Os segredos do aviador
O romance de estréia de Aluizio Falcão Filho narra as aventuras de um jornalista americano fascinado por Santos Dumont
RÁPIDOAluizio Falcão Filho concluiu O Jornalista, o Escritor e o Aviador em 28 dias. Ele mostra um dom incomum como contador de histórias
Uma surpresa o primeiro romance de Aluizio Falcão Filho, O jornalista, o escritor e o aviador (Clio, 366 páginas, R$ 39,90). Jornalista bem-sucedido, com passagens por publicações como Gazeta Mercantil, Veja, Exame e ÉPOCA, Aluizio em sua estréia mostrou um notável talento como contador de história. É um daqueles livros que prendem o leitor a cada passagem: uma trama engenhosa, em ritmo veloz como um filme americano, e uma prosa competente.
Aluizio ambientou sua trama nos Estados Unidos. Um premiado jornalista de Boston, John Dellaplane, vive uma crise na carreira e na vida conjugal. Sua mulher o abandonou para ficar com o patrão de John. Se não bastasse, foi demitido pelo patrão que levou sua mulher. Só que a vida, para usar uma frase do filósofo romano Sêneca, é uma sucessão de quedas – e elevações. John compra, relutante, um bilhete de loteria, e ganha US$ 150 milhões. Cheio de dinheiro, motiva-se para um reinício na carreira, e se apaixona subitamente pela vida de Santos Dumont. John contrata uma equipe para pesquisar Santos Dumont, e eis aí um trunfo do livro. Aluizio entrega ao leitor um bom número de curiosidades sobre Santos Dumont. O leitor tem a sensação de que não apenas se entretém com o livro – mas aprende. Esse é um recurso largamente utilizado pelos escritores americanos.
O primeiro ponto: Santos Dumont era gay? Aluizio, numa passagem por Paris, onde Santos Dumont viveu seus dias de glória como pioneiro da aviação, foi a uma boate gay. Lá perguntou se, na época de Santos Dumont, havia já boates para homossexuais. Sim. Aluizio investigou se Santos Dumont a freqüentava, e a resposta foi não. Santos Dumont era, aparentemente, assexuado. Tão entretido com os aviões que não ligava para mulheres, com certeza – e também não, provavelmente, para homens.
Em meio ao trabalho biográfico, John Dellaplane depara com a figura do escritor francês Júlio Verne, contemporâneo de Santos Dumont. (John vem de John Lennon. Os Beatles são sutilmente citados em todo o livro.)
Teriam sido amigos, Verne e Santos Dumont? Segundo o romance, sim – mas aí a resposta vem não da história real, mas da mente criativa de Aluizio. Santos Dumont e Júlio Verne seriam não apenas amigos, mas parceiros num invento capaz de mudar a história da humanidade. Qual? Bem, não quero estragar o prazer do leitor.
O romance de estréia de Aluizio Falcão Filho narra as aventuras de um jornalista americano fascinado por Santos Dumont
RÁPIDOAluizio Falcão Filho concluiu O Jornalista, o Escritor e o Aviador em 28 dias. Ele mostra um dom incomum como contador de histórias
Uma surpresa o primeiro romance de Aluizio Falcão Filho, O jornalista, o escritor e o aviador (Clio, 366 páginas, R$ 39,90). Jornalista bem-sucedido, com passagens por publicações como Gazeta Mercantil, Veja, Exame e ÉPOCA, Aluizio em sua estréia mostrou um notável talento como contador de história. É um daqueles livros que prendem o leitor a cada passagem: uma trama engenhosa, em ritmo veloz como um filme americano, e uma prosa competente.
Aluizio ambientou sua trama nos Estados Unidos. Um premiado jornalista de Boston, John Dellaplane, vive uma crise na carreira e na vida conjugal. Sua mulher o abandonou para ficar com o patrão de John. Se não bastasse, foi demitido pelo patrão que levou sua mulher. Só que a vida, para usar uma frase do filósofo romano Sêneca, é uma sucessão de quedas – e elevações. John compra, relutante, um bilhete de loteria, e ganha US$ 150 milhões. Cheio de dinheiro, motiva-se para um reinício na carreira, e se apaixona subitamente pela vida de Santos Dumont. John contrata uma equipe para pesquisar Santos Dumont, e eis aí um trunfo do livro. Aluizio entrega ao leitor um bom número de curiosidades sobre Santos Dumont. O leitor tem a sensação de que não apenas se entretém com o livro – mas aprende. Esse é um recurso largamente utilizado pelos escritores americanos.
O primeiro ponto: Santos Dumont era gay? Aluizio, numa passagem por Paris, onde Santos Dumont viveu seus dias de glória como pioneiro da aviação, foi a uma boate gay. Lá perguntou se, na época de Santos Dumont, havia já boates para homossexuais. Sim. Aluizio investigou se Santos Dumont a freqüentava, e a resposta foi não. Santos Dumont era, aparentemente, assexuado. Tão entretido com os aviões que não ligava para mulheres, com certeza – e também não, provavelmente, para homens.
Em meio ao trabalho biográfico, John Dellaplane depara com a figura do escritor francês Júlio Verne, contemporâneo de Santos Dumont. (John vem de John Lennon. Os Beatles são sutilmente citados em todo o livro.)
Teriam sido amigos, Verne e Santos Dumont? Segundo o romance, sim – mas aí a resposta vem não da história real, mas da mente criativa de Aluizio. Santos Dumont e Júlio Verne seriam não apenas amigos, mas parceiros num invento capaz de mudar a história da humanidade. Qual? Bem, não quero estragar o prazer do leitor.
Matéria de Paulo Nogueira - recortada da Revista Época; ed495 de 12/11/2007 - (Edição do L.E.)
Torço então que a Miramax transforme em filme. Como ainda vai ser traduzido para inglês dá tempo de ler o livro antes.
ResponderExcluirNão resisti à tentação e comprei o livro. Tão logo acabe de ler ofereço lá na comunidade...
ResponderExcluirAcabei de ler O Jornalista, O Escritor e o Aviador de Aluízio Falcão Filho. Livro de autor estreante, mas que soube prender o leitor logo no início da narrativa. Muita e bem usada influência do cinema, tem jeitão de roteiro essa divertida aventura. As passagens de um capítulo para outro, dentre outras coisas, não me deixam mentir.Verdade, mentira,cultura pop tudo bem dosado me segurou até o final, onde o autor inovou e foi muito bem humorado.
ResponderExcluirRecomendo a leitura.
Parabenizo o autor.
Bom, o livro nos proporciona uma leitura extremamente agradável e com muita fundamentação. O livro é excelente. Em relação as trilhas sonoras sugeridas e o futuro dos personagens é um espetáculo a parte. Recomendo!
ResponderExcluirComprei o livro numa livraria do Aeroporto de Fortaleza por 15 reais! No voo de lá até o Rio li boa parte dele! Muito bom!
ResponderExcluirApesar de a história ser meio ficção científica, ela é muito bem embasada!
Adorei!
Lucas,
ResponderExcluirÉ sim meio SF. Feito de maneira que vc não sabe onde termina a verdade e começa a mentira e o final é inusitado. Sugiro que faça como nós da comunidade Livro Errante do Orkut: quando terminar de ler, deixe em algum lugar público para que seja encontrado, lido e novamente deixado,
Abraço
Regina
Poxa...só eu me decepcionei com esse livro. Achei tão fraco que acabei de ler e fiquei realmente revoltada. A idéia não é ruim e confesso que li muito pouco sobre Santos Dumont - motivo pelo qual comprei o livro. Mas poxa...uma história tão brasileiro ser ambientada nos EUA? Fiquei com um gostinho de pretensão por parte do autor. Qualidade bem inferior aos grandes escritores nacionais. Quem sabe no próximo?
ResponderExcluirCaro anônimo,
ResponderExcluirObrigada pela visita e particupação no nosso blog. Abraço.