Xilogravurista e poeta de Cordel, José Francisco Borges (o Jota Borges) nasceu em Bezerros, em 1935.
Freqüentou apenas o curso primário e, em 1956, começou a vender folhetos (de outros autores) nas feiras-livres do interior pernambucano. Gostou daquele tipo de literatura e passou a imitar os poetas, tendo seu primeiro folheto contado a disputa de dois vaqueiros por uma donzela.
Depois, passaria a fazer, também, as xilogravuras para ilustrar as capas dos folhetos.
Considerado um dos melhores gravadores populares do Nordeste brasileiro, já expôs seus trabalhos em países como USA, Suíça, Alemanha, Venezuela e México. Em 1970, escreveu o texto "A Feira" para um show e um disco do Quinteto Violado.
Em 1994, lecionou gravura, como convidado, na Universidade do Novo México. É autor de dezenas de xilogravuras que ilustram o livro "As Palavras Andantes", do escritor uruguaio Eduardo Galeano, publicado em 1994.
Foi, ainda, agricultor, carpinteiro, pedreiro e pintor de parede. Em 1975, produziu xilogravuras para a abertura da novela "Roque Santeiro",de Dias Gomes, que a TV Globo não exibiu porque foi censurada.
Apesar da fama, em 1997 enfrentava dificuldades financeiras para sobreviver, trabalhando num pequeno atelier em sua cidade, onde imprime seus folhetos em duas centenárias impressoras tipográficas.
Principais obras: "O Exemplo da Mulher que Vendeu o Cabelo e foi para o Inferno" (1967); "Domiciana e Rosete" (1968), entre outros.
Imagem: Magrini Artes
Imagem: Magrini Artes
Bom dia!
ResponderExcluirNossa, quanta cultura que não conhecia nesta matéria.
Gostei muito!
Parabéns!
Já li/olhei o livro "Palavras andantes", do Eduardo Galeano. Foi uma parceria gravura/literatura que deu certo demais.
ResponderExcluirCordéis foram minhas primeiras experiências literárias, uns de tanto ler cheguei a decorar. Legítima arte popular brasileira.
ResponderExcluirSó uma corrção: Jota Borges não é mais conhecido cordelista do Nordeste, até porque Jota Borges, tecnicamente, é um cordelista fraquíssimo.
ResponderExcluirEle é o mais conhecido xilógrafo do Nordeste. Disso não restam dúvidas. Borges não possui sequer um clássico da literatura de cordel, embora, como gravador, mereça todo o nosso respeito.
P. Gondim
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSr. Gondim,
ResponderExcluirAgradeço a sua participação. Lembro de ter-me surpreendido qdo. busquei informação a respeito de Jota Borges porque só o conhecia como ícone da xilogravura. Acredito iclusive que mesmo aqui no NE. Pouca gente saiba dele como cordelista. Deixo o link para uma matéria do jornal Estadão a respeito do artista.
http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup387988,0.htm
abraço,
Regina
ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!orivio
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