Mulheres são as que lêem mais
Pesquisa mostra que 39% dos brasileiros que lêem livros estão na faixa etária de 5 a 17 anos
Ullisses Campbell e Renata Mariz // Do Correio Braziliense
São Paulo e Brasília - Uma pesquisa divulgada ontem na 20ª Bienal do Livro, em São Paulo, revela que o brasileiro gosta de ler, principalmente as mulheres jovens e de classe média. Segundo o, levantamento, feito pelo Ibope a pedido da organização não-governamental Instituto Pró-Livro, 39% dos 95,6 milhões de leitores de livros no Brasil estão na faixa etária de 5 a 17 anos e outros 14% possuem entre 18 e 24 anos. Os leitores mais jovens também são os que mais lêem. Além em empurrar os índices de leitura para cima, os jovens adolescentes também estão introduzindo novos hábitos na hora de ler. Enquanto nove entre cada adulto com mais de 40 anos de idade prefere ler em locais silenciosos, muitos jovens com idade entre 14 e 17 anos dizem que gostam de ler ouvindo música. Já 14% das crianças com menos de 10 anos curtem os livros ao mesmo tempo em que assistem à tevê.Para dois terços das crianças e adolescentes com menos de 15 anos, o tema é o fator mais importante na hora de escolher um livro para ler. Outra constatação interessante é a influência da família, em especial da mãe, que é muito mais evidente quando se compara o brasileiro que lê com o que não tem o hábito de pegar no livro. Entre as crianças de 5 a 10 anos, 73% delas citam as mães como quem mais as estimularam a ler. A importância feminina é maior no Norte (59%) e no Nordeste (56%) do país, muito acima dos professores. Para pesquisa, o leitor leu algum livro recentemente O bom exemplo dos pais faz a diferença, segundo constatou o estudo. Um em cada três leitores tem lembranças da mãe lendo algum livro e 87% afirmam que os pais liam para eles quando iniciaram o hábito. A influência materna na leitura dos filhos aponta um outro dado curioso: 55% de todos os leitores do país são do sexo feminino, enquanto 45% são de homens. "Os pais perceberam que ler um livro é tão importante quanto praticar um esporte e passaram a cobrar isso dos filhos", atesta a pedagoga Gláucea Marques Honorário, da Universidade de São Paulo.A pesquisa, intitulada Retratos da Leitura no Brasil, revela também que 55,5 milhões de brasileiros gostam de ler e que crianças de 5 a 10 anos consideram a leitura um prazer. "Esse é o melhor resultado que a pesquisa alcançou", ressalta o coordenador do levantamento, Galeano Amorim.Para a realização da pesquisa, foi adotado como conceito a definição de leitor: aquele que declarou, no momento da entrevista, ter lido pelo menos um livro nos últimos três meses: um número de 95,6 milhões de pessoas, ou seja, 55% da população estudada. Crianças com menos de 5 anos não foram entrevistadas. Se considerar aqueles que declararam ter lido pelo menos um livro nos 12 meses anteriores , este número sobe para mais de 100 milhões.Já o não-leitor foi o que declarou, no momento da entrevista, não ter lido nenhum livro nos últimos três meses (o que inclui, para efeito deste estudo, também o leitor que leu em outros meses que não os três últimos ou mesmo que leu ocasionalmente). Esse número é de 77,1 milhões (45% do universo estudado).
Pesquisa mostra que 39% dos brasileiros que lêem livros estão na faixa etária de 5 a 17 anos
Ullisses Campbell e Renata Mariz // Do Correio Braziliense
São Paulo e Brasília - Uma pesquisa divulgada ontem na 20ª Bienal do Livro, em São Paulo, revela que o brasileiro gosta de ler, principalmente as mulheres jovens e de classe média. Segundo o, levantamento, feito pelo Ibope a pedido da organização não-governamental Instituto Pró-Livro, 39% dos 95,6 milhões de leitores de livros no Brasil estão na faixa etária de 5 a 17 anos e outros 14% possuem entre 18 e 24 anos. Os leitores mais jovens também são os que mais lêem. Além em empurrar os índices de leitura para cima, os jovens adolescentes também estão introduzindo novos hábitos na hora de ler. Enquanto nove entre cada adulto com mais de 40 anos de idade prefere ler em locais silenciosos, muitos jovens com idade entre 14 e 17 anos dizem que gostam de ler ouvindo música. Já 14% das crianças com menos de 10 anos curtem os livros ao mesmo tempo em que assistem à tevê.Para dois terços das crianças e adolescentes com menos de 15 anos, o tema é o fator mais importante na hora de escolher um livro para ler. Outra constatação interessante é a influência da família, em especial da mãe, que é muito mais evidente quando se compara o brasileiro que lê com o que não tem o hábito de pegar no livro. Entre as crianças de 5 a 10 anos, 73% delas citam as mães como quem mais as estimularam a ler. A importância feminina é maior no Norte (59%) e no Nordeste (56%) do país, muito acima dos professores. Para pesquisa, o leitor leu algum livro recentemente O bom exemplo dos pais faz a diferença, segundo constatou o estudo. Um em cada três leitores tem lembranças da mãe lendo algum livro e 87% afirmam que os pais liam para eles quando iniciaram o hábito. A influência materna na leitura dos filhos aponta um outro dado curioso: 55% de todos os leitores do país são do sexo feminino, enquanto 45% são de homens. "Os pais perceberam que ler um livro é tão importante quanto praticar um esporte e passaram a cobrar isso dos filhos", atesta a pedagoga Gláucea Marques Honorário, da Universidade de São Paulo.A pesquisa, intitulada Retratos da Leitura no Brasil, revela também que 55,5 milhões de brasileiros gostam de ler e que crianças de 5 a 10 anos consideram a leitura um prazer. "Esse é o melhor resultado que a pesquisa alcançou", ressalta o coordenador do levantamento, Galeano Amorim.Para a realização da pesquisa, foi adotado como conceito a definição de leitor: aquele que declarou, no momento da entrevista, ter lido pelo menos um livro nos últimos três meses: um número de 95,6 milhões de pessoas, ou seja, 55% da população estudada. Crianças com menos de 5 anos não foram entrevistadas. Se considerar aqueles que declararam ter lido pelo menos um livro nos 12 meses anteriores , este número sobe para mais de 100 milhões.Já o não-leitor foi o que declarou, no momento da entrevista, não ter lido nenhum livro nos últimos três meses (o que inclui, para efeito deste estudo, também o leitor que leu em outros meses que não os três últimos ou mesmo que leu ocasionalmente). Esse número é de 77,1 milhões (45% do universo estudado).
E nem venham com esta de que mulher lê mais porque trabalha menos. Piada. A gente lê mais e trabalha mais. Administramos melhor o nosso tempo, isto sim!
ResponderExcluirE lemos de tudo.
ResponderExcluirMuito interessante.
ResponderExcluirE quebra completamente a idéia de que leitura está diretamente relacionada com poder aquisitivo. 5% de leitores na classe A é vergonhoso. Mesmo tendo cautela na afirmação, pois não sei como foi efetuada a pesquisa em termos de classe, o número é muito baixo.
Cara Marcia,
ResponderExcluirEm matéria publicada no Jornal O Globo de 28/03/08, esta surpresa comrelação à falta de conexão entre poucoa leitura e poder aquisitivo é mencionada. a matéria refere-se a uma pesquisa encomendada pela Fecomercio-RJ sobre hábitos de consumo de cultura pelo brasileiro; Neste blog: "O Que Podemos Fazer" postagem do mês de abril:
http://livroerrante.blogspot.com/2008_04_01_archive.html
abraço.