Conhecia Samarone Lima, apenas por fotografia. Protótipo do mochileiro. Por essa imagem simpática e também pelo fato de que desde há muito queria saber sobre Cuba dos cubanos, comprei seu livro. Viagem ao Crepúsculo é um relato, muito bem escrito, do que Samarone viu em Cuba. Mas o que ele viu viajando nos ônibus onde todos viajam, nos trens usados no dia a dia dos nativos, comendo o que todos comem e compram com cadernetas de racionamento ou clandestinamente. A saude do país mostrada por quem trabalha em hospitais de lá, não através de estatísticas distribuidas para o exterior. Inicialmente, me inteirei do país através da blogueira Yoani Sánches e hoje terminei o livro Viagem ao Crepúsculo. Senti, uma tristeza imensa nas duas ocasiões. Vontade mesmo de chorar. Não só pela vida que os cubanos levam dentro de seu país, mas pela desilusão em que vivem. A desesperança é coisa muito doída. Minha tristeza é também pelo fato de que fora da ilha, ainda há, e como há, quem teime em acreditar nas melhores escolas e ensino, sistema de saúde, falta de protituição, drogas, etc etc. Numa revolução morta desde há muito. O mundo canta uma glória que não existe e esquece o cubano. O centro de tudo. O povo de cuba é esquecido pela falta de coragem de se admitir que aquele ideal de 1958 acabou. O sonho acabou. Viagem ao Crepúsculo é um diário de viagem, bem sincero, simples, comovente. Samarone Lima foi muito feliz mostrando também as declarações de quem ainda crê no sistema. Creio que ficou com os cubanos no coração e, admito, me deixou com o maior carinho por eles
Ed.Casa da Musas - 2009
Fiquei muito feliz em ver tuas observações sobre meus livros.
ResponderExcluirUm abraço,
Samarone Lima