A transformar preto e branco em cores, é assim à primeira vista.
A transformar pensamentos em palavras, são assim os primeiros sons e as primeiras linhas.
A transformar o silêncio em linguagem, feito mímica, surge a voz do olhar e do pensamento.
A transformar passos em caminhos, é assim a primeira viagem. Um enorme trem de histórias.
Surge fadas, gaivotas, esculturas e um universo imaginário.
Surge templos, naves, deuses e demônios, céus e infernos.
Surge estrelas, pedras e luzes, muitas luzes.
Luzes que fazem brilhar a língua lusitana, revelando formas, desenhando pés, bocas e mãos.
Nasce assim a primeira frase. Frágil e tímida, delicada e clara.
Surge assim um grande amor,
surge assim, poesia,
surgiu assim, quase tudo.
A lapidar pedras brutas, ostras e pérolas a batizar em água e sal o próprio destino, o próprio rumo.
Contemplação à poesia que em forma de mulher se recita, ressuscita, surge e ressurge.
Montada em um cavalo alado sobrevoa montanhas, pântanos, colinas e castelos.
Ora flor, ora luz, ora mar, ora ar.
Lindos pés, alicerces na construção de um texto, sustentação de uma obra de arte.
Imagens. Lágrimas, risos e aplausos. Fantástico cenário imaginário, fantástico mundo imaginário, tanto quanto real.
A busca pela perfeição torna possível o impossível.
Beber o néctar das flores, beber na fonte da vida a água da fonte divina.
Entre sentimentos, entre fragmentos de alegria ou de dor nasce o texto, explodido, sem regras.
Entre estilhaços surge a palavra, a estrofe, o verso, a rima, como um amanhecer.
Concebido e expelido como num parto, erguido como um troféu pelas mãos do poeta, moldado e esculpido como uma escultura do centro da praça de uma cidade imaginária, minha cidade imaginária, que se alimenta e vive nas páginas de seu próprio encanto.
Encantos de beleza essencial e de complementos.
Encontro entre o concreto e a abstração, por que sentimento é preciso e não é exato.
Formas, cores, cheiros, silêncio e som ritmado, cadência do coração marcando a vida que segue.
Ostra e ao mesmo tempo Pérola.
Agora um silêncio, tudo é calmaria, uma leve brisa sopra o berço do próximo poema. Não muito distante, sons de violinos ensaiam a trilha sonora pra outras histórias.
Laércio Lins: administrador, palestrante, professor.
O texto acima foi retirado do blog:
www.aostraeaperola.blgospot.com
Havia um comentário elogioso ao poema e ao prof. Laércio Lins, o ator,mas a blogueira desasteradamente excluiu. Como o autor não se identificu, não tenho como me desculpar diretamente. Utilizo, então, este espaço para pedir minhas sinceraas desculpas e informar que por favor repiita sua postagem. não é corriqueiramente que eu cometa enganos. Obrigada,
ResponderExcluirAbraço,