Ernest Hemingway escrevendo |
Agora, próximo à Bienal deste ano, me deparo com matéria do Estadão (Ubiratan Brasil) dando conta de que escritores não têm tempo para? Para? Escrever! Uau.
Ubiratan Brasil, autor da matéria, conversou com Cristóvão Tezza. Ignácio de Loyola Brandão e Luis Fernando Veríssimo. Todos eles cumprindo compromisso em são José dos Campos, no 2º Festival da Mantiqueira. Se os três dedicam-se a divulgar a literatura participando de tantos eventos, como têm tempo para escrever? E no caso de Luis Fernando Veríssimo que também é musico? Seu próximo livro, um policial, Espiões está esperando pelo autor para fazer os capítulos finais. Luis Fernando diz que gostaria de tocar mais se pudesse.
Cristóvão Tezza, principalmente depois de ganhar vários prêmios com O Filho Eterno (Record), ficou cheio de compromissos que precisa conciliar com sua carreira de professor na UFPR.
Ignácio de Loyola Brandão dedica-se à biografia de dona Ruth Cardoso e quer escrever outro infanto-juvenil, mas também está viajando para eventos vários levando na bagagem o seu “O Menino Que Vendia Palavras, infantil vencedor do Jabuti de 2008, categoria ficção.
Nós, leitores, esperando por suas preciosidades e eles sem tempo para o que gostam e melhor sabem fazer. Pode?
Me desculpa Marçal Aquino. Ah, mas ainda vou conseguir a dedicatória que queria.
E a gente que admira estas "feras" tem que esperar os livros, não é?
ResponderExcluirAbraço literário de Jackson.
Olá, bom dia Jackson.
ResponderExcluirPois é. A gente tem de esperar mas, acho que vale a pena, não?
Abraço
L.E
Escritores, ainda mais famosos, não têm mesmo tempo. Eu, uma novata como escritora, já apavoro-me com a velocidade do tempo, quando sento em frente ao computador por mais de 4h e sai apenas um capítulo. Escrever, não é lavar roupas, confesso q é algo + demorado do que limpar gavetas, selecionar papéis antigos. São mil pesquisas, sobre história e tantas outras; é ler e re-ler mil vezes, notar a cadência das palavras, a lógica e o encaixe das linhas, cuidar pra não repetir algo q se leu ou se ouviu de outro autor. Embora escrever esteja no sangue, feito o vício do álcool, não é tão fácil como entornar mais um copo. É preciso zêlo, para não influenciar negativamente nossos leitores ou mesmo para não errarmos defendendo uma questão não merecedora. É preciso ter personalidade definida, preferencialmente não contraditória, é preciso assumir um estílo e não pisar fora da linha, pra não se perder no fracasso da decepção do leitor. Abraços da Alfama
ResponderExcluirMarinelli vc tem razão. Um ex professor de português insistia que quem quisesse escrever bem, lesse Graciliano Ramos. Aprendi com minha mãe que depois de escrever qualquer coisa, deveria ler em voz alta, ou dar a alguém para fezê-lo posto que nosso ouvido seria nosso melhor corretor e crítico.
ResponderExcluirObrigada pela visita,
Abraço
Regina