A autora expõe todas as dificuldades sofridas, principalmente por uma delas, Léone, que teve sua vida totalmente devassada depois que um de seus diários foi lido. Como costumava acontecer com as adolescentes de décadas passadas, Léone narrava em diário, todas as suas angústias, dúvidas e amizades. Léone que tinha dificuldades na vida em família, conversava consigo mesma escrevendo sobre suas necessidades e descobertas. Julgava seguro o lugar onde guardava um diário com as descrições de suas descobertas sexuais e nele, usava de franqueza para falar de seus prazeres hétero e homossexuais. Seu julgamento foi falhou: o diário foi parar nas mãos de um dos rapazes que tendo sido rejeitado por ela, vingou-se lendo em público as descrições de Léone sobre seu amor homessexual adolescente.
A protagonista, dona do diário roubado, sofre a rejeição do grupo de amigos e da família. Sua reação debochada, encolerizada e dispersiva só piora sua situação já ruim com seus pais e avó. Leone passa por fortes agressões físicas e humilhações.
A história passada na França e há muitas décadas está longe de poder ser chamada de ficção. O passar do tempo apenas mudou as formas de demonstração de intolerância.
Régine Deforges, maior representante da literatura erótica francesa, foi por muitos anos censurada por editar literatura considerada "ofensiva". Sua consagração só aconteceu em 1981 com o livro A Bicicleta Azul. Régine Deforges tem 77 anos e vive em Paris. O Diário Roubado foi adaptado para o cinema por Christine Lipinska
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