Sarnau e Mwando protagonizam esta estória de amor. Da juventude à idade madura, com eles percorremos os dias, os meses, os anos, os encontros e os desencontros, a
dolorosa separação, o desespero, o sofrimento e a alegria, as lágrimas e os sorrisos. Atravessamos cidades e aldeias, convivemos com a tradição, aprendemos os costumes e os hábitos de um povo. Sarnau vai crescendo e amadurecendo sob o nosso olhar. Impossível não admirar a coragem, a determinação, o orgulho e a humildade, a firmeza e o carácter desta mulher. E a sua fidelidade, mesmo nas circunstâncias mais adversas, ao amor. Ao seu primeiro e único amor. Mas haverá um reencontro? Serão Sarnau e Mwando capazes de apagar um tão longo e trágico passado? Existirá ainda para eles um futuro a partilhar? «Tu foste para mim vida, angústia, pesadelo. Cantei para ti baladas de amor ao vento. Eras para mim o mar e eu o teu sal. No abismo, não encontrei a tua mão.» Sarnau, tu que assim falaste a Mwando, chegarás a encontrar um pouco de paz? Voltarás a conseguir esboçar no rosto o teu lindo sorriso, há muito perdido no tempo? Abrirás enfim os braços para neles abrigares o amor? Ouvirás a melodia que o vento espalha no universo?
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Acabei de ler o livro acima. Nele Paulina abre o verbo: em Moçambique existe, ainda hoje, a poligamia, o lobolo, a agressão às mulheres. Mas a autora, ao contrário do que poderiamos esperar, faz a denúncia num livro delicioso e até lírico.
Balada de Amor ao Vento é o primeiro livro de Paulina Chiziane, foi lançado em 1990 e não tem edição brasileira, mas vale a pena importar. Leitura muito agradável e reveladora de uma cultura que talvez não esteja tão distante da nossa. Com esse livro P.C tornou-se a primeira mulher moçambicana a publicar um romance.
Ventos do Apocalipse: Maputo,1993 e Lisboa, Caminho, 1999.
O Sétimo Juramento. Lisboa, Caminho, 2000.
Niketche: Uma História de Poligamia. Lisboa, Caminho, 2002. *
O Alegre Canto da Perdiz. Lisboa, Caminho, 2008.
Alguns livros disponíveis no Brasil.
Balada de Amor Ao Vento, pode ser adquirido na Amazon.
Gostei dos dois livros dela que li. Parece-me que ela escreve à capela. Única voz que soa contra a poligamia. Dura e sensível. Poética e real. Maravilha. Recomendo o livro a todos.
ResponderExcluirLi este livro dela, bem como ao Niketche. Gostei de ambos. Ela leva muito a séria a bandeira contra a poligamia, ao tempo em que reconhece a tradição muito arraigada. Se é tradição,é arraigada, é lógico. Abordagem dela é fantástica.
ResponderExcluirPercina Isabel....eu li este livro em 1998, e ate hoje adoro, uma historia educativa, vivendo a tradicao e costumes na nossa sociedade...hum bem interessante.eu admiro a escritora Paulina, e sinto cada vez mais orgulho de ser mocambicana
ResponderExcluirBoa tarde, cheguei em seu blog pelo google, estou em busca de dois livros da Paulina Chiziane para uma monografia e não consigo encontrá-los aqui no Brasil. Você pode me dar uma ajuda, como conseguiu importar ou onde posso encontrá-los? Obrigada, Beatriz beatrizmeirelles at gmail com
ResponderExcluirBeatriz,
ResponderExcluirRespondi para seu email.
Abraço
Regina