…”depois de tanto ver triunfar as nulidades”, o grande
Águia de Haia iria se lamentar e pedir desculpas por tudo o que havia feito para acabar com a monarquia no Brasil !
Esse espírito foi sintetizado por Rui Barbosa, quando se penitenciava de seu erro histórico.
Sua sobriedade lhe permitiu avaliar a situação e dizer:
“Havia uma sentinela vigilante, cuja severidade
todos temiam, e que, acesa no alto, guardava a redondeza,
como um farol que não se apaga, em proveito da honra,
da justiça e da moralidade. Era o Imperador Dom Pedro II. “
“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer
a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto …
Essa foi a obra da República nos últimos anos.
No outro regime (monarquia) o homem que tinha
certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre – as carreiras políticas lhe estavam fechadas.
Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade
todos se temiam a que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade gerais.
Na República os tarados são os tarudos.
Na República todos os grupos se alhearam do movimento dos partidos, da ação dos Governos, da prática das instituições. Contentamo-nos, hoje, com as fórmulas e aparência, porque estas mesmo vão se dissipando pouco a pouco, delas quase nada nos restando. Apenas temos os nomes, apenas temos a reminiscência, apenas temos a fantasmagoria de uma coisa que existiu, de uma coisa que se deseja ver reerguida, mas que, na realidade, se foi inteiramente. E nessa destruição geral de nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça, colaborada pela ação dos homens públicos, pelo interesse dos nossos partidos, pela influência constante dos nossos Governos.
E nesse esboroamento da justiça,
a mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando se aponta um crime que envolve um nome poderoso, apontado, indicado, que todos conhecem …” ,
(Rui Barbosa – Discursos Parlamentares – Obras Completas – Vol. XLI – 1914 – TOMO III – pág. 86/87).
|
A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços. A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda a capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa. O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um di
Ele era inteligente, via longe. O que ganhamos com a República?
ResponderExcluirNão sei se seríamos menos corruptos se estivéssemos sob uma monarquia, Madalena. Me desgostou muito saber ( quando fiz ensino médio) que ele lutou contra a obrigatoriedade da vacinação. Oswaldo Cruz tentando um caminho de melhorar as condições de vida no Rio e ele atrapalhando..
ResponderExcluir