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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Dia Nacional dos Quadrinhos - 30 de janeiro (3)

Quando  os jornais brasileiros, por influência americana,começaram a trazer seus suplementos juvenis os heróis foram definitivamente incorporados à nossa cultura. Em 1939 fo lançada a revista Gibi , que trazia os heróis. Com o tempo  a palavra Gibi,  passou a ser sinônimo de revista em quadrinhos. Edição de 1950- herói: Capitão Marvel Por resistência dos editores, as novas revista em quadrinhos (novos gibis) tinham grande dificuldade em apresentar personagens próprios, brasileiros. Alguns desenhistas chegaram a fazer, sem receber o devido crédito, capas das revista Pato Donald.  Duas grandes mudanças, para melhor, só vieram acontecer muitos anos depois. A primeira em 1952 quando a Editora Abril mudou as dimensões das revista do gênero. Os gibis ficaram menores que os editados nos USA. Tornou-se, então, o padrão brasileiro, este que conhecemos hoje nos revistas de Chico Bento, por exemplo. Ainda nos anos 50 o desenhista Gutemberg Monteiro foi trabalhar ilustrando os quadrinhos d

Poema Didático,Paulo Mendes Campos

Não vou sofrer mais sobre as armações metálicas do mundo Como o fiz outrora, quando ainda me perturbava a rosa. Minhas rugas são prantos da véspera, caminhos esquecidos, Minha imaginação apodreceu sobre os lodos do Orco. No alto, à vista de todos, onde sem equilíbrio precipitei-me, Clown de meus próprios fantasmas, sonhei-me, Morto de meu próprio pensamento, destruí-me, Pausa repentina, vocação de mentira, dispersei-me. Quem sofreria agora sobre as armações metálicas do mundo, Como o fiz outrora, espreitando a grande cruz sombria Que se deita sobre a cidade, olhando a ferrovia, a fábrica, E do outro lado da tarde o mundo enigmático dos quintais. Quem, como eu outrora, andaria cheio de uma vontade infeliz, Vazio de naturalidade, entre as ruas poentas do subúrbio E montes cujas vertentes descem infalíveis ao porto de mar? Meu instante agora é uma supressão de saudades. Instante Parado e opaco. Difícil se me vai tornando transpor este rio Que me confundiu outrora. J

Dia Nacional dos Quadrinhos - 30 de janeiro (2)

Cartuns, charges ou caricaturas, ainda no sec.XIX e sempre nas formas de sátiras políticas e sociais,abriram caminho para as HQ que conhecemos hoje. No início surgiram estabelecidos como "tiras" e estavam inseridos em trabalhos jornalísticos. Em 1837 na forma de charge circulou pela primeira vez um desenho de Manuel de Araujo Porto Alegre , que muitos anos depois criaria uma revista de humor político. Primeira charge do Brasil -1837 Depois, Angelo Agostini criou Nhô Quim e Zé Caipora ambos em 1869, os dois primeiros personagens de HQ do Brasil, também eram introduzidos em publicações jornalisticas de gosto popular. Somente no início do sec. XX é que surgiu no país uma revista propriamente dita de HQ. Era o ano de 1905 e a revista Tico Tico, cujo principal artista era  J.Carlos Logotipo da revista - 1905  J. Carlos (1884-1950), é o reponsável pela concepção visual de Zé Carioca de Walt Disney. Porém é muito mais conhecido por seus trabalhos em quase todas as p

Dia Nacional dos Quadrinhos - 30 de janeiro ( 1)

-Mais um dia nacional? -Sim. Por que não?  As HQ são, há décadas, sucesso garantido no país e no mundo inteiro.   -E por que esta data foi escolhida? Páginas d'As Aventuras de Nhô Quim -1869 -Porque 30 de janeiro foi o dia da publicação da primeira HQ no Brasil . Isso aconteceu no dia 1869 com:“ As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte ” uma história, contada em nove páginas duplas e com todas as características de quadrinho. O personagem é um caipira. Em 1895,  Richard Outcault publicou Yellow Kid. Por esse feito os americanos se consideram os criadores  das HQ, porém o gênero já existia em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, claro. Vamos em frente. -Quem escreveu/desenhou nossa primeira HQ As aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte? -Foi Angelo Agostini , italiano de Vercelli - Piemonti, ITA. Nascido em 1846 veio para São Paulo com 16 anos. Conseguiu cidadania brasileira em 1888 com 32 anos. Em 2005 foi lançad

Crônicas da M.P.B:O caderno - Toquinho

O Caderno Toquinho / Mutinho Sou eu que vou seguir você Do primeiro rabisco Até o be-a-bá. Em todos os desenhos Coloridos vou estar A casa, a montanha Duas nuvens no céu E um sol a sorrir no papel... Sou eu que vou ser seu colega Seus problemas ajudar a resolver Te acompanhar nas provas Bimestrais, você vai ver Serei, de você, confidente fiel Se seu pranto molhar meu papel... Sou eu que vou ser seu amigo Vou lhe dar abrigo Se você quiser Quando surgirem Seus primeiros raios de mulher A vida se abrirá Num feroz carrossel E você vai rasgar meu papel... O que está escrito em mim Comigo ficará guardado Se lhe dá prazer A vida segue sempre em frente O que se há de fazer... Só peço, à você Um favor, se puder Não me esqueça Num canto qualquer...

Estórias Mínimas:Mensagem de José Rezende Júnior

Microleitor@s e Macroamig@s, Eram uma vezes estorinhas miúdas farejadas no vento pelo cachorro Miguilim , que contava ao gato León , que digitava caractere por caractere andando sobre o teclado do MacBook do escritor -- este, então, só tinha o trabalho de traduzir para o humanês a linguagem secreta dos ventos, dos cães e dos gatos. E o final feliz é que as estorinhas miúdas (140 caracteres, no máximo) escritas a duas mãos, oito patas e incontáveis rajadas de ventania viraram livro, e o livro se chama "estórias mínimas ", e será lançado em Brasília na próxima quinta-feira (3 de fevereiro), no Café com Letras (203 Sul). O lançamento começa às 19h30 e vai até o último leitor e a última leitora. E ainda tem uma atração especial: show de bolso (pra não dizer pocket show) com o cantor, compositor, escritor e grande figura Tino Freitas , interpretando canções que um dia foram poemas. A festa promete. Miguilim e León mandaram dizer que não veem muita graça nessas baladas -

João, O Teimoso Que Só Queria Medicina.

João Couto Teles, um exemplo de tenacidade e superação Até que ponto você iria atrás do seu sonho? Para o estudante cearense João Couto Teles, de 28 anos, o céu é o limite. Seu sonho era igual ao de centenas de feras do estado: ver o nome no listão de aprovados para o concorrido curso de medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mas a motivação do aluno, essa sim, estava acima da média. Ele lutou contra a família, contra a falta de dinheiro e contra si mesmo. A cada reprovação era preciso uma nova volta por cima. E olha que foram nove seguidas até que, neste ano, João finalmente pôde ver seu nome entre os aprovados, com a nota 7,53. Ao saber da notícia, de férias no Ceará, quase desmaiou nos braços da mãe. Segundo cálculos feitos em cursinhos de pré-vestibular do Recife, um candidato de medicina pode levar até três anos para conquistar uma vaga. Tudo por causa da grande concorrência (foram 30 candidatos por vaga no último vestibular) e das altas notas de entrad

Fellini Tentando Um Plano Geral,Marçal Aquino

    Adicionar legenda   Comprou um disco dos Beatles, colocou na vitrola e passou a tarde inteira ouvindo. Só parou às seis, para escutar a Ave-Maria nos alto-falantes da igreja. Naquela época, sua namorada ainda não fabricava bombas de encomenda para explodir livros-de-ponto. Ela usava cabelos compridos, esmalte vermelho nas unhas roídas e ensaiava Ionesco com um grupo de mímicos, num porão perto do centro.       Naquele triste ano de 72, não chupou nenhuma manga, coisa que gostava muito de fazer. Na repartição onde trabalhava, um retrato do presidente mofava na parede por causa da umidade – o rosto se tornando verde e a farda ficando azul. Fumava cigarros sem filtro naquele tempo. Ah, aquele tempo: Brasil ame-se ou deixe-o. Um dia viu toda a família dançando aos pares no cabaré mais suspeito da cidade. Mas, tinha certeza, fora uma alucinação – afinal, sua mãe já havia morrido fazia mais de dez anos.       Que é fogo ter irmã prostituta, é. O cara chega aqui no meio da tard

Rio de Janeiro Homenageia Rubem Braga

     Em junho de 2010 a cidade do Rio  de Janeiro inaugurou mais nova atração turística: O Complexo Rubem Braga . O visual do Morro do Cantagalo. O complexo tem duas torres, elevadores, passarelas, mirante e quatro praças.       Ele fará a ligação direta das comunidades do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho com a estação General Osório do metrô.       Rubem Braga, era de Cachoeiro de Itapemirim - ES mas viveu por muitas décadas na Rua. Gal. Osório onde tinha uma cobertura com horta e pomar. Justíssima homenagem a cidade do Rio  de janeiro      presta ao maior cronista do país.

Isso é literatura?

Outro dia, dentro de um ônibus, ouvi a conversa de uns jovens. Entramos juntos e o que para eles havia começado antes, para mim aconteceu a partir do momento em que um deles criticava o  Léo por só ter  ido a uma palestra. Falavam da Fliporto para onde eu fui e, como o rapaz, só assisti Xico Sá mediando conversa com cartunista, quadrinhistas e o público que gosta do gênero. - Porra, Léo e isso é literatura? Ufa! minha parada chegou antes que fosse defender o Léo. Tenho  livro de Lailson e Samuca dois nomes respeitados e premiados. Mas,charge é literatura? cartum quadrinhos... são literatura?  e se não são qual o problema? Léo, solidária, indico essas duas pérolas: O Livro do Bom Humor Lailson Holanda Cavalcanti Cia Editora Nacional    Sem Palavras Samuca Fundarpe Leia também: http://livroerrante.blogspot.com/2011/01/dia-nacional-dos-quadrinhos-30-de_1932.html(4 ) http://livroerrante.blogspot.com/2011/01/dia-nacional-dos-quadrinhos-30-de_31.html      (3) http://livr

Soneto,Rubem Braga

E quando nós saímos era a Lua, Era o vento caído e o amor sereno Azul e cinza-azul anoitecendo A tarde ruiva das amendoeiras. E respiramos, livres das ardências Do sol, que nos levara à sombra cauta Tangidos pelo canto das cigarras Dentro e fora de nós exasperadas. Andamos em silêncio pela praia. Nos corpos leves e lavados ia O sentimento do prazer cumprido. Se mágoa me ficou na despedida Não fez mal que ficasse, nem doesse - Era bem doce, perto das antigas. (Rubem Braga – 1947) Nota: No dia 30 de junho de 2010 foi inaugurada a terceira saída da estação General Osório do Metrô em Ipanema, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. O novo acesso, que conta com duas torres com dois elevadores ligando a Rua Barão da Torre ao Morro do Cantagalo, recebeu o nome de Complexo Rubem Braga, em homenagem ao escritor que por anos morou na cobertura do prédio vizinho à estação.

Viva João Ubaldo Ribeiro

Hoje, dia 23 de janeiro o baiano João Ubaldo Ribeiro completou 70 anos. João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro (Itaparica, 23 de janeiro de 1941) é um escritor, jornalista, roteirista e professor. Membro da Academia Brasileira de Letras. É ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa. João Ubaldo Ribeiro teve algumas obras adaptadas para a televisão e para o cinema. Algumas obras de João Ubaldo: O Albatroz Azul - 2009  Setembro Não Tem Sentido - 1968 Sargento Getúlio - 1971 Vila Real - 1979 Viva o Povo Brasileiro - 1984 O Sorriso do Lagarto - 1989 O Feitiço da Ilha do Pavão - 1997 A Casa dos Budas Ditosos - 1999 Miséria e Grandeza do Amor de Benedita (primeiro livro virtual lançado no Brasil) - 2000 Diário do Farol - 2002 O Albatroz Azul - 2009 Faleceu hoje, dia 18 de julho 2014 aos 73 anos em sua casa no Rio de janeiro. 

Censura... e silêncio

Estadão está sob censura há 540 dias O jornal paulista está sob censura há 540 dias  e estão calados, até hoje, todos aqueles que noutra época gritaram contra a censura à imprensa. Mentiam antes? Creio que não. Creio é na conivência deles agora.

Horóscopo de Vinícius de Moraes-: Aquário

Aquário   Se o que se quer é a boa esposa A aquariana pousa. Se o que se quer é uma outra coisa A aquariana ousa. Se o que se quer é muito amor A aquariana É a mulher macho sim senhor. Porém não são possessivas Nem procuram dominar Ou são meigas e passivas Ou botam para quebrar

Livro Errante - a comunidade do orkut, procura novos participantes

A comunidade Livro Errante , pequena notável, como já falei aqui antes, está aberta a novos membros. Candidatos devem ser vorazes leitores, responsáveis e frequentadores do Orkut . Os três requisitos são absolutamente indispensáveis. Leitor voraz : os membros atuais têm média de leitura anual muito alta, não vale a pena entrar na comunidade para destoar ou atrasar o grupo. Procuramos por bons participantes e consideramos assim, os que dentre outras  coisas, leem, pelo menos, 30 livros por ano. Informo que na comunidade Livro Errante tem leitores com 40,50 e 60 livros por ano. Leitor responsável : o que zela pelo livro alheio, já que receberá e emprestará livros para leitura. Leitor frequentador do Orkut : é necessário que o participante vá à comunidade pelo menos 1 vez por dia, porque é pelo Orkut que são feitas todas as trocas, informações de envio e recebimento, grupos de leitura, ofertas e pedidos de livros. No momento temos diversos livros ainda passando de mão em mão, alguns

Gricha,Tchekhov

      Gricha , rapazinho pequeno e rechonchudo, nascido há dois anos e oito meses atrás, passeia pelo bulevar com a sua ama. Tem uma capinha comprida forrada de algodão, um cachecol, um grande gorro com borla felpuda e galochas quentes. Tem muito calor, sente-se abafado e, ainda por cima, o desabrochado sol de Abril bate-lhe nos olhos e belisca-lhe as pálpebras.     Toda a sua figurinha desajeitada, de andar tímido e inseguro, exprime uma perplexidade extrema.     Até este dia, Gricha conhecia apenas o mundo quadrangular: num canto a sua cama, noutro a arca da ama-seca, no terceiro a cadeira, no quarto a lamparina. Olhando para debaixo da cama vê-se um boneco com um braço partido e um tambor e, atrás da arca da ama, coisas díspares: um carretel já sem linha, papelinhos, uma caixa sem tampa, um palhaço estragado. Neste mundo, além da ama e de Gricha, aparecem muitas vezes a mamã e a gata. A mamã parece-se com uma boneca, e a gata com a peliça do papá, só que a peliça não t

O Tejo é Mais Belo,Alberto Caeiro

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. O Tejo tem grandes navios E navega nele ainda, Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, A memória das naus. O Tejo desce de Espanha E o Tejo entra no mar em Portugal. Toda a gente sabe isso. Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia E para onde ele vai E donde ele vem. E por isso, porque pertence a menos gente, É mais livre e maior o rio da minha aldeia. Pelo Tejo vai-se para o Mundo. Para além do Tejo há a América E a fortuna daqueles que a encontram. Ninguém nunca pensou no que há para além Do rio da minha aldeia. O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. Quem está ao pé dele está só ao pé dele. Alberto Caeiro (08-03-1914) Fonte: Abilio Vieira

Crônicas da M.P.B:Engenheiros do Hawaii - Crônica

Crônica Engenheiros do Havai já não passa nenhum carro por aqui já não passa nenhum filme na tv você enrola outro cigarro por aí e não dá bola pro que vai acontecer mais um pouco e mais um século termina mais um louco pede troco na esquina tudo isso já faz parte da rotina e a rotina já faz parte de você você que tem idéias tão modernas é o mesmo homem que vivia nas cavernas todo mundo já tomou a coca-cola a coca-cola já tomou conta da china todo cara luta por uma menina e a palestina luta pra sobreviver a cidade, cada vez mais violenta (tipo chicago nos anos quarenta) e você, cada vez mais violento no seu apartamento ninguém fala com você você que tem idéias tão modernas é o mesmo homem que vivia nas cavernas

Um Pouco da Academia Brasileira de Letras, Imortais da ABL

  Quem são os 40 membros, os imortais, da  Academia Brasileira de Letras Cadeira nº1- Luís Murat Afonso - Ana Maria Machado   Cadeira nº2 - Coelho Neto - Eduardo Giannetti Cadeira nº3 - Filinto de Almeida  *-  Joaquim Falcão Cadeira nº4 - Aluísio Azevedo - Carlos Nejar Cadeira nº5 - Raimundo Correia -  Ailton Krenak  Cadeira nº6 - Teixeira de Melo - Cícero Sandroni   Cadeira nº7 - Valentim Magalhães - ( Cacá Deigues ) Cadeira nº8 - Alberto de Oliveira  - Ricardo Cavaliere Cadeira nº9 - Carlos Magalhães de Azeredo - Lilia Katri Moritz Schwarcz Cadeira nº10 - Ruy Barbosa - Rosiska Darcy de Oliveira Cadeira nº11 - Lúcio de Mendonça - Ignácio de Loyola Brandão  Cadeira nº12 - Urbano Duarte -   Eduardo Giannetti da Fonseca Cadeira nº13 - Visconde de Taunay -  Ruy Castro Cadeira nº14 - Clóvis Beviláqua - Celso Lafer Cadeira nº15 - Olavo Bilac - Marco Lucchesi Cadeira nº16 - Araripe Júnior -  Jorge Caldeira Cadeira nº17 - Sílvio Romero -