Pular para o conteúdo principal

Educadora do ano vai ao Sacolão para alfabetizar.



Destaque no Prêmio Educador Nota 10, da Fundação Victor Civita: pedagoga Elisangela Luciano.

Elisangela Carolina Luciano, não mede esforços para fazer com que todos os alunos do 1º ano da escola onde trabalha em Mogi Guçu- SP terminem o ano letivo  conhecendo as letras. A profissional  busca formas simples e acessíveis  para mostrar às crianças a importância de aprender a ler e escrever.  E num pais como o Brasil que, segundo o IBGE, teve um ganho de 300.000 analfabetos,  em  2012,  sentir a importância de saber ler e escrever  é um passo fundamental.  Para dar sua contribuição na melhoria dessa vergonhosa estatística  Elisangela  levou  os alunos ao sacolão da cidade e ensiná-los a escrever os nomes dos alimentos.    Segundo a pedagoga havia a necessidade de vincular as aulas ao cotidiano das crianças. Ela exemplifica com escrever cartões de papelaria, fazer resenha de filmes infantis para estimular o interesse pelas letras. Faltava escrever listas de palavras que segundo a professora é uma base alfabética para a criança. Foi daí que ele, vendo que um sacolão anotava as informações dos alimentos à caneta, em placas, teve a ideia de levar os alunos  a fazer o trabalho.  Com o uso do dicionário e da internet  pesquisaram nomes corretos e informações nutricionais.  Antes desse projeto, somente 3 dos 23 alunos da professora premiada sabiam ler e escrever. A ideia mostrou-se exitosa.
 “Eu sentia que as crianças estavam motivadas a aprender a ler e escrever porque viam sentido naquilo”, afirma a educadora.
O projeto da pedagoga Elisangela, foi premiado  no concurso Educador nota 10 da Fundação Vitor Civita

“O segredo é não tratar a alfabetização como um fardo para os alunos, mas como aprendizado com uma função social real”, afirma Elisangela..

Palmas pra você, Elisangela Luciano

(Fonte: revista Veja.)

Leia também: Oásis da Educação no Brasil

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Aprenda a Chamar a Polícia, Luis Fernando Veríssimo

          Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.                   Como minha casa era muito segura, com  grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali,espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram- me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.            Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: - Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guard