Quando eu era criança os rios tinham água de
beber (isso, claro, quando nenhuma seca chegava para infernizar o
Sertão) e a gente bebia aquela água com muito gosto e sem receio algum.
Porque todos os rios eram feitos de areia e água: quase nada mais.
Quando eu era criança os adultos respeitavam os rios. Diziam: “Isso é
uma obra de Deus”, toda vez que os rios botavam água numa correnteza tão
forte que nenhum homem era capaz de vencer. E ninguém se atrevia
aterrar um rio: era contra a Natureza.
Quando eu era criança nenhum rio fedia. Pelo contrário: todos os rios tinham um cheiro bom. Um cheiro (é verdade) que eu nunca soube decifrar e, certa vez, perguntei ao meu avô e ele me olhou e disse: “Isso é o cheiro da vida, menino!”
Sim! Quando eu era criança os rios todos eram assim. Todos os rios corriam serenos. E, não sei por que, eu sempre achava que os rios pareciam com um maestro que segue à frente da sua banda que toca um penoso e bonito dobrado pelas ruas de uma cidadezinha.
Conheça o autor Marcos Cirano.
Pedaços, Marcos Cirano Ed. Cepe. Pode ser adquirido na Banca Guararapes, Av.Guararapes no Recife, ou pelos telefones:3224 5842 e 3224 1550.
Quando eu era criança nenhum rio fedia. Pelo contrário: todos os rios tinham um cheiro bom. Um cheiro (é verdade) que eu nunca soube decifrar e, certa vez, perguntei ao meu avô e ele me olhou e disse: “Isso é o cheiro da vida, menino!”
Sim! Quando eu era criança os rios todos eram assim. Todos os rios corriam serenos. E, não sei por que, eu sempre achava que os rios pareciam com um maestro que segue à frente da sua banda que toca um penoso e bonito dobrado pelas ruas de uma cidadezinha.
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