Não queira que eu cante a selvaou o rio Amazonas,
cujo silêncio a fluir às minhas costas
no entanto escuto às vezes,
imerso em trevas.
Nas veias, é certo,
corre o sangue selvagem das amazonas,
e os meus traços caboclos traem os maranhões;
mas trago, como herança ancestral,
não saudade da floresta,
mas da cidade
almejada
A Amazônia quer versos heroicos e épicos,
não os meus,
líricos, eróticos, céticos.
recordo e esqueço
como é que, porventura, me perdi
dos meus ancestrais.
Que não me guardem mágoa
nossas amazonas
mas toda origem é forjada no caminho
cujo destino
é o meio.
Feito o Amazonas, surjo do deserto,
mas dos afluentes
eu escolho as águas.
Comentários
Postar um comentário
comentários ofensivos/ vocabulário de baixo calão/ propagandas não são aprovados.