O Melhor Trabalho de Minha Vida
Kaolack, Senegal (CNN) - Depois da morte súbita de sua filha de 26 anos, deixando cinco netos aos seus cuidados, Viola Vaughn procurou encontrar a paz.
Ainda que tivesse nascido em Detroit, Michigan, ela trabalhou a maior parte de sua vida na África que ela considerava como sua terra natal. Então, ela e o marido voltaram para lá para educar a nova geração e “ver os coqueiros crescerem”.
“Mas o universo tinha outro destino para mim”, diz Vaughn.
Ela não poderia ter imaginado que estes planos fossem incluir não só mais tragédia mas também a motivação necessária para dar oportunidades de educação a centenas de crianças que haviam deixado a escola.
Logo depois de se mudarem para Kaolack, Senegal, em 2000, o marido de Vaughn – o músico de jazz Sam Sanders – morreu de doença pulmonar. Em meio ao seu luto, Viola se confortou com a presença de seus netos cujas idades variavam de 4 a 12 ano, e preencheu seus dias ensinando-os em casa as matérias da escola. O sucesso que ela teve logo chamou a atenção dos habitantes locais.
“Minha neta tinha uma amiguinha com quem brincava. Esta menina vinha todo dia e queria ser ensinada junto com minhas netas.”, Vaughn conta.
“Fui visitar a mãe dela, e ela me contou que a menina já havia sido dispensada pela escola, porque não era inteligente o suficiente. Bem ela foi esperta o bastante para me achar. Então disse para ela, “Está bem, eu te ajudo.”
Em duas semanas, Vaughn tinha 20 meninas na sua casa, todas em perigo de não passarem de ano na escola e pedindo a ela serem ensinadas.
Vaughn descobriu então que a percentagem de meninas passando de ano era muito pequena porque as necessidades econômicas locais requisitavam que as meninas trabalhassem em casa. Elas começam por faltar às aulas frequentemente e depois desistem ou são reprovadas.
Em 2001, Vaughn transformou os quartos de dormir de seus netos em salas de aula e começou a suprir as necessidades de educação das meninas.
“Trabalhei com pares. Para cada menina, achei uma outra mais nova e disse: Você agora é responsável por ela aprender. Eu ensinei a cada uma como ensinar às outras”.
E funcionou. Em dois anos o grupo de meninas cresceu para 80 – e elas se deram bem na escola. Com um apoio financeiro de fora, Vaughn conseguiu pagar a outras professoras e o programa continuou a se expandir apesar de sua intenção inicila de colocar o limite de 100 meninas.
“As meninas queriam levar o programa a 10.000.” diz Vaughn.
Para fazer o programa “10.000 Meninas” funcionar, as meninas pediram a Vaughn que as ensinasse a cozinhar. Elas começaram a vender biscoitos e sucos e com o dinheiro comprar livros e material escolar.
Logo, logo elas engajaram a ajuda de suas irmãs e primas mais velhas – que já tinham sido reprovadas nas escolas – para cozinhar e vender quitutes. A parte empresarial do programa nascia.
‘Elas estavam apoiando seu próprio programa”, disse Vaugn. “Foi impressionante.”
Hoje além de uma confeitaria e serviço de catering, “10.000 Meninas” gerencia um ateliê de costura e as meninas exportam suas bonecas feitas à mão e peças de cama e mesa para o exterior. 14:30 (1 hora atrás) excluir Ladyce
As meninas recebem metade dos fundos das verbas ganhas com as vendas. O resto é gasto no gerenciamento do programa de educação que já não se encontra mais na casa de Vaughn.
Mais de 1.500 meninas estão registradas nos programas em 6 diferentes locais e 1.000 meninas esperam por uma vaga.
“Hoje, há nas universidades, meninas que tinham sido reprovadas nas escolas locais.” -- Vaughn sorri. “A nossa esperança é que se conseguirmos graduar 10.000 meninas, 1000 voltarão para Kaolack para trabalhar. Isto revolucionaria a região toda.”
“Aqui estou eu, aposentada e este é o melhor trabalho que tive a vida inteira.”
Kaolack, Senegal (CNN) - Depois da morte súbita de sua filha de 26 anos, deixando cinco netos aos seus cuidados, Viola Vaughn procurou encontrar a paz.
Ainda que tivesse nascido em Detroit, Michigan, ela trabalhou a maior parte de sua vida na África que ela considerava como sua terra natal. Então, ela e o marido voltaram para lá para educar a nova geração e “ver os coqueiros crescerem”.
“Mas o universo tinha outro destino para mim”, diz Vaughn.
Ela não poderia ter imaginado que estes planos fossem incluir não só mais tragédia mas também a motivação necessária para dar oportunidades de educação a centenas de crianças que haviam deixado a escola.
Logo depois de se mudarem para Kaolack, Senegal, em 2000, o marido de Vaughn – o músico de jazz Sam Sanders – morreu de doença pulmonar. Em meio ao seu luto, Viola se confortou com a presença de seus netos cujas idades variavam de 4 a 12 ano, e preencheu seus dias ensinando-os em casa as matérias da escola. O sucesso que ela teve logo chamou a atenção dos habitantes locais.
“Minha neta tinha uma amiguinha com quem brincava. Esta menina vinha todo dia e queria ser ensinada junto com minhas netas.”, Vaughn conta.
“Fui visitar a mãe dela, e ela me contou que a menina já havia sido dispensada pela escola, porque não era inteligente o suficiente. Bem ela foi esperta o bastante para me achar. Então disse para ela, “Está bem, eu te ajudo.”
Em duas semanas, Vaughn tinha 20 meninas na sua casa, todas em perigo de não passarem de ano na escola e pedindo a ela serem ensinadas.
Vaughn descobriu então que a percentagem de meninas passando de ano era muito pequena porque as necessidades econômicas locais requisitavam que as meninas trabalhassem em casa. Elas começam por faltar às aulas frequentemente e depois desistem ou são reprovadas.
Em 2001, Vaughn transformou os quartos de dormir de seus netos em salas de aula e começou a suprir as necessidades de educação das meninas.
“Trabalhei com pares. Para cada menina, achei uma outra mais nova e disse: Você agora é responsável por ela aprender. Eu ensinei a cada uma como ensinar às outras”.
E funcionou. Em dois anos o grupo de meninas cresceu para 80 – e elas se deram bem na escola. Com um apoio financeiro de fora, Vaughn conseguiu pagar a outras professoras e o programa continuou a se expandir apesar de sua intenção inicila de colocar o limite de 100 meninas.
“As meninas queriam levar o programa a 10.000.” diz Vaughn.
Para fazer o programa “10.000 Meninas” funcionar, as meninas pediram a Vaughn que as ensinasse a cozinhar. Elas começaram a vender biscoitos e sucos e com o dinheiro comprar livros e material escolar.
Logo, logo elas engajaram a ajuda de suas irmãs e primas mais velhas – que já tinham sido reprovadas nas escolas – para cozinhar e vender quitutes. A parte empresarial do programa nascia.
‘Elas estavam apoiando seu próprio programa”, disse Vaugn. “Foi impressionante.”
Hoje além de uma confeitaria e serviço de catering, “10.000 Meninas” gerencia um ateliê de costura e as meninas exportam suas bonecas feitas à mão e peças de cama e mesa para o exterior. 14:30 (1 hora atrás) excluir Ladyce
As meninas recebem metade dos fundos das verbas ganhas com as vendas. O resto é gasto no gerenciamento do programa de educação que já não se encontra mais na casa de Vaughn.
Mais de 1.500 meninas estão registradas nos programas em 6 diferentes locais e 1.000 meninas esperam por uma vaga.
“Hoje, há nas universidades, meninas que tinham sido reprovadas nas escolas locais.” -- Vaughn sorri. “A nossa esperança é que se conseguirmos graduar 10.000 meninas, 1000 voltarão para Kaolack para trabalhar. Isto revolucionaria a região toda.”
“Aqui estou eu, aposentada e este é o melhor trabalho que tive a vida inteira.”
Tradução: Ladyce West
CNN 10/abril/2008
http://www.cnn.com/2008/LIVING/04/10/heroes.vaughn/index.html
CNN 10/abril/2008
http://www.cnn.com/2008/LIVING/04/10/heroes.vaughn/index.html
Que linda lição de vida! Um exemplo a ser seguido. Parabéns ao blog pela escolha da reportagem! Eliana _ Elianinha .
ResponderExcluirMulheres, sempre mulheres...!
ResponderExcluirO ser humano quando é humano é insuperável!!
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