Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira!
Dona formiga convocou a reunião.
-Isso não pode continuar!
-Não pode não! Apoiava o camaleão.
-É um desaforo. A formiga gritava.
-É um desaforo!
-É um desaforo!
-É mesmo. O camaleão concordava.
A joaninha que vinha chegando naquele instante perguntava: Qual é o desaforo, hein?
-É um desaforo o que a lagarta faz!
-Come tudo o que é folha! Reclamava o Louva-a-deus.
-Não há comida que chegue!
A lagartixa não concordava: -Por isso não que as senhoras formigas também comem.
-É isso mesmo! Apoiou o camaleão que vivia mudando de opinião.
-É muito diferente, depois a lagarta é uma grande preguiçosa, vive lagarteando por aí.
-Vai ver que a lagartixa é parente da lagarta. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
-Parente não! Falou a lagartixa. -É só uma coincidência de nome!
-Então não se meta!
-Abaixo a lagarta! Disse o gafanhoto. _Vamos acabar com ela!
-Vamos sim! Gritou a libélula. Ela é muito feia!
O Senhor Caracol ainda quis fazer um discurso:
-É muito diferente, depois a lagarta é uma grande preguiçosa, vive lagarteando por aí.
-Vai ver que a lagartixa é parente da lagarta. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
-Parente não! Falou a lagartixa. -É só uma coincidência de nome!
-Então não se meta!
-Abaixo a lagarta! Disse o gafanhoto. _Vamos acabar com ela!
-Vamos sim! Gritou a libélula. Ela é muito feia!
O Senhor Caracol ainda quis fazer um discurso:
-É, minhas senhoras e
meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em
meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro
Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado. Mas como o
caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado.
Já estavam todos se preparando para caçar a lagarta.
-Abaixo a feiúra! Gritava aranha como se ela fosse muito bonita.
-Morra comilona! Exclamava o Louva-a-deus como se ele não fosse comilão também.
-Vamos acabar com a preguiçosa! Berrava a cigarra esquecendo a sua fama de boa vida.
E lá se foram eles, cantando e marchando:
-Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
-Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
Mas, a primavera havia chegado, por toda a parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam e as borboletas, quantas borboletas de todas as cores, de todos os tamanhos borboletearam pela mata. E os caçadores procuravam pela lagarta:
-Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
-Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
E perguntavam para as borboletas que passavam:
-Vocês viram a lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa.
As borboletas riam, riam, iam passando e nem respondiam. Até que veio chegando uma linda borboleta.
-Estão procurando a lagarta da amoreira?
-Estamos sim. Aquela horrorosa, comilona.
E a borboleta bateu as asas e falou:
-Pois, sou eu.
-Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a borboleta sorrindo explicou:
Toda lagarta tem seu dia de borboleta, é só esperar pela primavera.
-Não é possível, só acredito vendo!
-Venha ver! Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
Todos correram para ver. E ficaram quietinhos espiando. E a lagarta foi se transformando, se transformando até que de dentro do casulo nasceu uma borboleta.
Os inimigos da lagarta ficaram admirados
-É um milagre!
-Bem que eu falei. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou:
Já estavam todos se preparando para caçar a lagarta.
-Abaixo a feiúra! Gritava aranha como se ela fosse muito bonita.
-Morra comilona! Exclamava o Louva-a-deus como se ele não fosse comilão também.
-Vamos acabar com a preguiçosa! Berrava a cigarra esquecendo a sua fama de boa vida.
E lá se foram eles, cantando e marchando:
-Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
-Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
Mas, a primavera havia chegado, por toda a parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam e as borboletas, quantas borboletas de todas as cores, de todos os tamanhos borboletearam pela mata. E os caçadores procuravam pela lagarta:
-Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
-Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.
E perguntavam para as borboletas que passavam:
-Vocês viram a lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa.
As borboletas riam, riam, iam passando e nem respondiam. Até que veio chegando uma linda borboleta.
-Estão procurando a lagarta da amoreira?
-Estamos sim. Aquela horrorosa, comilona.
E a borboleta bateu as asas e falou:
-Pois, sou eu.
-Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!
E a borboleta sorrindo explicou:
Toda lagarta tem seu dia de borboleta, é só esperar pela primavera.
-Não é possível, só acredito vendo!
-Venha ver! Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.
Todos correram para ver. E ficaram quietinhos espiando. E a lagarta foi se transformando, se transformando até que de dentro do casulo nasceu uma borboleta.
Os inimigos da lagarta ficaram admirados
-É um milagre!
-Bem que eu falei. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.
E a borboleta falou:
-É preciso ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas.
Fonte: blog do conto ao encanto
Imagem: www.positivandoatiudes.blogspot.com.br
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