mulher casada, com a qual teve um filho, como empregou-se numa usina siderúrgica, como aderiu à rebelião antinazista e, por fim, decidiu-se pelo ato solitário. O filme não se ocupa de questões históricas que até hoje desafiam intelectuais, mas repousa sobre dois fatos incômodos para o nazismo. Primeiro, Elser não era um judeu perseguido; era ariano. Segundo, garantia ter agido por conta própria. Ora, o regime considerava o primeiro fato como um insulto.
O Livro Secreto,Grégory Samak.
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