Daqui da varanda não estou avistando Lanusa.
Hoje vim para cá decidida a
encontra-la para perguntar ...
Bem, deixa contar a história do começo.
Bem, deixa contar a história do começo.
Foi assim: ano passado
marquei de vir fazer uns trabalhos com minha filha. Viria de manhã e, para não
dar trabalho, combinei de almoçar aqui perto numa padaria que oferece almoço em
self-service. Demorei demais no trajeto e, do ônibus, pedi que me
encontrasse na padaria.
Eu iria direto para lá, reservaria uma mesa e já começaria a fazer nossos pratos. A padaria não faz reposição.
Eu iria direto para lá, reservaria uma mesa e já começaria a fazer nossos pratos. A padaria não faz reposição.
Desci na
parada e,como combinado, segui para a padaria e... Quem
vejo, assim que abro a porta e olho na direção das mesas? Lanusa!
Ela estava numa mesa perto das
janelas e com uma jovem pra mim desconhecida. Nos olhamos e sorrimos
simultaneamente.
-Oi! Tudo bem?
-Tudo bem. Você mora
por aqui?
- Não. Marquei com minha
filha que mora aqui perto.
- Eu moro nesse prédio
verde, perto da esquina.
- Minha filha mora no
amarelo. O da esquina.
Coloquei a bolsa na mesa
ao lado e fui fazer meu prato. Lanusa terminou e estava na fila do caixa,
quando notei um pacote na mesa de onde ela saiu. Supondo ser dela, fui lá
entregar. Era de outra pessoa e ela entregou o pacote. Voltei pra fazer meu
prato e esperar minha filha que chegou segundos depois que Lanusa deixou a
padaria.
- Já fez seu prato foi,
mãe?
- Não. Botei algumas
coisas pra você, antes que acabe tudo. Conversei rapidamente com uma prima...
-Foi? Eu conheço? Cadê
ela?
- Foi. Não conhece. Ela já
saiu. Tem um problema, Suzi! Ela já morreu
Voltei a essa padaria mais
algumas vezes. Nunca reencontrei Lanusa.
Este ano, mês passado, voltamos
lá. Queria levar minha bolsa, mas por praticidade minha filha sugeriu deixa-la
em casa. Saímos apenas com o cartão e chaves da casa, colocados no bolso da jeans de minha filha.
Quem eu encontro, de costas,
perto das janelas e na mesa que eu ocupei no ano passado? Isso mesmo:
Lanusa! Conversava com outra pessoa. Não me viu nem mesmo quando fui preparar
nossos pratos. Ficamos distantes e minha filha, desta vez, conheceu minha
prima. A amiga saiu primeiro e falou animadamente com um mulher que
estava na nossa mesa. Lanusa saiu depois, me reconheceu e nos falamos quando
ela passou por mim em direção ao caixa.
Fiquei com cara de
divertimento e espanto por vários dias.
Vou procurar outra
padaria.
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