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Nairobi, Odjaki

     Quando se aproximou, a mulher trazia vestida no corpo a carga de uma notícia. Eu não quis acreditar. Pensei que (eu) estivesse a ler sinais inexistentes.      Mas é sabido: há sinais inconfundíveis. Há factos que nos encontram. No mar ou no deserto. Na escuridão ou na maresia.      Havia ruído. A mulher teve o cuidado de esperar que a multidão se dissipasse. Eu sabia que não esperava nada. E quando não espero nada, posso estar muito tempo assim. Ela esperava não sei o quê. Mas esperou.      É verdade que se aproximou devagar e que esteve um largo pedaço de tempo à espera que a multidão seguisse seu destino. Não deixa de ser curioso que duas pessoas sentadas no aeroporto, e paradas, podem fazer a vez de um polícia sinaleiro ou de uma esquina. Tanto um sinaleiro como uma esquina dão caminho a multidões.      "Se não é pesado o silêncio não incomoda", começou a mulher. Disse-o como quem fala para quem quis...