cabe pontuar a própria vida:
que viva em ponto de exclamação
(dizem: tem alma dionisíaca);
viva em ponto de interrogação
(foi filosofia, ora é poesia);
viva equilibrando-se entre vírgulas
e sem pontuação (na política):
o homem só não aceita do homem
que use a só pontuação fatal:
que use, na frase que ele vive
o inevitável ponto final.
Gostei do poema. Afinal é de João Cabral de Neto. O poeta pernambucano tinha uma obsessão pela concisão.
ResponderExcluirIsso é coisa de gente magra: João Cabral, Carlos Drummond e Graciliano economizavam até fora da literatura. Falavam pouco.
ResponderExcluirAbraço.