Arnalda, Alice e Armantilda são três mulheres piedosas que amam passar as tardes no serviço do templo. Arnalda, forte e bruta, lava teto, piso e paredes, lustra sacrário e átrio. Alice é para as flores: a espécie conforme o jarro e o calendário litúrgico. Armantilda é para adorar. O Senhor ama igualmente as três, mas simpatiza mais com Araceli. À uma e meia da tarde elas vêm com balde, rosário e rosas, Araceli com seu nariz. Ai que cheiro, ela diz: poeira, flor murcha e incenso, o sovaco de Deus. Ai que cheiro, ela diz, louvado seja! Quando ela chega, desacomoda o pó de entremeio-os-dedos das imagens, os toquinhos de vela crepitam e morrem, arroxeiam de vez as rosas de remédio na jarrinha. Araceli cheira e cata, feliz como um cachorro, e sai com o lixo sagrado dela.