Pular para o conteúdo principal

História da Cachaça Volúpia, Marcelo Piancó (título provisório)


Foi no século dezenove
onde no peito e naraça
Antonio lemos levantou
a sua primeira taça
para brindar seu empenho
e o sucesso do engenho
veio em forma de cachaça.

O lugar era o Gregório
o de baixo e o de cima
o maquinário simplório
mas era perfeito o clima
e a terra roxa paraibana
para a plantação de cana
a qualidade é lá em cima.

E vejo Manuel Lemos
a segunda geração
na rapadura e na cachaça
ele manteve a tradição
e quanto mais o tempo passa
mais a fama da caçhaça
vai ganhando amplidão.

Mas foi Otávio Lemos
que todo o espírito criou
comprou Lagoa Verde
e da cana que herdou
inspirado num lampejo
por um profundo desejo
de Volúpia a batizou

O nome gerou polêmica
foi uma coisa espantosa
a tradicional sociedade
achava Volúpia perigosa
mas esta palavra sensual
era o nome mais normal
pr'uma coisa tão gostosa

A polêmica e o sucesso
caminham na mesma estrada
a cana ganhou progresso
ficou bem apresentada
virou cachaça de griffe
o rótulo feito em Recife
onde era engarrafada.

Tanto tempo se passou
e o sucesso era a granel
mas como a vida da gente
não é só sopa no mel
nunca mais esqueceremos
quando o mestre Otávio Lemos
foi pro engenho do céu.

Mas o destino compensa
a falta que faz a gente
e com uma volúpia imensa
assume o neto Vicente
mas queria criar gado
num lugar apropriado
só pra fazer aguardente.

Mas a sabedoria do pai
o saudoso Ribamar
com talentto e competência
fez o filho repensar
só bastou dizer a ele
-Tu nasceu foi pra moer
não nasceu pra aboiar.

Mas ele tinha talento
pra revolucionar a cana
imvestiu na qualidade
deixou ela mais bacana
inovou e evoluiu
e foi a primeira do Brasil
a sair em porcelana

Lançando mais embalagens
a Volúpia sempr avança
faz sucesso na Alemanha
Europa, Brasil e França
cria eventos e ações
e são tantas inovações
que ninguém nunca alcança.

A Paraiba sabe tanto
o que a Volúpia constrói
é turismo, é emprego
nem Camará a destrói
a pra provar que não é sopa
nem precisou tirar a roupa
pra arrasar na Playboy

Lançou depois a Volúpia
seu mais sublime trabalho
cachaça mais badalada
do que beira de chocalho
a mais fina bebida
4 anos envelhecida
só em barril de carvalho

Alagoa Grande sabe
a Paraiba descobriu
o mundo está aprendendo
da maneira mais gentil
na qualidade e naraça
aqui se faz a cachaça
número 1 do Brasil.


Nota: texto copiado do jogo americano do Restaurante Banguê
História da cachaça aqui


 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di...

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica...

Vamos pensar? (18)

Será que às vezes o melhor não é se deixar molhar?