Pular para o conteúdo principal

Desafio do Facebook: 7 Livros em 7 Dias (1)


Rolando novamente  a brincadeira de publicar durante 7 dias seguidos a capa de um livro que eu tenha amado. É só por a capa, sem explicações, críticas nem nada.  A cada postagem convida alguém pra entrar na brincadeira.     Participei 3 vezes e como terminei hoje minha última rodada, achei por bem trazer para cá os últimos 7 livros que eu amei.  

Livro 1:

Tenho a mania de ler livros sobre o Oriente, principalmente os que retratam a vida em países como o Afeganistão e a Arábia Saudita. Surgiu, então, a oportunidade de conhecer "As Andorinhas de Cabul", de Yasmina Khadra.

Ao contrário da maioria dos livros tratando do assunto, "As Andorinhas de Cabul" não tem como pano de fundo a vida de uma mulher específica. Nesse livro, dois casais são os personagens principais: Mohsen e Zunaira; Atiq e Mussarat.
Mohsen, descendente de prósperos comerciantes, foi levado à ruína pelo conflito em seu país. Para piorar, não suporta ver a tristeza de sua mulher, antes uma bem sucedida advogada, condenada à vida doméstica.
Atiq é carcereiro em Cabul. Antes das execuções, os condenados ficam aos seus cuidados. Mais difícil do que o convívio com os presos, é voltar para casa e encontrar Mussarat, sua esposa, a qual sofre de uma doença terminal que a impede até mesmo de realizar os mais simples afazeres domésticos.
Assim, o livro retrata o cotidiano destas duas famílias, cujos destinos acabam encontrando-se em razão de um ato impensado de Mohsen durante a execução de uma mulher acusada de adultério.
O objetivo do autor era mostrar aos ocidentais um pouco do dia-a-dia de Cabul. Esse objetivo foi atingido! É muito triste imaginar viver como os personagens do livro. No entanto, achei a leitura entediante. Em muitos momentos, tive que recorrer à leitura dinâmica, como no capítulo em que o autor praticamente toda a fala do mulá na mesquita. Haja paciência! ( Resenha do Skoobs)


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Beleza Total, Carlos Drummond de Andrade.

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di

Mãe É Quem Fica, Bruna Estrela

           Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.      Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.      Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.      Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.      É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.      Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora.      Quando as certezas se desfazem. Mãe

Aprenda a Chamar a Polícia, Luis Fernando Veríssimo

          Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.                   Como minha casa era muito segura, com  grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali,espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram- me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.            Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma: - Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guard