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Mostrando postagens de junho, 2015

Melhores Livros Infantis

Desde 2008, trago para o blog os  melhores livros infantis do ano, escolhidos pela Revista Crescer. Hoje vou deixar a listinha dos primeiros colocados de cada ano.  É uma reprise, eu sei.  Para comprar o livro clique no ano. 2008 A Menina das Estrelas, Ziraldo   2009 A Comilança , Fernando Vilela 2010 Girafas Não Sabem Dançar, Giles Andrade e Guy Parker-Rees 2011 O Livro Redondo, Caulos 2012 Animais, Arnaldo Antunes e Zaba Moreau 2013 -  Nesse ano eu esqueci de fazer a postagem 2014 Eloisa e os Bichos, Jairo Biutrago e Rafael  Yockteng 2015 O Nascimento de Celestine , Gabriele Vincent

Atrás do Tronco, Marina Colasanti

Toda vez que o nome do meu pai ou a expressão "meu pai" vem combinada com a palavra "guerra" uma alta palmeira cresce em mim e atrás do tronco há um homem escondido. Um homem escondido que pode ser um morto ou pode ser um assassino um homem tão oculto quanto oculto é o seu destino. É o inimigo ali posto pela voz do meu pai quando lhe perguntei se havia matado muitos nas tantas guerras de que se orgulhava. Na guerra  disse ele é impossível saber se o inimigo escondido atrás de um tronco aquele em que atiramos em defesa e que não mais se vê está vivo está morto está ferido ou sequer estava atrás do tronco. In: Colasanti, Marina,Gargantas Abertas, Rio de Janeiro:  Rocco,1998

Na Terra do Se, Martha Medeiros

Se quem luta por um mundo melhor soubesse que cada revolução começa por revolucionar antes a si próprio.   Se aqueles que vivem intoxicando sua família e seus amigos com reclamações fechassem um pouco a boa e abrissem suas cabeças, reconhecendo que são responsáveis por tudo o que lhes acontece. Se as diferenças fossem aceitas naturalmente e só nos defendêssemos  contra quem nos faz mal. Se todas as religiões fossem fieis a seus preceitos, enaltecendo apenas o amor e a paz, sem se envolver com as escolhas particulares de seus devotos. Se a gente percebesse que tudo o que é feito em nome do amor ( e isso não inclui o ciúme e a posse) tem 100%  de chance de gerar boas reações e resultados positivos. Se as pessoas fossem seguras o suficiente para tolerar opiniões contrárias às suas sem precisar agredir e despejar sua raiva. Se fôssemos mais divertidos para nos  vestir e mobiliar nossa casa, e mens reféns de convencionalismos. Se não tivéssemos tanto medo da soli

Hoje é São João

Nesta quarta-feira, abro espaço para a música.  Hoje  é dia de São João, e deixo vocês com Gilberto Gil cantando: Olha Pro Céu Meu Amor Luis Gonzaga e José Fernandes Olha pro céu, meu amor Vê como ele está lindo Olha praquele balão multicor Como no céu vai sumindo Olha pro céu, meu amor Vê como ele está lindo Olha praquele balão multicor Como no céu vai sumindo Foi numa noite igual a esta Que tu me deste o coração O céu estava assim em festa Pois era noite de São João Havia balões no ar Xote, baião no salão E no terreiro o teu olhar Que incendiou meu coração

Saudade, Elisa Lucinda

Meu Brasil partiu lá pro meio de Los Angeles Foi falar língua espanhola foi sumir não sei pra onde Meu Brasil foi sentir frio lá no meio de Los Angeles a 20 graus abaixo de zero e eu choro de tanto esmero Meu Brasil foi pra Los Angeles Nem notícias nem telefone Me deixou sem nome Rose,Carina,Solange Foi cantar no microfone lá pras moças da América Eu fiquei patética sem rima, sem métrica perdi a estética Meu Brasil partiu saiu   pra Los Angeles Meu peru meu   panetone ciclone do meu Natal Meu Brasil internacional Me deixou pasmada sem cheiro, sem beijo me deixou tão só sem aviso, sem   jeito sem dó Me deixou ressabiada tão   garganta, tão nó Me deixou tão largada, tão passada tão   Maceió. In: Lucinda, Elisa,O Semelhante, – 5ª edição – Rio de janeiro: Record, 2006

Desafio do Facebook- 4º dia: Mia Couto

                De vez em quando sou convidada a participar de algum desafio lá no Facebook, sempre aceito e posto o que for pedido .  Desta vez, achei por bem trazer para o blog o desafio que recebi da Marilda: 4 textos, de qualquer gênero, estilo, autor. Um por dia durante quatro dias. Hoje encerro o desafio.  Para Ti Foi para ti que desfolhei a chuva para ti soltei o perfume da terra toquei no nada e para ti foi tudo Para ti criei todas as palavras e todas me faltaram no minuto em que talhei o sabor do sempre Para ti dei voz às minhas mãos abri os gomos do tempo assaltei o mundo e pensei que tudo estava em nós nesse doce engano de tudo sermos donos sem nada termos simplesmente porque era de noite e não dormíamos eu descia em teu peito para me procurar e antes que a escuridão nos cingisse a cintura ficávamos nos olhos vivendo de um só amando de uma só vida No livro “Raiz de Orvalho e Outros Poemas” Veja também: 1º dia: Adé

Desafio do Facebook - 3º dia: Octávio Paz

             De vez em quando sou convidada a participar de algum desafio lá no Facebook, sempre aceito e posto o que for pedido.  Desta vez, achei por bem trazer para o blog o desafio que recebi da Marilda: 4 textos, de qualquer gênero, estilo, autor. Um por dia durante quatro dias. 3º  dia: A Chama, A Fala Num poema leio: “conversar é divino.“ Porém, os deuses não falam: Fazem e desfazem mundos enquanto os homens falam. Os deuses, sem palavras, jogam jogos terríveis. O espírito desce e desata as línguas, porém não fala palavras: fala lume. A linguagem, pelos deuses acesa, é uma profecia de chamas e uma torre de fumo e um colapso de sílabas queimadas: cinza sem sentido. A palavra do homem é filha da morte. Falamos porque somos mortais: as palavras não são signos, são anos. Ao dizer o que dizem, os nomes que dizemos,

Desafio do Facebook - 2º dia: Rubem Alves

    De vez em quando sou convidada a participar de algum desafio lá no Facebook, sempre aceito e posto o que for pedido.  Desta vez, achei por bem trazer para o blog o desafio que recebi da Marilda: 4 textos, de qualquer gênero, estilo, autor. Um por dia durante quatro dias.    Vamos lá, então: O Jogo Peteca-lembrança    Escrever me dá muita alegria pelo retorno que recebo dos meus leitores. Pena que não haja formas de responder a todos, um por um. A arte é muito longa, e o tempo é muito curto. Mas, de vez em quando...É o que aconteceu. Recebi uma carta de uma pessoa, a propósito de um texto meu. vou transcrever:                               Rubem Alves, você escreve para a alegria de nossas almas. Alimenta quem os anos já embranqueceram os cabelos, a memória já esvaindo-se, mas com a sensibilidade à flor da pele. A crônica "Amar sem esperar retribuição", refererindo-se ao jogo das petecas, cativou-me... Tenho mais de oitenta anos, sou viúve, fiz