Luanda Beira Bahia, Adonias Filho
O mar levava os homens para muito longe. Voltavam alguns, quando voltavam, e outros desapareciam como se morressem.
Tinham que ir e iam como enfeitiçados...
Adonias Filho era um desconhecido para mim e foi muito bom conhecê-lo por Luanda Beira Bahia, um dos livros cedidos na Comunidade LivroErrante.
Todo o romance se desenvolve entre as cidades de Ilhéus,Salvador,Luanda e Beira. O mar dita o ritmo e envolve o leitor como os personagens que vão e vem como ondas entre os dois. É o meio e o fim de tudo. Uma árvore , a jindiba, secular está no romance como testemunha, confidente, um personagem indispensável. É um livro impregnado de mar e de aconchego, com final inesperado.
Luanda Beira Bahia (1971)
Ed.Bertrand Brasil
Brochura, 176 páginas
Renascimento do homem - ensaio (1937)
Tasso da Silveira e o tema da poesia eterna - ensaio (1940)
Memórias de Lázaro - romance (1952)
Jornal de um escritor (1954)
Modernos ficcionistas brasileiros - ensaio (1958)
Cornélio Pena - crítica (1960)
Corpo vivo - romance (1962)
História da Bahia - ensaio (1963)
O bloqueio cultural - ensaio (1964)
O forte, romance (1965)
Léguas da promissão - novela (1968)
O romance brasileiro de crítica - crítica (1969)
O romance brasileiro de 30 - crítica (1973)
Uma nota de cem - literatura infantil (1973)
As velhas - romance (1975)
Fora da pista - literatura infantil (1978)
O Largo da Palma - novela (1981)
Auto de Ilhéus - teatro (1981)
Noites sem madrugada - romance (1983).
Clássico. Notável. Excelente livro. De difícil interpretação, uma leitura apenas não basta. Rico conhecimento literário do autor. Noventa por cento narrativo. Detalhista. Explora bem o espaço e tempo em volta dos personagens. Curiosa alternância entre 3ª e 1ª pessoa. Parece ter sido escrito numa sequência e depois montado em outra. Final trágico, emocionante, surpreso, chocante, inesperado. Autor prende a curiosidade e o desfecho até o fim. Parece não ser em todo uma obra de ficção, sugerindo que, experiências e conhecimentos próprios do autor, estejam nas narrativas.
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