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Mostrando postagens de março, 2010

Prêmio Portugal Telecom 2010

A organização do Prêmio Portugal Telecom 8ª edição  os três vencedores: a lista das : Leite Derramado Chico Buarque Cia das Letras Outra vida Rodrigo Lacerda Alfaguara Páginas: 184 R$39,90 (Liv. Cultura) Sinopse: Outra vida é o quarto romance do carioca Rodrigo Lacerda. Nele, o escritor, sem abrir mão do humor característico de suas narrativas, busca tratar da vida contemporânea a partir da história de um pequeno núcleo familiar, formado por um homem, uma mulher e sua filha de cinco anos. A ação dramática se passa numa rodoviária, com toda a família esperando a chegada do ônibus que a levará de volta para a cidade litorânea de onde vieram. Será o começo de uma vida nova, depois de um período difícil na cidade grande, quando o marido, funcionário de uma estatal, se meteu numa história de corrupção. Família, questões éticas, destino amoroso incerto: com esses elementos, Lacerda faz um retrato forte da vida brasileira contemporânea. ( do site do Portugal Telecom) Sobr

Melhores do mês de janeiro

Perguntei: Qual o melhor livro  que você leu no mês de janeiro? A comunidade Livro Errante respondeu: O Olho da Rua - Eliane Brum São Bernardo - Graciliano Ramos                                              A cabana - Willian P. Young Percy Jackson e os Olimpianos: A batalha do labirinto                                              O Que Cabe em Duas Malas - Veronika Peters A Solidão dos Números Primos                                            Um toque na estrela - Benoîte Groult A trégua - Mario Benedetti                                           Marina - Carlos Ruiz Zafón Eu Sou o Mensageiro - Markus Zusak                                           Histórias Extraordinárias - Edgar Allan Poe A Ciranda das Mulheres Sábias - Clarissa Pinkola Estés                                           Eu Receberia as Piores Notícias  dos Seus Lindos Lábios  - Marçal Aquino As vinhas da Ira , John Steinbeck,                                          Be

Armando Nogueira.

Se você torceu o nariz supondo que eu  ia falar de futebol, lamento. Vou falar de Armando Nogueira que  não conheci pessoalmente mas por quem  tinha enorme carinho.  Presente da natureza, tenho alguma facilidade em sentir o  bom  caráter de pessoas sem  precisar necessariamente conhecê-las.  A.N  me chamava a atenção. Carregava consigo seriedade, bom humor e paz.   Jamais li nada contra ele, uma fofoquinha boba  ou  algo  mais forte. Nada. Pelo que de mal deixei de saber ele foi, vivo, o  que é agora: realmente um  cara bom. Sei mais de Armando Nogueira ligado ao  futebol. Não por que só  falasse disso, mas  porque o  esporte é que domina a cena. Transitou querido e respeitado entre vários atletas de várias modalidades, e tornou-se amigo de alguns.  Só descobri o excelente cronista Armando Nogueira quando, incentivada pelo meu cunhado predileto,lí o livro  A Ginga  e o Jogo (Ed. Objetiva). Um banho!  textos leves, bem escritos, inteligentes,ponteados de bom humor e poesia.   P

Planta Colhe,Um poema procurando uma canção, Arnaldo Antunes

o arroz que se planta se colhe o amor que se planta se colhe o que vai volta um dia mais forte o que fica escondido explode o feijão que se planta se colhe solidão que se planta se colhe se fugir a estrada te escolhe e o destino também não dá mole ao redor pra onde quer que se olhe a saída é uma porta que encolhe aflição que se planta se colhe algodão que se planta se colhe se cair nessa chuva se molhe sempre há sede pra dar mais um gole toda culpa se planta e se colhe na garupa do tempo que corre cada grão que se planta se colhe furacão que se planta se colhe cada um inaugura sua prole pedra dura procura água mole tudo vem quando o tempo é propício todos têm sua porção precipício o que sabe não busca sentido o que sobe retorna caído ilusão que se planta se colhe confusão que se planta se colhe num segundo o desejo te engole só não corre esse risco quem morre

Bioblioteca Humana

Muçulmanos, judeus, católicos e budistas. Ricos e moradores de rua. Stripers e feministas. Imagine encontrar estes opostos todos juntos num único lugar. Esta é a proposta do projeto “Human Library”, ou Biblioteca Humana Os organizadores do evento convidam pessoas com estilos de vida e ideias diferentes que se tornam “livros” humanos. Identificadas com uma camiseta avisando de seus “títulos”, elas costumam contar história de sua vida e tiram dúvidas dos frequentadores. Para os leitores, basta escolher o que querem “ler”. "Leitor" conversa com um dos "livros"“Na primeira edição, pensamos que mesmo que ninguém viesse ao evento, os livros seriam tão diferentes que poderiam conversar entre si”, disse Ronni Abergel, um dos fundadores do projeto, ao LSN Global, site da Agência Voltage, em parceria com The Future Laboratory. Para garantir um espaço de discussão saudável, Abergel conta que algumas regras são seguidas. O evento sempre conta com o apoio de segurança

ESTADÃO, censurado há 234 dias.

ESTADÃO No  democrático Brasil o jornal  Estadão  está  sob censura há 234 dias . Pelo mesmo período  de tempo estão  calados, absolutamente calados todos os que  outrora se insurgiram contra a censura à imprensa.

Não Contem Com o Fim do Livro - Umberto Eco, cad.Sabático do Estadão

A paixão pela obra em papel convenceu Umberto Eco a aceitar o convite de um colega francês, Jean-Phillippe de Tonac, para, ao lado de outro incorrigível bibliófilo, o escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, discutir a perenidade do livro tradicional. Foram esses encontros ("muito informais, à beira da piscina e regados com bons uísques", informa Umberto Eco) que resultaram em Não Contem Com o Fim do Livro, que a editora Record lança na segunda quinzena de abril. A conclusão é óbvia: tal qual a roda, o livro é uma invenção consolidada, a ponto de as revoluções tecnológicas, anunciadas ou temidas, não terem como detê-lo. Qualquer dúvida é sanada ao se visitar o recanto milanês de Eco, como fez o Estado na última quarta-feira. Localizado diante do Castelo Sforzesco, o apartamento - naquele dia soprado por temperaturas baixíssimas, a neve pesada insistindo em embranquecer a formidável paisagem que se avista de sua sacada - encontra-se em um andar onde antes fora um peque

Umberto Eco - Entrevista Concedida ao Estadão

Estadão: O livro não está condenado, como apregoam os adoradores das novas tecnologias? U.E : O desaparecimento do livro é uma obsessão de jornalistas, que me perguntam isso há 15 anos. Mesmo eu tendo escrito um artigo sobre o tema, continua o questionamento. O livro, para mim, é como uma colher, um machado, uma tesoura, esse tipo de objeto que, uma vez inventado, não muda jamais. Continua o mesmo e é difícil de ser substituído. O livro ainda é o meio mais fácil de transportar informação. Os eletrônicos chegaram, mas percebemos que sua vida útil não passa de dez anos. Afinal, ciência significa fazer novas experiências. Assim, quem poderia afirmar, anos atrás, que não teríamos hoje computadores capazes de ler os antigos disquetes? E que, ao contrário, temos livros que sobrevivem há mais de cinco séculos? Conversei recentemente com o diretor da Biblioteca Nacional de Paris, que me disse ter escaneado praticamente todo o seu acervo, mas manteve o original em papel, como medida de se

Umberto Eco - entrevista concedida ao Estadão

Estadão: Em um determinado trecho de 'Não Contem Com o Fim do Livro' , o senhor e Jean-Claude Carrière discutem a função e preservação da memória - que, como se fosse um músculo, precisa ser exercitada para não atrofiar. U.E: De fato, é importantíssimo esse tipo de exercício, pois estamos perdendo a memória histórica. Minha geração sabia tudo sobre o passado. Eu posso detalhar sobre o que se passava na Itália 20 anos antes do meu nascimento. Se você perguntar hoje para um aluno, ele certamente não saberá nada sobre como era o país duas décadas antes de seu nascimento, pois basta dar um clique no computador para obter essa informação. Lembro que, na escola, eu era obrigado a decorar dez versos por dia. Naquele tempo, eu achava uma inutilidade, mas hoje reconheço sua importância. A cultura alfabética cedeu espaço para as fontes visuais, para os computadores que exigem leitura em alta velocidade. Assim, ao mesmo tempo que aprimora uma habilidade, a evolução põe em risco out

Umberto Eco - entrevista concedida ao Estadão

Estadão : Diversos historiadores apontam os ataques terroristas contra os americanos em 11 de setembro de 2001 como definidores de um novo curso para a humanidade. O senhor pensa da mesma forma? U.E: Foi algo realmente modificador. Na primeira guerra americana contra o Iraque, sob o governo de Bush pai, havia um confronto direto: a imprensa estava lá e presenciava os combates, as perdas humanas, as conquistas de território. Depois, em setembro de 2001, se percebeu que a guerra perdera a essência de confronto humano direto - o inimigo transformara-se no terrorismo, que podia se personificar em uma nação ou mesmo nos vizinhos do apartamento ao lado. Deixou de ser uma guerra travada por soldados e passou para as mãos dos agentes secretos. Ao mesmo tempo, a guerra globalizou-se; todos podem acompanhá-la pela televisão, pela internet. Há discussões generalizadas sobre o assunto. Estadão: Falando agora sobre sua biblioteca, é verdade que ela conta com 50 mil volumes? U.E: Sim, de um

Umberto Eco - entrevista concedida ao Estadão (4)

Estadão: Um estudioso que também é seu amigo, Marshall Blonsky, escreveu certa vez que existe de um lado Umberto, o famoso romancista, e de outro Eco, professor de semiótica. U.E : E ambos sou eu (risos). Quando escrevo romances, procuro não pensar em minhas pesquisas acadêmicas - por isso, tiro férias. Mesmo assim, leitores e críticos traçam diversas conexões, o que não discuto. Lembro de que, quando escrevia O Pêndulo de Foucault , fiz diversas pesquisas sobre ciência oculta até que, em um determinado momento, elas atingiram tal envergadura que temi uma teorização exagerada no romance. Então, transformei todo o material em um curso sobre ciência oculta, o que foi muito bem-feito. Estadão: Por falar em 'O Pêndulo de Foucault', comenta-se que o senhor antecipou em muito tempo O Código de Da Vinci, de Dan Brown. U.E :Quem leu meu livro sabe que é verdade. Mas, enquanto são os meus personagens que levam a sério esse ocultismo barato, Dan Brown é quem leva isso a sério e

Umberto Eco - Entrevista concedida ao Estadão (final)

Estadão: Em seu mais conhecido romance, O Nome da Rosa , há um momento em que se discute se Jesus chegou a sorrir. É possível pensar em senso de humor quando se trata de Deus? H.E :De acordo com Baudelaire, é o Diabo quem tem mais senso de humor (risos). E, se Deus realmente é bem-humorado, é possível entender por que certos homens poderosos agem de determinada maneira. E se ainda a vida é como uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, como Shakespeare apregoa em Macbeth, é preciso ainda mais senso de humor para entender a trajetória da humanidade. Estadão :Como foi a exposição no Museu do Louvre, em Paris, da qual o senhor foi curador, no ano passado? H.E :Há quatro anos, o museu reserva um mês para um convidado (Toni Morrison foi escolhida certa vez) organizar o que bem entender. Então, me convidaram e eu respondi que queria fazer algo sobre listas. "Por quê?", perguntaram. Ora, sempre usei muitas listas em meus romances - até pensei em escrever um ens

O Olho da Rua - Eliane Brum

O melhor livro  que li em janeiro deste ano foi O Olho da Rua , uma repórter em  busca da literatura da vida real , de Eliane Brum.  A autora fez uma primorosa grande reportagem. Num livro muitíssimo bem acabado Eliane Brum, conta histórias de lugares e pessoas que jamais seriam notícia caso não passassem por alguma tragédia. A cada assunto (ou pessoa) ela faz em seguida uma análise de como foi feita a matéria narrando também algum desdobramento e ou autocrítica. Destaco a história do nordestino pobre que passava grandecíssimas dificuldades porque estava desempregado. Nada de especial. Quantas pessoas não estão, nesse momento, na mesma situação? A diferença é que a jornalista não explorou esse lado. O sofrimento dele diante das cobranças que recebia e que faziam-no esconder-se envergonhado, foi o que a autora mostrou. Não lembro o nome do conterrâneo, mas foi comovente saber que um homem recusava-se receber ajuda do governo. O livro traz bem claramente o sentimento de dignidade d

O começo ( depoimento de Ladyce, comunidade LivroErrante)

Como veio para a Comunidade Livroerrante? Em 2007 conheci através do Orkut a comunidade, porque já estava envolvida num outro grupo de pessoas que gostam de ler. Sem cerimônia, fui pedindo para entrar, porque gostei bastante da idéia de se ter uma “biblioteca flutuante”. Graças a essa troca entre leitores por todo o Brasil, fiquei conhecendo autores que jamais teria conhecido, livros que me enriqueceram consideravelmente. A pluralidade dos gostos e as recomendações dos leitores me dão um impulso para que eu venha a me “arriscar” a ler alguma coisa diferente. E me surpreendo por acabar gostando do que a princípio não me atrairia. Quando começou a gostar de ler? Não me lembro de uma época em que eu não lesse. Acho que sempre gostei de ler. Mas me lembro de uma cena, que provavelmente me marcou porque passou a ser parte das “histórias da família”. Eu tinha entre sete a oito anos e estava lendo “ Ali Babá e os Quarenta ladrões ” numa edição pequenina, sem ilustrações a cores. Quando,

Capas de livros - 1 Imilce (Poemas para quatro vozes)

Capa do  livro lmilce (Poema para quatro  vozes) de Lucila Nogueira Foto de  Marcos Prado - Criação da capa: Jadson Bezerra

Comunidade Livro Errante, 3 anos

No dia  10 de março a comunidade Livro Errante , no Orkut completará 3 anos. Hoje estão  circulando por empréstimo 106 livros entre seus integrantes. Desde que foi  criada em 2007 diversos livros foram  enviados para leitura  entre pessoas que jamais se conheceram. Sem haver restrição a autor, gênero ou  estilo um  escritor de Cabo Verde, pode ser enviado de São Paulo para ser lido em Porto Velho e, de lá, seguir para  Salvador, voltar ao  dono ainda passando  por contagem-MG e Cabo Frio-RJ. Repetindo o  que  aconteceu em  2006, quando um  grupo de leiteres vorazes, por brincadeira, criou um  tópico noutra comunidade, para fazer dois  livros circularen pelo maior número de estados brasileiros possíveis .  A comunidade Livro Errante, vai colocar novamente em  circulação no dia 10 de março os livros: A VALSA DOS ADEUSES , de Milan Kundera e O OPOSITOR de Luis Fernando Veríssimo. É só aguardar: dia 10 de março no tópico VIP, entrem na fila.