A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di
Que emoção ver o interesse das crianças por esse mundo mágico que é a leitura. O professor Pasquale disse uma vez que "ler é uma atividade solitária, e que ninguém mais nos dias de hoje quer sentir solidão". Acho que é porque não entendem quantos caminhos e quantas companhias podem encontrar na leitura. E principalmente, o quanto a leitura nos faz companhia, e nos permite um mundo novo para conversar e trocar idéias com outras pessoas e não sermos mais sós.
ResponderExcluirEssas crianças estão aprendendo isso. E eu estou orgulhosa em contribuir para tirá-las do que entendo por um dos tipos de solidão.
adorei ver as "nossas" crianças !!!!!
ResponderExcluirbj para todas
Quem é leitor voraz fica sempre feliz quando vê, participa de ações que objetivam a disseminação da leitura; quem é educador renova a esperança de que este país ainda tem jeito. Como leitora voraz e educadora não contaminada pela descrença, fico duplamente feliz ao ver estas crianças envolvidas com letras, viajando sem sair do lugar. Qd na direção de uma escola, criamos uma sala de leitura que hoje é um espaço ímpar não só para os alunos lerem, como também jogarem, desenharem, conversarem, até chorarem suas dores. E digo com absoluta certeza: o fato de eles estarem recebendo livros de pessoas que não os conhecem, mas que neles apostam, é o grande motivador aliado à ação dos professores.
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