Eu nem sou interessada em romance policial, mas Garcia-Roza é uma exceção e eu gosto muito do seu delegado Espinosa. Recomendo.
A mulher sentada à beira da calçada na avenida Nossa Senhora de
Copacabana só se sente em casa vivendo na rua - estar entre paredes a
oprime, ela tem a sensação de que vai morrer sufocada. É tão fina e
educada que todos a chamam de Princesa. Seu 'lar' é um trecho do piso de
cimento delimitado por pedaços de papelão. Muito gorda, tem dificuldade
para se mover. Mesmo assim, não descuida da aparência - alisa bem o
vestido sobre as pernas esticadas, penteia-se com esmero e passa batom
com pelo menos frequência - sempre que recebe a visita do delegado
Espinosa. E o delegado Espinosa visita Princesa várias vezes por dia.
Afinal, tudo indica que ela viu quem enfiou uma faca no homem muito
branco, talvez um estrangeiro, que amanheceu morto na calçada a alguns
metros dela. Mas Princesa costuma sonhar, às vezes até quando está
acordada. Isaías é o grande amigo de Princesa.
Ele sabe que a amiga viu alguma coisa que não deve ser lembrada. Acredita que precisa proteger a qualquer custo a moça dos perigos que podem surgir da noite - quando ela dorme sozinha na calçada - e do dia, quando os passantes são tantos que é difícil distinguir o inimigo que se aproxima para desferir um golpe. Como Princesa, Isaías é incapaz de lidar com o mundo complicado onde os dois vivem; como ela, é indefeso e vulnerável.(Sinopse da Livraria Cultura).
Ele sabe que a amiga viu alguma coisa que não deve ser lembrada. Acredita que precisa proteger a qualquer custo a moça dos perigos que podem surgir da noite - quando ela dorme sozinha na calçada - e do dia, quando os passantes são tantos que é difícil distinguir o inimigo que se aproxima para desferir um golpe. Como Princesa, Isaías é incapaz de lidar com o mundo complicado onde os dois vivem; como ela, é indefeso e vulnerável.(Sinopse da Livraria Cultura).
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