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Mostrando postagens de novembro, 2014

Mainha Me Ensinou - Maria Rita

Ainda me lembro com clareza O que mainha me ensinou A respeitar a natureza Pela fartura sobre a mesa agradecer ao Criador Sempre andar num bom caminho Tirar o espinho de uma flor Pra dar e receber carinho Pra não viver em desalinho Só se entregar a um grande amor Pra dar e receber carinho Pra não viver em desalinho Só se entregar a um grande amor Ah! Encontrei um amor assim É tudo o que sonhei pra mim Num amanhecer (Eu e você) Quando entardecer (Você e eu) O tempo já passou A gente nem notou Anoiteceu E deixa clarear (Que um anjo bom) Chegou pra completar (Nossa paixão) Felicidade minha Hoje eu sou mainha Mainha tem razão Ainda me lembro com clareza Esta música está no CD Coração a Batucar

Não Fotografei a Resignação, Regina Porto

      Imagem: Regina Porto      Domingo passado fui fazer fotos. Queria registrar qualquer coisa ou cena que, por si, traduzisse uma palavra. Qualquer que fosse.         Estive  no marco zero do Recife onde acontecia a feira de cultura japonesa. O pequeno bairro fervilhava com jovens skatistas, crianças de bicicleta e admiradores de mangás. Estes, vestidos a caráter, desfilavam personagens.      Por todos os lugares havia quem, sozinho ou em grupo,  vestisse  roupas a  mim incompreensíveis com perucas azuis, amarelas e laranjas.       Apesar de caminhar bastante e de ver tanta gente fantasiada o que me chamou a atenção para fotografar foi um casal religioso. Ele, de paletó e gravata, no mesmo lugar onde ficam todos os religiosos pregadores, sob o de sempre sol escaldante,     Tinha perto de si microfone e amplificador. Pregava para plateia nenhuma, virando-se pra um lado e outro. As veias do pescoço dilatadas.  Passei  próximo mas em lado sombreado e vi que com ele estava

O Bordado, A Pantera Negra - Raimundo Carrero e Ariano Suassuna.

O Bordado, A Pantera Negra,   Raimundo Carrero           O punhal alumiando. Os olhos faiscando no fundo da moita. A noite - pantera negra - esconde o mato. Simão bugre, cartucheiras cobrindo o dorso, arrasta-se, abrindo caminho, Sente os espinhos enfincando-se no peito. Rasga a pele com a unha fina: o sangue corre.       Enfurecido pela dor, esmagam cacto, Parece uma fera acuada. recebe a pancada do vento no rosto como se fosse um coice.  Agora, a moita está às costas. Não vê as matas se perdendo nos confins, mas tem na mente todos os caminhos e estradas. Perdido entre o silêncio e as trevas está o mundo Santos dos Umãs.      O punhal alumiado parece espelho. A fera pisa com rigidez, sacode a brutalidade dos seus músculos. O tempo caminha em passos apressados para a madrugada. Antes, o trovão geme atrás das nuvens, depois a chuva despenca, saciando a sede da terra.  Simão Bugre apalpa a arma. Os cabelos de fios ásperos descem, molhados, pelos ombros. Os pés de an

Pintando Poesia: Claude Monet

Claude Monet  Barcos Vermelhos Em Argenteuil Fogg Museum.Harvard University,Cambridge

Um Passado Imaginário, Antonio Falcão

O cineasta Woody Allen tem em   Meia-noite em Paris   uma das suas melhores realizações. O filme conta que um romancista americano encantado pela capital francesa, após ouvir as 12 badaladas da meia-noite, em 2010 cai na fantasia de madrugar com intelectuais e artistas que fizeram na década de 1920 os parisienses anos loucos. Assim, ele “convive” em viagens fantásticas com Scott Fitzgerald, Hemingway, Gertrude Stein, Cole Porter, Buñuel, Toulouse-Lautrec, Dali e Picasso, pra falar só de alguns. E nesse alucinante realismo mágico decide ficar na cidade para sempre.            Sem ser passadista, eu vi com prazer esse filme 3 vezes. E recomendo   Meia-noite em Paris   a quem tem bom gosto e algum conhecimento da geração perdida daqueles anos 20. Mas um amigo, que é cinéfilo de carteirinha e escreve ficção literária, assistiu essa obra de Allen em 9 sessões, curtindo cada uma no maior alumbramento. A partir da experiência, porém, ele passou a ter sonhos centrados na tentativa de

O Menino Das Meias Vermelhas, Carlos Heitor Cony

O amor, sem dúvida, é lei da vida. Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro.                                      Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito. Na hora do recreio ficava afastado dos  colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.      Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.       Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas.       Ele falou, com simplicidade: “no ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo.      Colocou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas.           Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas, saberia que o filho era dela.”      “Ora”, disseram

Doodle do Google: Cecília Meireles.

Hoje Cecília Meireles faria  113 anos e o google não deixou passar: fez um belo doodle pra grande escritora. Veja também a   Expo:  Cecília Benevides Carvalho Meireles

Por que Malala?

  No Afeganistão, de onde vem a jovem ganhadora do Nobel da Paz de 2014, o nascimento de uma menina, não é digno de comemoração alguma.  Mas o pai de Malala recebeu seu nascimento, com carinho e alegria. Não houve visita à família exceto a de um parente que trouxe uma árvore genealógica iniciada com um bisvô. Só nomes masculinos, logicamente. O pai, procura seu nome, faz uma linha e no lugar correto desenha um pirulito e nele escreve MALALA.  Único nome de mulher colocado na tal árvore. Escrito por um homem. Como fez seu pai, joguemos, pois frutas secas, doces e moedas a Malala!! O nome da jovem afegã, vem de Malalai de Maiwand a maior heroina do Afeganistão.  Malalai, inspirou o exército afegão a derrotar os britânicos na segunda guerra anglo-afegã de 1880.   Foi assim: quando Malalai tinha 16 anos, seu pai (um pastor em Maiwand) e seu noivo  aderiram à tropa que lutava pelo fim da ocupação britânica. Malalai juntou-se às outras mulhweres do lugar e foi para o campo de batal

Poesia Cantada.

                      Estava com minha mãe quando ouvimos pela primeira vez a música Frevo da Saudade. Era um festival e nem lembro quem cantava. -Essa música é um poema!! -É? -E dos bons!  Pra mim é um poema sim. Ontem a MPB  perdeu o pernambucano nascido nas Alagoas Aldemar Paiva autor do poema de minha mãe. Quem tem saudade não está sozinho tem o carinho da recordação. Por isso, quando estou mais isolado Estou bem acompanhado Com você no coração. Um sorriso, uma frase, uma flor Tudo é você na imaginação serpentina ou confete Carnaval de amor Tudo é você no coração Você existe como um anjo de bondade Que me acompanha Nesse frevo de saudade

Eu E Os Poetas do Recife, Manuel Bandeira

                        Desenho de Romero Brito Manuel Bandeira do Circuito da Poesia está em uma das margens do Rio Capibaribe, no centro da cidade.  Na mesma margem onde se encontra  João Cabral de Melo Neto que o blog já mostrou.  Infelizmente alguém de pouquíssima educação pixou toda a estátua do poeta e, por essa razão, as imagens que tenho foram feitas no Espaço Pasárgada, na Rua da União que era a casa do  avô e onde ele passou a infância. Rimancete À dona de seu encanto À bem-amada pudica, Por quem se desvela tanto Por quem tanto se dedica, Olhos lavados em pranto, O seu amante suplica: O que me darás, donzela, Por preço de meu amor? -Dou-te os meus olhos (disse ela), Os meus olhos sem senhor... -Ai não me fales assim! Que uma esperança tão bela Nunca será para mim! O que me darás, donzela, Por preço de meu amor? -Dou-te os meus lábios (disse ela), Os meus lábios sem senhor... -Ai não me enganes assim, Sonho meu! Coisa tão bela Nunca será para mi

Academia Brasileira de Letras - Eventos de novembro 2014 (2)

Música Popular Brasileira na Academia  100 anos de Lupicínio Rodrigues Dia: 12 de novembro Apresentação: Ricardo Cravo Albin Participação: Elza Soares Serviço: Endereço:  Av. Pres. Wilson, 203 - Castelo, Rio de Janeiro - RJ, 20030-021 Telefone: (21) 3974-2500

Academia Brasileira de Letras - Eventos de Novembro 2014 (1)

9º Ciclo de Conferências | As novas linguagens do século XXI Coordenador: Acadêmico  Evanildo Bechara 04/11 - Acadêmico  Arnaldo Niskier : "A nova sala de aula" 11/11 - Sílvio Meira: "Inovações na transmissão de conhecimento" 18/11 - Roberto Bahiense: "A biblioteca do futuro" 25/11 - Jonas Suassuna: "Nuvem de livros"

Mais Vendidos - Última Semana de Outubro

Ficção 1-       O Sangue do Olimpo – Rick Riordan 2-       Se Eu Ficar – Gayle Forman 3-       Para Onde Ela Foi – Gayle Forman 4-       A Culpa É Das Estrelas – John Green 5-       O Pequeno Príncipe – Exupery 6-       Felicidade Roubada – Augusto Cury 7-       Maze Runner Correr ou  morrer James Dasher 8-       Quatro- Verônica Roth 9-       Cidades de Papel- John Green 10-    Divergente Verônica Roth Não Ficção 1 1-        Nada a Perder 3 – Edir Macedo 2 2-        Aparecida - Rodrigo Alvarez 3 3-        Guga , Um Brasileiro - Gustavo Kurtner 4-        O Diário de Anne Frank 5-        Sonho Grande – Cristiane Correa 6-        Getúlio 1945-1954,Lira Neto 7-        Eu  Sou Malala – Malala Yousafzai 8-        Mentes Consumistas – Ana Beatriz Barbosa da Silva 9-        Daniel, Minha Estrada – Daniel