No jardim da casa do menino Joquinha viviam
borboletas,passarinhos,grilos,formigas, todos muito felizes! Ah!! E também, a
coruja Felizberta!! Estava muito velhinha e já não brincava, mas nunca deixou
de cantar. Ela morava na linda macieira do jardim.
Que sorte ele tinha por viver rodeado de alegrias.
Da janela do seu quarto avistou um chapéu azul com grandes abas a voar, e pensou:
“A Gegoca deve estar a brincar e o vento levou-lhe o chapéu! Deve andar a procura dele. Ela não tirava aquele chapéu por nada. Era enorme para a cabeça dela, tinha grandes abas e flores coloridas pintadas. O menino achava um horror!! A Gegoca era sua melhor amiga e conheciam-se desde de pequenos.
Passado uns minutos, o menino escuta na sua janela alguém a bater. E avista uns olhos castanhos lindos, enormes e a chamarem por ele:
– Joquinhaaaaaaa, abre a janela! Perdi meu chapéu, o vento levou-o, preciso que ajudes-me a encontrá-lo!
O menino começou a dar gargalhadas deliciosas e disse:
– Que grande favor o vento fez-te! Vi mesmo agora ele a voar!
Quando olhou para a coruja, riu mais ainda:
Gegoca olha para a coruja! – disse ele.
Ela riu também!
-Parece que já encontramos! Comentou.
Com o entusiasmo o menino foi a correr para brincar, mas esqueceu-se que ainda estava com o pijama verde claro com bolinhas brancas que adorava. Mas Gegoca repara em tudo, e comentou:
– És mesmo preguiçoso..
Um baloiço na linda árvore ajudava nas brincadeiras. Eles abanavam-se de vez a vez.
Tinha um vizinho novo, era um garoto bem magrinho e de pele escura. E Gegoca, por seu turno, era bem gordinha e loirinha. Usava sempre tranças. Uma de cada lado.
Os dois observavam o rapazito sempre a brincar sozinho. Devia morar naquele lugar há pouco tempo e ainda não devia ter amigos.
Felizberta estava um charme com o chapéu da Gegoca. Estava velha e cansada, mas sempre feliz e cantarolava músicas muito desafinadas… Ai de quem duvidasse!
Sou feliz
Gosto de cantar, embora digam
Que só sei desafinar
Mas dou alegria a todos
Que queiram escutar
Depois de concluir sua canção, a coruja, que é muito sabia disse aos meninos:
— Já podem tirar as mãos dos ouvidos… estou velha, mas ainda não estou cega. Convidem o menino novo para brincar com vocês. Ninguém gosta de sentir-se sozinho.
Joquinha disse à amiga:
— Ele esta a olhar para nós. Vamos lá Gegoca.
O menino puxou-a pelo braço e foram a correr até a cerca… e de repente “Catabumba”! Joquinha tropeçou e espatifou-se no chão. Gegoca troçou do amigo:
– Sou eu a gordinha e tu que esparramas-te pelo chão! Vou ajudar-te, espera aí!
Gegoca achou lindo o menino. Tinha cabelos aos caracóis!
Apresentou-se logo:
— Olá menino! Sou a Gegoca e esse é o Joquinha. Ele mora aqui e venho cá muitas vezes brincar e estudar com ele. Joquinha continuou..
— Como te chamas?
— Pedro…
—- Porque mudaste para aqui? — interrogou a menina. Que curiosa!
__ Porque onde eu morava ninguém brincava comigo, falou com ar triste.
__Então, Fizeste tu muito bem!
Também tenho colegas que me põem alcunhas por ser gordinha, e simplesmente não dou importância..
Joquinha ficou muito amargurado por saber que existia pessoas assim. Escutou tudo e disse ao Pedro:
— Nós não somos assim. Somos piores!
Pedro ficou tão assustado que quase fez xixi nas calças..
__Estou a brincar Pedro. Claro que és muito, mas muito bem vindo.
Pula a cerca e vem brincar connosco!
— Urraaa! Exclamou Pedro. Vou só avisar a minha mãe.
A senhora autorizou e lá foi ele muito alegre brincar com os novos amigos. Apenas tinha uma pequena preocupação…
— A cerca ainda é alta, posso cair e aleijar-me.
Gegoca sugeriu que ele fosse tocar a campainha. Assim fez. A mãe do menino Joquinha ainda não o conhecia e exclamou:
— Que menino tão lindo! O que desejas?
Joquinha ouviu a campainha, saiu do jardim, aproximou-se da mãe e explicou:
—Mãe, é o Pedro, nosso novo vizinho. Eu e a Gegoca falamos com ele no jardim e convidamo-lo para vir brincar. Não te preocupes, ele já avisou a mãe dele.
— Que lindinho!! Exclamou a mãe!
Joquinha morreu de vergonha, que mania algumas mães têm de falar assim..
Os dois encaminharam-se para o jardim, onde estava a Gejoca muito feliz com suas tranças no ar a baloiçar. E a coruja Felizberta logo cantou:
Que lindo menino
Que agora é nosso vizinho
E vai ser mais um que enquanto baloiçar
Minhas músicas vai escutar
Está é a Felizberta! Apresentou-a ao menino. Pedro elogiou-lhe o chapéu!
-Podes devolver-me o meu chapéu sra Coruja? Perguntou irritada a menina.
-Claro , fica muito melhor em ti!
Uma maça caiu da árvore e rolou até aos pés do Pedro. Como estava feliz a macieira! Estava a dar-lhe as boas vindas.
__Gegoca deixa o Pedro baloiçar um pouco?
__Claro que sim! Anda Pedro, que vou descansar na relva com o Joca.
Pedro queria conhecer melhor seus novos amigos e perguntou a menina linda de tranças:
__Já pensaste o que vais ser quando cresceres?
— Sim, vou ser uma Fada!
A coruja Felizberta estava atenta e logo fez uma canção,
Uma simpática fada vai ser
E muitas magias vais fazer
A menina adorou a canção e perguntou a Felizberta:
— Também vais um dia ser cantora?
— Eu já sou! Respondeu feliz a Felizberta.
Gegoca aproveitou que estavam a falar de profissões e perguntou ao Pedro qual a profissão que ele seria.
— Vou ser palhaço! E por todas as pessoas a rir!
Pedro saltou do baloiço e deu a vez ao amigo, que estava sentado ao lado da Gegoca a comer uma das maçãs da árvore. Como ela comia!
Felizberta, fez a canção para o menino Pedro:
Um engraçado palhaço vais ser
Muitos aplausos vais ter
E foi Felizberta que perguntou ao menino Joquinha, o que ele iria ser.
O menino Joquinha respondeu que ainda não sabia. Mas Felizberta conhecia-o desde criança e sabia que ele era muito preguiçoso. Por isso, a canção para o menino Joquinha foi assim:
Um lindo preguiçoso vais ser
Precisas de umas boas palmadas
Que o façam crescer
Gegoca e Pedro riram muito!!!
As gargalhadas ouviram-se da cozinha! A mãe do Joquinha ao ouvir, lembrou-se de chamá-los para lanchar. Em cima da mesa estava uma deliciosa tarte de maçãs decorada com corações.
A menina achava a mãe do amigo, um pouco esquisita, usava um vestido preto longo e tinha os cabelos cor de cenoura. Parecia uma bruxa..Apanharam um pedaço de tarte e assustados foram a correr para o jardim.
Pedro abraçou Gegoca, estava com medo. Ela seria uma bruxa?
– Se for, é das boas. Nenhuma bruxa má, colocaria corações na tarte, seu tolo!
-Deixa para lá, ela é muito simpática, sendo ou não bruxa.
No jardim, já estava o menino Joquinha a baloiçar…De repente ouve-se um barulho.
-Trackkkkkkk!!
Caiu ele e a Felizberta, que estava no mesmo galho. Os amigos foram rapidamente socorre-los.
Pedro ajudou-o amigo e a Coruja. Foi só um susto para o Joquinha, mas a sua amiga Felizberta estava com muitas dores.
— O que fazemos? -perguntou o Pedro.
—Temos que levá-la ao médico, disse Gegoca a mexer nas tranças.
— Como chama o médico que cuida dos animais? Foi o Joquinha que perguntou..
Pedro e Gegoca falaram juntos:
— Veterinário.
Vamos rápido… Com muito cuidado colocaram-na no cesto das maçãs que ficava debaixo da macieira.
Foram a caminhar bem depressa, mas Joquinha era quem carregava o cesto. Estavam muito preocupados. Ao chegarem encontraram uma secretária que usava uns óculos maiores do que o rosto. Não deve ver nada bem…pensou Pedro.
O médico era negro como o Pedro e muito sorridente. Felizberta tinha partido uma das asinhas. Enrolou uma ligadura a volta da asa e recomendou:
– Ela precisa de muito descanso.
De repente, a coruja diz:
— Doutor, vou retribuir-lhe com uma canção!
Os meninos preveniram o doutor:
__Ponha as mãos nos ouvidos !
Obrigado por me curar
Receba essa canção como
Forma de pagar
__Que exagero! Exclamou o médico. Adorei a canção.
Acho que o médico precisa de ir ao médico….”pensou o Joquinha”.(por aspas nos pensamentos)
Com muito cuidado Felizberta foi levada no cesto, de volta para a macieira. Teve de mudar de galho… e ficaram sem o baloiço. Arrumaram-no debaixo da árvore.
A ligadura incomodava imenso a sua amiga.
__Vamos fazer uma casinha para a nossa Felizberta, o que acham?
_Excelente ideia Gegoca!
Pedro tinha ainda em casa uns pedaços de papelão que sobraram da mudança, e foi buscá-los. Gegoca tinha em casa muitas tintas. .Joquinha foi buscar a tesoura para cortar.
A construção começou! Pedro desenhou a casinha, Joquinha recortou e Gegoca pintou-a de amarelo. Ficou linda! Felizberta, mesmo com a asinha partida, continuava muito feliz. Tinha grandes amigos!
A borboleta Aurora passeava sempre no jardim. Parava sempre para dar uma palavrinha com a coruja. Reparou que tinha uma casinha linda.
— Olá Felizberta! Que linda casinha!
— Olá Aurora! Foram os meninos que a fizeram! A borboleta reparou na asa partida da coruja e perguntou:
— O que aconteceu à tua asa, Berta? — (A borboleta às vezes a chamava assim).
— O galho da macieira partiu e caí. Mas ficarei logo boa, é só repousar.
— Então descansa e se precisares de algo, diz.
Joquinha e Gegoca avistaram a borboleta Aurora, e foram cumprimentá-la. Ela era preta com bolinhas azuis… muito linda!!
— Olá Aurora! — Falaram juntos e apresentaram o Pedro. A borboleta cumprimentou-o.
— Somos parecidos, só te faltam as bolinhas azuis para parecermos gémeos!
— É verdade Aurora! Vou pedir à Gegoca para me pintar umas bolinhas! — disse ele na brincadeira.
Todos riram muito!! Felizberta já nem lembrava das dores. É tão bom ter amigos!, pensou ela.
Aurora conhecia a coruja desde que nasceu. Tinha-lhe um grande respeito. E queria vê-la logo saudável. Para a animar, começou a fazer piruetas no ar. Pedro, Gegoca e Joquinha brincavam ao apanha.
Mas a borboleta era muito ágil e por mais que tentassem, não conseguiam.
Felizberta vendo a amiga tão feliz a voar, inspirou-se e cantou:
Aurora veio animar
E conosco vai
Para sempre ficar
— Claro que vou sempre cá estar, Felizberta! — exclamou a borboleta.
Já se fazia tarde… Pedro e Gegoca tinham de se ir embora. Os pais já deviam estar preocupados e tinham os trabalhos de casa para fazer. Despediram-se do Joquinha, da Felizberta e da Aurora. Estavam muito felizes. Pedro ainda antes de ir embora, virou-se para os amigos e disse:
— Obrigado!
Joquinha perguntou:
— Porque estás a agradecer?
— Pelo facto de serem meus amigos.
— Ahh… Mas Pedro, a amizade não se agradece, conquista-se. E tu conquistaste-nos! Aurora pós-se a dançar por cima deles demonstrando sua alegria. E para terminar aquela tarde repleta de acontecimentos, Felizberta cantou:
Está na hora de descansar
Vamos todos dormir e sonhar
Para amanhã ir para a escola estudar!
Joquinha e Gegoca aproximaram-se dele e deram todos um fraterno abraço.
(Em: www.historiasinfantis.com)
Que sorte ele tinha por viver rodeado de alegrias.
Da janela do seu quarto avistou um chapéu azul com grandes abas a voar, e pensou:
“A Gegoca deve estar a brincar e o vento levou-lhe o chapéu! Deve andar a procura dele. Ela não tirava aquele chapéu por nada. Era enorme para a cabeça dela, tinha grandes abas e flores coloridas pintadas. O menino achava um horror!! A Gegoca era sua melhor amiga e conheciam-se desde de pequenos.
Passado uns minutos, o menino escuta na sua janela alguém a bater. E avista uns olhos castanhos lindos, enormes e a chamarem por ele:
– Joquinhaaaaaaa, abre a janela! Perdi meu chapéu, o vento levou-o, preciso que ajudes-me a encontrá-lo!
O menino começou a dar gargalhadas deliciosas e disse:
– Que grande favor o vento fez-te! Vi mesmo agora ele a voar!
Quando olhou para a coruja, riu mais ainda:
Gegoca olha para a coruja! – disse ele.
Ela riu também!
-Parece que já encontramos! Comentou.
Com o entusiasmo o menino foi a correr para brincar, mas esqueceu-se que ainda estava com o pijama verde claro com bolinhas brancas que adorava. Mas Gegoca repara em tudo, e comentou:
– És mesmo preguiçoso..
Um baloiço na linda árvore ajudava nas brincadeiras. Eles abanavam-se de vez a vez.
Tinha um vizinho novo, era um garoto bem magrinho e de pele escura. E Gegoca, por seu turno, era bem gordinha e loirinha. Usava sempre tranças. Uma de cada lado.
Os dois observavam o rapazito sempre a brincar sozinho. Devia morar naquele lugar há pouco tempo e ainda não devia ter amigos.
Felizberta estava um charme com o chapéu da Gegoca. Estava velha e cansada, mas sempre feliz e cantarolava músicas muito desafinadas… Ai de quem duvidasse!
Sou feliz
Gosto de cantar, embora digam
Que só sei desafinar
Mas dou alegria a todos
Que queiram escutar
Depois de concluir sua canção, a coruja, que é muito sabia disse aos meninos:
— Já podem tirar as mãos dos ouvidos… estou velha, mas ainda não estou cega. Convidem o menino novo para brincar com vocês. Ninguém gosta de sentir-se sozinho.
Joquinha disse à amiga:
— Ele esta a olhar para nós. Vamos lá Gegoca.
O menino puxou-a pelo braço e foram a correr até a cerca… e de repente “Catabumba”! Joquinha tropeçou e espatifou-se no chão. Gegoca troçou do amigo:
– Sou eu a gordinha e tu que esparramas-te pelo chão! Vou ajudar-te, espera aí!
Gegoca achou lindo o menino. Tinha cabelos aos caracóis!
Apresentou-se logo:
— Olá menino! Sou a Gegoca e esse é o Joquinha. Ele mora aqui e venho cá muitas vezes brincar e estudar com ele. Joquinha continuou..
— Como te chamas?
— Pedro…
—- Porque mudaste para aqui? — interrogou a menina. Que curiosa!
__ Porque onde eu morava ninguém brincava comigo, falou com ar triste.
__Então, Fizeste tu muito bem!
Também tenho colegas que me põem alcunhas por ser gordinha, e simplesmente não dou importância..
Joquinha ficou muito amargurado por saber que existia pessoas assim. Escutou tudo e disse ao Pedro:
— Nós não somos assim. Somos piores!
Pedro ficou tão assustado que quase fez xixi nas calças..
__Estou a brincar Pedro. Claro que és muito, mas muito bem vindo.
Pula a cerca e vem brincar connosco!
— Urraaa! Exclamou Pedro. Vou só avisar a minha mãe.
A senhora autorizou e lá foi ele muito alegre brincar com os novos amigos. Apenas tinha uma pequena preocupação…
— A cerca ainda é alta, posso cair e aleijar-me.
Gegoca sugeriu que ele fosse tocar a campainha. Assim fez. A mãe do menino Joquinha ainda não o conhecia e exclamou:
— Que menino tão lindo! O que desejas?
Joquinha ouviu a campainha, saiu do jardim, aproximou-se da mãe e explicou:
—Mãe, é o Pedro, nosso novo vizinho. Eu e a Gegoca falamos com ele no jardim e convidamo-lo para vir brincar. Não te preocupes, ele já avisou a mãe dele.
— Que lindinho!! Exclamou a mãe!
Joquinha morreu de vergonha, que mania algumas mães têm de falar assim..
Os dois encaminharam-se para o jardim, onde estava a Gejoca muito feliz com suas tranças no ar a baloiçar. E a coruja Felizberta logo cantou:
Que lindo menino
Que agora é nosso vizinho
E vai ser mais um que enquanto baloiçar
Minhas músicas vai escutar
Está é a Felizberta! Apresentou-a ao menino. Pedro elogiou-lhe o chapéu!
-Podes devolver-me o meu chapéu sra Coruja? Perguntou irritada a menina.
-Claro , fica muito melhor em ti!
Uma maça caiu da árvore e rolou até aos pés do Pedro. Como estava feliz a macieira! Estava a dar-lhe as boas vindas.
__Gegoca deixa o Pedro baloiçar um pouco?
__Claro que sim! Anda Pedro, que vou descansar na relva com o Joca.
Pedro queria conhecer melhor seus novos amigos e perguntou a menina linda de tranças:
__Já pensaste o que vais ser quando cresceres?
— Sim, vou ser uma Fada!
A coruja Felizberta estava atenta e logo fez uma canção,
Uma simpática fada vai ser
E muitas magias vais fazer
A menina adorou a canção e perguntou a Felizberta:
— Também vais um dia ser cantora?
— Eu já sou! Respondeu feliz a Felizberta.
Gegoca aproveitou que estavam a falar de profissões e perguntou ao Pedro qual a profissão que ele seria.
— Vou ser palhaço! E por todas as pessoas a rir!
Pedro saltou do baloiço e deu a vez ao amigo, que estava sentado ao lado da Gegoca a comer uma das maçãs da árvore. Como ela comia!
Felizberta, fez a canção para o menino Pedro:
Um engraçado palhaço vais ser
Muitos aplausos vais ter
E foi Felizberta que perguntou ao menino Joquinha, o que ele iria ser.
O menino Joquinha respondeu que ainda não sabia. Mas Felizberta conhecia-o desde criança e sabia que ele era muito preguiçoso. Por isso, a canção para o menino Joquinha foi assim:
Um lindo preguiçoso vais ser
Precisas de umas boas palmadas
Que o façam crescer
Gegoca e Pedro riram muito!!!
As gargalhadas ouviram-se da cozinha! A mãe do Joquinha ao ouvir, lembrou-se de chamá-los para lanchar. Em cima da mesa estava uma deliciosa tarte de maçãs decorada com corações.
A menina achava a mãe do amigo, um pouco esquisita, usava um vestido preto longo e tinha os cabelos cor de cenoura. Parecia uma bruxa..Apanharam um pedaço de tarte e assustados foram a correr para o jardim.
Pedro abraçou Gegoca, estava com medo. Ela seria uma bruxa?
– Se for, é das boas. Nenhuma bruxa má, colocaria corações na tarte, seu tolo!
-Deixa para lá, ela é muito simpática, sendo ou não bruxa.
No jardim, já estava o menino Joquinha a baloiçar…De repente ouve-se um barulho.
-Trackkkkkkk!!
Caiu ele e a Felizberta, que estava no mesmo galho. Os amigos foram rapidamente socorre-los.
Pedro ajudou-o amigo e a Coruja. Foi só um susto para o Joquinha, mas a sua amiga Felizberta estava com muitas dores.
— O que fazemos? -perguntou o Pedro.
—Temos que levá-la ao médico, disse Gegoca a mexer nas tranças.
— Como chama o médico que cuida dos animais? Foi o Joquinha que perguntou..
Pedro e Gegoca falaram juntos:
— Veterinário.
Vamos rápido… Com muito cuidado colocaram-na no cesto das maçãs que ficava debaixo da macieira.
Foram a caminhar bem depressa, mas Joquinha era quem carregava o cesto. Estavam muito preocupados. Ao chegarem encontraram uma secretária que usava uns óculos maiores do que o rosto. Não deve ver nada bem…pensou Pedro.
O médico era negro como o Pedro e muito sorridente. Felizberta tinha partido uma das asinhas. Enrolou uma ligadura a volta da asa e recomendou:
– Ela precisa de muito descanso.
De repente, a coruja diz:
— Doutor, vou retribuir-lhe com uma canção!
Os meninos preveniram o doutor:
__Ponha as mãos nos ouvidos !
Obrigado por me curar
Receba essa canção como
Forma de pagar
__Que exagero! Exclamou o médico. Adorei a canção.
Acho que o médico precisa de ir ao médico….”pensou o Joquinha”.(por aspas nos pensamentos)
Com muito cuidado Felizberta foi levada no cesto, de volta para a macieira. Teve de mudar de galho… e ficaram sem o baloiço. Arrumaram-no debaixo da árvore.
A ligadura incomodava imenso a sua amiga.
__Vamos fazer uma casinha para a nossa Felizberta, o que acham?
_Excelente ideia Gegoca!
Pedro tinha ainda em casa uns pedaços de papelão que sobraram da mudança, e foi buscá-los. Gegoca tinha em casa muitas tintas. .Joquinha foi buscar a tesoura para cortar.
A construção começou! Pedro desenhou a casinha, Joquinha recortou e Gegoca pintou-a de amarelo. Ficou linda! Felizberta, mesmo com a asinha partida, continuava muito feliz. Tinha grandes amigos!
A borboleta Aurora passeava sempre no jardim. Parava sempre para dar uma palavrinha com a coruja. Reparou que tinha uma casinha linda.
— Olá Felizberta! Que linda casinha!
— Olá Aurora! Foram os meninos que a fizeram! A borboleta reparou na asa partida da coruja e perguntou:
— O que aconteceu à tua asa, Berta? — (A borboleta às vezes a chamava assim).
— O galho da macieira partiu e caí. Mas ficarei logo boa, é só repousar.
— Então descansa e se precisares de algo, diz.
Joquinha e Gegoca avistaram a borboleta Aurora, e foram cumprimentá-la. Ela era preta com bolinhas azuis… muito linda!!
— Olá Aurora! — Falaram juntos e apresentaram o Pedro. A borboleta cumprimentou-o.
— Somos parecidos, só te faltam as bolinhas azuis para parecermos gémeos!
— É verdade Aurora! Vou pedir à Gegoca para me pintar umas bolinhas! — disse ele na brincadeira.
Todos riram muito!! Felizberta já nem lembrava das dores. É tão bom ter amigos!, pensou ela.
Aurora conhecia a coruja desde que nasceu. Tinha-lhe um grande respeito. E queria vê-la logo saudável. Para a animar, começou a fazer piruetas no ar. Pedro, Gegoca e Joquinha brincavam ao apanha.
Mas a borboleta era muito ágil e por mais que tentassem, não conseguiam.
Felizberta vendo a amiga tão feliz a voar, inspirou-se e cantou:
Aurora veio animar
E conosco vai
Para sempre ficar
— Claro que vou sempre cá estar, Felizberta! — exclamou a borboleta.
Já se fazia tarde… Pedro e Gegoca tinham de se ir embora. Os pais já deviam estar preocupados e tinham os trabalhos de casa para fazer. Despediram-se do Joquinha, da Felizberta e da Aurora. Estavam muito felizes. Pedro ainda antes de ir embora, virou-se para os amigos e disse:
— Obrigado!
Joquinha perguntou:
— Porque estás a agradecer?
— Pelo facto de serem meus amigos.
— Ahh… Mas Pedro, a amizade não se agradece, conquista-se. E tu conquistaste-nos! Aurora pós-se a dançar por cima deles demonstrando sua alegria. E para terminar aquela tarde repleta de acontecimentos, Felizberta cantou:
Está na hora de descansar
Vamos todos dormir e sonhar
Para amanhã ir para a escola estudar!
Joquinha e Gegoca aproximaram-se dele e deram todos um fraterno abraço.
(Em: www.historiasinfantis.com)
Comentários
Postar um comentário
comentários ofensivos/ vocabulário de baixo calão/ propagandas não são aprovados.